Aviso de gatilho: o texto a seguir trata sobre temas sensíveis como abuso sexual e homofobia.
“Acho que acabei de perder a fé neste momento. Sem fé, não acredito em Deus nem no inferno. Se não acredito no inferno, não sinto mais medo. E, sem medo, sou capaz de qualquer coisa” (Foto: Warner Sogefilms)
Guilherme Moraes
Em Má Educação, o diretor Pedro Almodóvar evidencia os maus-tratos que alguns garotos sofrem na Igreja e, nesse quesito, fala com propriedade. A fita deixa clara a hipocrisia dentro de um lugar que se vende como mantenedor dos ‘bons costumes’, mas que, às escondidas, casos de pedofilia já foram registrados. No entanto, apesar do filme prometer ser uma denúncia, ele se torna muito mais do que isso ao longo da trama, adentrando em um conto investigativo ‘hitchcockiano‘ que explora o efeito dos abusos e da marginalização em certos grupos sociais.
Em Maio, o Estante do Persona faz ode aos inícios (Texto de abertura por: Guilherme Machado Leal/ Artes: Julia Rodrigues)
Se apaixonar e se encantar por um livro pela primeira vez é uma das experiências mais marcantes de qualquer leitor. Seja fantasia, drama ou romance, as narrativas literárias transportam o público para as páginas e escritos de um autor. Por isso, o Estante do Persona deste mês celebra as primeiras indicações dos novos membros da Editoria com uma lista seleta de obras marcantes.
De suspenses literários brasileiros a clássicos mundiais, as recomendações atravessam os mais variados gêneros e atingem todos os públicos. Entre histórias em quadrinhos e livros sobre a iminência da vida adulta, algo que une todas as indicações do mês de Maio é o amor pela Literatura e pelas histórias contadas. Das narrativas infantojuvenis às poesias profundas de Sylvia Plath, o cardápio de obras literárias oferece arcos envolventes de personagens e tramas de tirar o fôlego.
Em suma, para este mês, as indicações se pautam em liberdade. Drama, distopia, aventura e muitos outros gêneros são encontrados no Estante do Persona de maio. Pegue uma pipoca, se aconchegue e se prepare para receber inúmeras recomendações de narrativas literárias. Do tradicional ao moderno, a lista a seguir é para quem pode se chamar de ávido leitor!
O uniforme todo branco de O-Ren lembra o da Yuki, principal personagem de Lady Snowblood (Foto: Miramax Films)
Guilherme Moraes
Apostar em uma maior cadência depois do sucesso do primeiro filme, que foi inspirado no clássico Lady Snowblood, é um desafio. No entanto, Kill Bill – Volume 2mostra que essa foi uma escolha acertada ao encerrar a saga dando mais substância à protagonista. Quentin Tarantino nos surpreende ao diminuir a violência em tela, mostrando que o caminho que a personagem trilhava era em direção ao fim do ciclo sangrento em que ela vivia, mas que, paradoxalmente, exigia o sacrifício de mais alguns personagens.