Tell Me I’m Pretty: 5 anos de uma viagem psicodélica e nostálgica

Capa do álbum Tell Me I'm Pretty da banda Cage The Elephant. É uma capa branca, com o nome da banda escrito no topo e logo abaixo o nome do cd, com letras douradas. Do meio pra baixo vemos a foto de uma mulher branca, ruiva e de olhos azul piscina
Capa do álbum (Foto: Reprodução) 

Andrezza Marques 

Há 5 anos, em 18 de dezembro de 2015, Cage The Elephant lançava o seu quarto álbum de estúdio: Tell Me I’m Pretty. Disco esse que ganharia o Grammy de Melhor Álbum de Rock dois anos depois. Nele, o som dos irmãos Matt e Brad Shultz se reinventava mais uma vez, e até hoje faz quem ouve entrar em uma espécie de viagem nostálgica e psicodélica ao longo das 10 faixas marcadas por composições complexas, carregadas de sentimentos e arranjos bem elaborados.

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Ungodly Hour: a emancipação das irmãs Bailey

Capa do segundo álbum de estúdio da dupla formada por Chloe e Halle Bailey (Foto: Reprodução)

Caio Savedra

Surgindo a partir de uma carreira nativa da internet, o álbum Ungodly Hour, da dupla Chloe X Halle, entrega diversos pontos positivos de se admirar, mas, acima de tudo, serve como uma emancipação artística das irmãs para além do papel de protegidas e apadrinhadas por Beyoncé. Crescidas no meio artístico, é notável a desenvoltura que as artistas têm, basta assistir qualquer uma das várias apresentações recentes. Com uma carreira que conta com aparições em filmes e apresentações musicais desde crianças, foi através de covers no YouTube que começaram a se destacar na música.

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folklore: o melhor dos muitos mundos de Taylor Swift

“No isolamento, minha imaginação disparou e este álbum é o resultado, uma coleção de canções e histórias que fluíram como um fluxo de consciência. Pegar uma caneta foi minha maneira de escapar para a fantasia, história e memória” (Foto: Beth Garrabrant)

Raquel Dutra

Visuais rústicos e paisagens bucólicas fotografadas em preto e branco mas que ocasionalmente revelam verdes úmidos e marrons aconchegantes. Foi com essa serenidade que Taylor Swift surgiu nas redes sociais no dia 24 de julho para anunciar seu novo álbum, folklore, apenas 24 horas antes de seu lançamento. 

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Chromatica é um divã na pista de dança

Capa da versão deluxe (Foto: Norbert Schoerner/Interscope Records)

Jho Brunhara

Lady Gaga é uma ótima contadora de histórias. Desde seu primeiro projeto, quando sua persona foi construída através de uma imagem bizarra, instigante e quase mística, a nova-iorquina não estava ali só pelas músicas. Estava pelos visuais, conceitos pretensiosos que funcionam, e principalmente, sua narrativa. Uma jovem seduzida e engolida pelo monstro da fama; depois uma alien-mãe lutando pela liberdade de seus monstrinhos; um híbrido metade-Warhol metade-Gaga nascido de um ovo azul botado por Jeff Koons; uma grande homenagem póstuma meio country; e agora, Chromatica

Nem sempre é possível entender exatamente o que a artista quer contar em todos os universos que cria, como no controverso ARTPOP, mas dessa vez a mensagem chega clara ao ouvido deste planeta: Chromatica soa como uma celebração. O primeiro disco de Gaga sem nenhuma balada para desacelerar o caminho de suas 16 faixas incorpora o house e o dance dos anos 90, luta pelo seu espaço nas pistas de dança do presente, e relembra o mundo que às vezes você só precisa dançar, mesmo que sozinho em seu quarto, e tudo vai ficar bem. 

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Fiona Apple dita suas próprias regras em como criar um clássico instantâneo

O título do álbum quota uma fala da série britânica ‘The Fall’, na qual a personagem de Gillian Anderson, que investiga crimes sexuais, encontra o antigo cativeiro de uma garota torturada, e pede que tragam um alicate para poder entrar no local (Foto: David Garza/Epic Records)

Carlos Botelho

Após oito longos anos de espera, o aguardado quinto álbum de estúdio de Fiona Apple, Fetch The Bolt Cutters, chegou fazendo barulho na internet. Além de arrancar notas máximas das principais publicações da crítica especializada, o disco ainda entrou pro seleto grupo a receber um 10.0 da polêmica Pitchfork. O último lançamento a conquistar este feito foi o monumental My Beautiful Dark Twisted Fantasy de Kanye West, dez anos atrás. 

O que faz este álbum ganhar status de clássico instantâneo é o fato de Fiona Apple ter transformado sua própria casa em estúdio, adicionando os ruídos e barulhos do cotidiano ao instrumental da obra. Somadas a esta imprevisibilidade e crueza sonora únicas, Fetch The Bolt Cutters constrói ao longo de treze faixas um olhar poderoso e libertador sobre os fantasmas do passado. 

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The Strokes: nem tão novo, nem tão anormal

(Foto: Reprodução)

Maria Carolina Gonzalez

‘Descongelamos’. Foi dessa forma que Julian Casablancas deu boas vindas a 2020 antes de apresentar ao público do Brooklyn’s Barclays Center a música “Ode to the Mets”, faixa que compõe o novo trabalho do Strokes: The New Abnormal

A escolha do nome foi apropriada para definir este ano. Assim como aconteceu em outubro de 2001, Nova York ainda se recuperava do 11 de setembro quando o Is This It chegou em terras americanas, oferecendo a trilha sonora da década que começava de forma inusitada. Quase 20 anos após a estreia ofegante, o quinteto nova-iorquino mais uma vez dita o ritmo dos novos tempos. Tempos completamente anormais.

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Em Future Nostalgia, Dua Lipa é o presente

Nossa Penélope Charmosa. Capa do álbum (Foto: Hugo Comte/Warner Music)

Jho Brunhara

Quando Madonna sampleou ABBA em Hung Up, todo apreciador de música pop que se preze sabia que é preciso muita coragem para referenciar diretamente um clássico e ainda soar original, e a rainha do pop o fez. 15 anos depois, Dua Lipa se inspira no próprio Confessions on a Dance Floor de Madonna para fazer uma afirmação: a música disco ainda tem algo a dizer para as novas gerações. 

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Fine Line finalmente entrega o que Harry Styles prometeu com seu primeiro álbum

A icônica capa de Fine Line foi fotografada por Tim Walker, um grande amigo do artista (Foto: Reprodução)

Lara Ignezli

Fine Line nos convida a assistir a uma história de amor protagonizada por seu criador, através de uma ótica melancólica e, principalmente, nostálgica. As músicas carregadas de influências do pop, do rock clássico e do marcante R&B psicodélico transparecem em suas letras a vontade desesperadora que Harry Styles tem de estabelecer uma comunicação com o “sentir”. 

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