Pai pastor, mãe advogada e filha prodígio. Essa é a fórmula infalível para produzir uma família bem vista, amigável e exemplar, certo? O autor sueco M.T. Edvardsson parece discordar. Parte da parceria com a Companhia das Letras e publicado sob o selo da Suma, Uma família quase perfeita é um thriller intenso e envolvente sobre a verdadeira face da justiça e as situações extremas que podemos nos colocar para proteger aquilo que nos é mais sagrado. Mas, atenção: o livro possui gatilhos relacionados à violência sexual e psicológica. A narrativa pode causar perturbações em leitores mais sensíveis aos temas.
Em 1953, os Emory se mudam da Carolina do Norte para um bairro em Los Angeles. A mudança que prometia ser uma renovação na vida da família, logo se torna um grande e aterrorizante pesadelo. Cercados por uma vizinhança extremamente violenta e racista, eles não conseguem paz nem dentro de seu próprio lar, uma vez que este é amaldiçoado por um demônio que pretende enlouquecer seus moradores.
Por vezes amada, e em outros momentos odiada, a Nova MPB é um inegável acontecimento no cenário musical nacional. Diariamente surgem artistas novos, trazendo sonoridade contemporânea nas infinitas possibilidades que existem dentro do gênero. O que ninguém poderia imaginar era que uma mera estudante de Ciências Políticas iria se tornar uma das referências do pop independente brasileiro. Em 2018, ela assumiu o nome artístico de DUDA BEAT e lançou seu aclamado álbum de estreia, Sinto Muito. Após três anos de espera, ela se aventura novamente entre fusões rítmicas e composições românticas com seu segundo disco, Te Amo Lá Fora.
Um sonho em comum e anos de diferença. A relação de amizade entreDeok Chool(Park In Hwan) e Chae Rok (Song Kang) começou com um sonho de infância no novo drama coreano da Netflix. Navillera trilha a história do patriarca Shim Deok Chool, um ex-servidor público de 70 anos que decidiu se tornar bailarino. Para que pudesse sustentar sua família, o coreano decidiu deixar de lado sua fantasia de um dia apresentar Lago dos Cisnes. Isso tudo muda depois que ele decide ir atrás do que o faz feliz, encontrando pelo caminho o bailarinoLee Chae Rok, de 23 anos.
Roubado da África, trazido para América. Há exatos 40 anos, no dia 11 de maio de 1981, perdíamos Robert Nesta Marley, o eterno Rei do Reggae. Com apenas 36 anos de vida, a voz mais conhecida de uma nação e de um estilo musical parou de ressoar por conta de um câncer, deixando para trás uma carreira triunfal e um legado de paz, amor e união. O homem-para-raio atraía controvérsias e debates em um período em que as discussões não se incitavam, mas se acabavam – ele ensinou que deveríamos levantar e resistir por nossos direitos, um por um.
Dizem as línguas que o entretenimento é uma subcategoria da cultura. Que reality show é a maior porcaria que a TV pode transmitir. Será mesmo? Em anos como 2020 e 2021, que fomos forçados a ficar trancados em casa, assistir um bando de subcelebridades, famosos e desconhecidos conviverem com todas as glórias e percalços da índole humana preencheu nosso tempo ocioso e nos devolveu um pouco do sentido de viver.
E é disso que se alimentam os realities: ninguém assiste mais pelos corpos sarados e os casais claramente calculados, muito menos esperando mentes brilhantes e evolução espiritual. Guillermo del Toro já disse sobre os monstros, eles são fascinantes e identificáveis pois não tem a obrigação de serem perfeitos. E é por esse mesmo motivo que assistimos os BBBs e Fazendas da vida, porque podemos transformar humanos reais em nossas próprias personagens.
