Noturno é a luz, a penumbra e a sombra dos trajetos humanos

Fotografia retangular horizontal de Maria Bethânia. Ao fundo, vemos um ambiente escuro. Maria Bethânia ocupa quase toda a imagem. Ela é uma mulher de cabelos soltos e grisalhos, está sentada, veste roupas principalmente douradas, traz uma pena avermelhada sobre o peito, olha para frente e pendura a mão esquerda sobre o braço de uma poltrona feita aparentemente de madeira.
Dificilmente, um texto estará à altura de Maria Bethânia, mas falar da Abelha Rainha será sempre uma necessidade legítima (Foto: Jorge Bispo)

Eduardo Rota Hilário

Não há ser humano no mundo capaz de trilhar um caminho feito todo de luz. Justamente por sermos humanos, a complexidade nos acompanha dia após dia, guiando-nos sempre diante das surpresas e mistérios da vida. Partindo dessa lógica, nossa existência se faz um eterno e heterogêneo jogo de luzes, penumbras e sombras. Nossa Arte, por sua vez, apenas reflete essa humanidade multifacetada, criando possibilidades e universos únicos, por vezes até mais atraentes do que aquilo que, por convenção, resolvemos chamar de ‘realidade’. De todas essas questões, especificamente da última, Maria Bethânia entende bem.            

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Atenta e forte, Gal celebra seu aniversário ao lado da nova geração

Capa do disco Nenhuma Dor. A arte é uma montagem de fotos da cantora Gal Costa. Nos quatro cantos temos pedaços de fotos dela em preto e branco. Na parte central vemos uma foto do rosto de Gal em preto e branco, ela tem expressão séria e seu cabelo está armado. No canto esquerdo lê-se em vermelho “NENHUMA DOR”. Na parte superior lê-se em vermelho “Rodrigo Amarante, Silva, Criolo, António Zambujo, Zé Ibarra, Seu Jorge, Tim Bernardes, Rubel, Jorge Drexler, Zeca Veloso” também lê-se em preto “GAL”. No lado esquerdo lê-se em vermelho “Avarandado, Só Louco, Paula e Bebeto, Pois É, Meu Bem Meu Mal, Juventude Transviada, Baby, Coração Vagabundo, Negro Amor, Nenhuma Dor”. Na parte inferior nota-se manchas de aquarela nas cores vermelho, laranja e amarelo”
Nenhuma Dor é o projeto de quarentena de Gal Costa, ele nasceu após a cantora notar que os jovens estavam cada vez mais próximos a sua obra (Foto: Thereza Eugenia/Arte: Omar Salomão)

Ana Júlia Trevisan

O nome dela é Gal, nasceu na Barra Avenida, Bahia, acredita em Deus, gosta de baile e cinema. Admira Caetano, Gil, Roberto, Erasmo, Paulinho da Viola, Rogério Duprat. E, comemorando seus 75 anos, mostrou que também admira Rodrigo Amarante, Zeca Veloso, Seu Jorge, Zé Ibarra, Jorge Drexler, Rubel, Tim Bernardes, Criolo, António Zambujo e Silva. Dando continuidade ao projeto intitulado Gal 75, que se iniciou com uma live em setembro no dia do aniversário da cantora e, agora, oficialmente recebeu o nome de Nenhuma Dor. Gal Costa convidou nomes da MPB que não fazem parte de sua geração para duetos apaixonantes de grandes clássicos de sua obra.

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