Bloomsday e o desafio Ulysses

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Eli Vagner F. Rodriguez

Aqueles que já contemplaram a literatura como algo mais do que um passatempo obrigação ou tortura, que acreditam na ideia de uma formação pessoal pela arte literária ou ainda, aqueles que, ansiosos por adquirir cultura, acompanham as listas dos 100 melhores do século (filmes, livros, músicas), já se depararam com o desafio de Ulysses. A obra de James Joyce, por ter sido considerada pela crítica como o romance do século XX assusta e atrai. Joyce é considerado o escritor que teria desconstruído as tradicionais estruturas do romance, seja lá o que isso signifique para nós que não somos especialistas em crítica literária. Continue lendo “Bloomsday e o desafio Ulysses”

The Smiths: a luz que nunca se foi

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Da direita para a esquerda: Andy Rourke, Morrissey, Johnny Marr e Mike Joyce

Nilo Vieira

Em 1984, quando questionado sobre o porquê da escolha do nome The Smiths, o vocalista Morrissey respondeu que queria o nome mais ordinário possível para sua banda. Mal sabia ele que, em pouco tempo, o quarteto provaria estar muito acima de um grupo comum: com seus dois primeiros álbuns de estúdio (e a compilação Hatful Of Hollow, também essencial), os Smiths se destacaram por sua combinação de sonoridade orgânica – em contraponto ao uso exagerado de sintetizadores, comum naquela década – com o lirismo poético de Morrissey, que abordava tanto temas cotidianos como tabus com uma dosagem certeira de dramaticidade, referências literárias e ainda assim permanecia acessível ao grande público.

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O Enigma de Outro Mundo: o terror oitentista em sua excelência

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Gabriel Andrade

O cinema dos anos 80 ficou marcado por seu exagero. Desde as roupas extravagantes dos filmes policiais de Los Angeles e Miami, até as comédias adolescentes que exploravam situações absurdas. O terror também não passou incólume pela década. Os slashers movies, filmes com serial killers que matavam suas vítimas da forma mais sangrenta possível, foram os maiores expoentes do gênero na década. Com Jason e Freddy Kruguer como seus maiores representantes.

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Warcraft: pior que uma invasão Orc

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Matheus Fernandes

Misturar cinema e videogames dificilmente dá certo. Uma rápida olhada na página da Wikipedia sobre filmes baseados em jogos mostra que desde da estreia de Super Mario Bros, primeiro com lançamento internacional, em 1993, nenhum conseguiu chegar a marca de 50% de aprovação no agregador de reviews Rotten Tomatoes. Nem mesmo filmes carregados por estrelas como Tomb Raider, com Angelina Jolie, ou Príncipe da Pérsia, com Jake Gylenhall, conseguiram um mínimo de aprovação crítica, apesar do desempenho comercial razoável.

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Revenge: a história certa nas mãos erradas

A concepção de vingança na série e a conexão com a obra O Conde de Monte Cristo

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Matteus Corti

[Esta crítica contém spoilers!]

William Shakespeare já em sua mais célebre frase buscava distinguir as diferenças entre justiça e vingança, explicando a tênue linha que divide a prática a justiça e da vingança: o amor. Nas produções pós-modernas que retratam a temática da vingança, temos a construção básica de uma série de fatores de injustiça e sofrimento que justificam a atenuação de crimes e a consequente sede de fazer justiça com as próprias mãos.

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Alice, é melhor ficar no espelho

Só para não ver o que aconteceu com a sua história.

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Danielle Cassita

Mais uma vez temos uma obra clássica de Lewis Carroll sendo transformada em filme. Em 2010, foi pela direção de Tim Burton que Mia Wasikowska interpretou Alice nas telas de cinema. Agora, ela retorna ao papel em Alice Através do Espelho, junto de Anne Hathway (Rainha Branca), Helena Bonham Carter (Rainha Vermelha), Johnny Depp (Chapeleiro Maluco), entre outros. 

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Prince: a chuva que virou tempestade

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Nilo Vieira

No último feriado de Tiradentes, a fatídica notícia: o cantor, multi-instrumentista e ator Prince havia sido encontrado morto em seu próprio estúdio. Não tardaram a surgir milhares de homenagens ao redor do mundo – em forma de textos, fotos, covers ou simplesmente por troca de cores em logotipos -, a maioria em referência ao maior sucesso de Prince, “Purple Rain”.

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Amy: mais que um “Addicted” ou um “Rehab”, um belo “Jazz n’ Blues”

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Guilherme Hansen

O documentário “Amy”, dirigido por Asif Kapadia (Senna), lançado em 2015, narra com detalhes a trajetória artística da cantora Amy Winehouse, isto é, desde a descoberta de seu dom e os primeiros passos para a fama, até os últimos momentos de sua vida, abalada pelo vício em álcool e drogas.

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