Remixes de músicas consagradas são muito polêmicos. Imagine então uma coletânea de novas versões para as canções imortais de Rita Lee, qual a chance de dar certo? Spoiler: deu e muito. Em Abril, fomos presenteados com o interessante Rita Lee & Roberto – Classix Remix Vol. l, idealizado pelo filho do casal, João Lee. É claro que as novas roupagens nem se comparam com a genialidade original da cantora, mas não é nenhum desastre, e sim um disco muito divertido de se ouvir.
Falando em clássicos, esse é um instantâneo: DUDA BEAT, tesouro nacional, está de volta com o maravilhoso Te Amo Lá Fora. A pernambucana queridinha do Brasil com certeza estará em muitas listas de melhores do ano. Os donos do sertanejo universitário também trouxeram novidades em Tudo em Paz, mostrando que 15 anos de carreira não foram suficientes para esgotar a arte da dupla Jorge & Mateus, que segue encantando os fãs com sua música.
Por aqui também tivemos POCAH descobrindo durante uma festa enquanto ainda estava no BBB que sua música com Lia Clark, Eu Viciei, tinha sido lançada. O funk, assinado pelo trio Hitmaker, entra para a lista de músicas que teriam bombado em todas as festas se não fosse a pandemia. Ludmilla e Xamã também colocaram no mundo uma ótima parceria: Gato Siamês deixa claro que Lud também nasceu para cantar R&B. Em Abril, rolou até uma colaboração internacional: Luísa Sonza e Bruno Martini foram convidados para um remix de Cry About It Later, de Katy Perry.
Nos States, assistimos Demi Lovato colocar seu coração nas canções de Dancing With The Devil… The Art of Starting Over, e estabelecer o disco como o melhor trabalho de sua carreira, com viciantes faixas pop e um desabafo sincero de alguém que quase nos deixou mas conseguiu recuperar sua vida. Taylor Swift também fez história em sua carreira ao lançar a primeira das regravações de seus álbuns antigos, que estão encaminhadas para sair nos próximos meses. Depois de ter sido impedida de comprar os masters de suas músicas, a artista decidiu voltar ao estúdio e regravar cada um de seus discos. Fearless (Taylor’s Version)já está entre nós, e que venham os outros!
Doja Cat finalmente foi libertada do cativeiro Say So e já começou a divulgar seu novíssimo álbum, Planet Her. O primeiro single escolhido é a contagiante Kiss Me More, ao lado de SZA. Twenty One Pilots também fez seu comeback cor-de-rosa e azul bebê. Chokere Shy Away são uma indicação que teremos uma era mais pop ainda do duo, e com uma vibe retrô. BROCKHAMPTON retornou iluminando toda sua criatividade em seu novo disco, enquanto Rina Sayama e Elton John se juntaram para uma parceria e regravaram Chosen Family, de Rina. No ano passado, Elton John declarou que SAWAYAMA era seu álbum favorito de 2020.
No Reino Unido, ao lado das drag queens A’Whora, Tayce e Bimini Bon-Boulash, que participaram da segunda temporada de Drag Race UK, as meninas do Little Mix lançaram seu primeiro trabalho em formação de trio. A nova versão de Confettitambém contou com a colaboração da rapper Saweetie. Falando em girlbands, as sucessoras naturais do Little Mix nos apresentaram seu primeiro EP. As integrantes da Boys World estão apenas começando a trilhar seu caminho, e aos poucos estão construindo uma discografia promissora e empolgante, como a perfeitaGirlfriends.
Olivia Rodrigo, o rostinho da Geração Z, continua fazendo muito barulho mesmo tendo apenas duas músicas lançadas em sua carreira solo. Dessa vez foi deja vuque explodiu no streaming e viralizou no TikTok. O debut da cantora, SOUR, nem viu a luz do dia ainda, mas já acumula mais de 1 bilhão de streams. Billie Eilish também está se preparando para lançar seu segundo álbum. As faixas que já pudemos ouvir, my future, Therefore I Ame, agora, Your Power, só aumentam as expectativas desse próximo trabalho de Billie. Com uma atmosfera mais adulta sem perder a essência Eilish, a pergunta que já começa a aparecer é: será que vem mais um AOTY aí?
