Bailarina (2025) dança bem, mas não escolhe sua própria coreografia

Aviso: O texto contém alguns spoilers

Cena do filme BailarinaNa imagem, a personagem Eve Macarro, interpretada por Ana de Armas, está centralizada em um plano médio com enquadramento frontal. Ela se encontra em um corredor iluminado por luzes de néon rosa e roxa, que formam linhas paralelas ao fundo. Há pessoas ao redor, criando um efeito visual que remete a uma festa em uma boate. Eve é uma mulher branca, magra, de cabelos pretos, e está vestindo um casaco com gola de pelos e uma roupa brilhante em tons de vermelho.
Eve Macarro não é a versão feminina de John Wick (Foto: Lionsgate)

Marcos Henrique

O Cinema de ação hollywoodiano jamais foi o mesmo após a estreia de John Wick – De Volta ao Jogo (2014). O longa chamou atenção não apenas pelo ícone que o personagem interpretado por Keanu Reeves se tornou, mas também pelo seu esmero técnico, que trouxe novas formas de filmar ação e dirigir coreografias de lutas hipnotizantes. Mérito de Chad Stahelski e David Leitch, dois ex-dublês que sabiam exatamente o que estavam fazendo ao escolherem dirigir a obra. Assim surgiu o vasto — e rico — universo de John Wick, que rendeu alguns spin-offs, como a minissérie The Continental (2023) e o mais recente, Bailarina (2025), o primeiro filme derivado da franquia.

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Há 25 anos, as irmãs Wachowski entravam para a história de Hollywood com Matrix

No centro está Neo. Ele está de frente para a câmera, com o braço estendido e a mão aberta. Em direção a ele estão indo 8 balas, que deixam marca no ar quando passam.
“Minha previsão te revelou o futuro ou os fatos ocorreram em influência do que eu previ?” (Foto: Warner Bros. Pictures)

Guilherme Moraes

No final do século XX, Lily e Lana Wachowski criaram um universo onde a humanidade foi dominada e escravizada pelas máquinas que buscavam fazer a manutenção de seu poder e sua existência. Com roupas pretas, realidade simulada, pensamentos filosóficos, temas bíblicos e bullet time, Matrix entrou para a história do Cinema hollywoodiano e consagrou duas diretoras que iriam se rebelar contra o sistema.

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John Wick 4: Baba Yaga é um épico de ação que redefine riscos

Cena do filme John Wick 4: Baba Yaga. John Wick em uma capela, protagonista da saga de filmes de mesmo nome, interpretado por Keanu Reeves. Um homem branco de cabelos longos na altura do ombro que veste um terno totalmente preto. Ele está andando de costas para o altar de uma capela com várias velas acesas em castiçais ao seu redor. A exibição está ao nível de sua cintura mostrando uma passarela cercada de cadeiras em que a frente está um homem sentado.
Keanu Reeves, conhecido por participar de vários filmes de ação e ser referência no gênero, chegou a doar parte de seu salário para a equipe de efeitos especiais de Matrix (Foto: Lionsgate)

Henrique Marinhos

John Wick 4: Baba Yaga reflete e pode ser definido pelo seu subgênero neo-noir, em sua exploração das complexidades do ser humano, desde seus conflitos internos até sua moral ambígua no contemporâneo. Ainda que a subcategoria o descreva tão bem, a ação e o suspense se sobressaem em função de sua construção, tanto pela direção de Chad Stahelski, à atuação do veterano Keanu Reeves. Em contrapartida às motivações triangulares – de construção simples, capazes de suportar grandes tensões e únicas –, todo desenrolar da narrativa segue a busca do protagonista pela vingança de um passado e uma esperança destruídos em atos simplórios em sua prequela, que ocasionaram uma sequência de desestruturações de escala mundial, reais e fictícias.

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