No assunto bedroom pop, temos Ryan Woods. O jovem cantor alternativo é também produtor de suas canções, e colocou no mundo seu primeiro EP, King of the Basement. Nos distanciando um pouco mais do mainstream, dois trabalhos se destacaram com aclamação da crítica. O primeiro é Vulture Prince, obra-prima de Arooj Aftab que encontra um lugar entre a tradição da música oriental e a contemporaneidade dos sons do ocidente para atingir a universalidade da experiência do luto e processamento da dor. Longe da serenidade da musicista paquistanesa radicada em Nova York, está o barulho do hardcore divertido de The Armed em ULTRAPOP.
Abril também foi o mês de celebrar o maior evento do Cinema que encontra uma graça especial em suas performances musicais. No terraço do Museu da Academia, quatro das músicas indicadas a Melhor Canção Original foram brilhantemente entoadas, mas a honra da dimensão musical do Oscar foi dela, literalmente. Aos 26 anos, H.E.R. já tem estatuetas do Grammy e Oscar na prateleira de casa, e seu novo disco, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2021, promete.
Para um mês recheado de novidades, retornos e expectativas, a Editoria e os colaboradores do Persona prepararam o seu guia mensal que abriga tudo o que rolou no mundo da música num só lugar. Conecte seus fones de ouvido para passear conosco pelos sons que nos encontraram através dos CDs, EPs, singles, clipes e performances no Nota Musical de Abril de 2021.
BROCKHAMPTON é a primeira boyband da história formada pela internet. Entretanto, talvez o uso desse termo – normalmente imputado a grupos de música pop como *NSYNC, Backstreet Boys e One Direction – possa soar deslocado ou inadequado para um grupo de hip-hop, mas é propriamente assim que eles se definem: boyband. Isso por si só já evidencia uma quebra de barreiras de masculinidade que o grupo fará constantemente, mas seu trabalho não se resume a isso.
Apesar de serem frequentemente comparados com o coletivo de rap Odd Future, que revelou grandes artistas como Tyler, The Creator e Frank Ocean, a banda vai muito além desse paralelo, encabeçando um novo movimento musical e estético da cena estadunidense, protagonizado pela juventude do país, que já é muito mais relevante que qualquer coisa que a Odd fez em seu período de atuação. Essa energia pujante se manifesta o tempo todo em seu som, agora conquistando uma maturidade muitíssimo bem-vinda em ROADRUNNER: NEW LIGHT, NEW MACHINE.
Para os nascidos na segunda metade da década de 80, a MTV é um canal que dispensa apresentações, sua filial brasileira – a MTV Brasil – foi fundada em outubro de 1990. Ainda que hoje faça sucesso com programas como De Férias Com o Ex e Catfish, a emissora teve seu auge nos anos 90. A grade diária era pensada para jovens adultos e influenciava o mercado musical da época, exibindo bandas como Nirvana e Alice in Chains. Seus programas viraram selo musical, como é o caso do fenomenal Acústico MTV, onde os artistas gravavam os clássicos de seu repertório sem instrumentos elétricos.
Considerada a “Rainha do Indie”,Lana Del Rey quis testar mais sons que vão além do indie em seu novo álbum, o que não é surpresa. Quem acompanha a cantora sabe que desde seu lançamento de 2019,Norman Fucking Rockwell!, ela vem fazendo sons que vão dopop ao estilo alternativo. No entanto, nesta nova obra Chemtrails Over The Country Club, Lana explora mais sua poesia em tipos musicais do indie, countrye, principalmente, folk.
Lançado no dia 19 de março de 2021, através das gravadoras Polydor Records e Interscope Records,Chemtrails Over The Country Club contém 11 canções de puro aspecto vintage estadunidense. Começamos com a faixa-título que apresenta elementos como carros esportivos, viagens entre amigas e tardes na piscina, mostrando um verão bem típico californiano – característica comum nas suas obras.