O filme estreou no Festival de Veneza em Agosto de 2024 (Foto: The Apartment Pictures)
Davi Marcelgo
Ao longo de quatro anos, Pablo Larraín dedicou seu trabalho de cineasta à Ditadura Militar chilena, com Tony Manero (2008), Post Mortem (2010) e No (2012). Desde 2016, o diretor agarrou outro gênero, parecido com o drama de época, a cinebiografia, com os filmes Jackie (2016) e Spencer (2021). Em 2024, sua visão sobre mulheres históricas do século XX adentra os palcos do Teatro Scala de Milão e registra os últimos dias de vida de Maria Callas (Angelina Jolie). Maria Callas foi selecionada para a 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e faz parte da seção Perspectiva Internacional.
O longa fez parte do Festival Sundance nos Estados Unidos (Foto: A24)
Davi Marcelgo
A produção da A24, Eu Vi o Brilho da TV (I Saw The TV Glow, no original), longa dirigido e escrito por Jane Schoenbrun, faz parte da seção Perspectiva Internacional na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Na trama, Owen (Justice Smith) é um garoto tímido que faz amizade com Maddy (Brigette Lundy-Paine), uma garota com muita personalidade, que apresenta a ele um programa de televisão sobre duas amigas com uma conexão psíquica. Anos depois, o protagonista questionará o que é ficção e realidade. Pode parecer que essa história é um suspense, mas, na verdade, é um drama queer.
Taylor Swift dá adeus à escuridão de reputation e ressurge nas cores pasteis de um dia ensolarado (Foto: Valheria Rocha)
Arthur Caires
Ao contrário do que a era reputation (2017) proclamava, a “antiga Taylor” não estava morta, e ela ressurgiria mais forte do que nunca em Lover, de 2019. Deixando para trás a escuridão, as cobras e os dramas públicos, o sétimo álbum de estúdio de Taylor Swift abraça a luz do dia, borboletas coloridas e o amor em suas várias formas. É um retorno à forma da artista, que focou em lembrar ao público geral que a cantora de All Too Well ainda tinha as características que todos amavam: compositora, sonhadora e verdadeira consigo mesma.
Com versão restaurada, pornochanchada brasileira faz parte da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (Foto: Olympus Filme)
Davi Marcelgo
O ano de 1983 foi marcado pela regulamentação do futebol feminino no Brasil, prática proibida desde 1941, na Era Vargas. Aquele ano também foi sublinhado por Onda Nova – Gayvotas Futebol Clube da dupla Ícaro Martins e José Antonio Garcia, filme produzido no polo cinematográfico Boca do Lixo e exibido pela primeira vez na 7ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, há 41 anos. Em 2024, o filme ganhou restauração graças à seleção para o Festival de Locarno (Suíça) e à união do trabalho da Cinemateca Brasileira junto à Martins, à família de Garcia e outros artistas e colaboradores. Além disso, teve duas sessões na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, na seção Retrospectiva.
Na semana de lançamento, MaXXXine arrecadou cerca de 6,7 milhões de dólares em bilheteria, atingindo a maior estreia da franquia (X e Pearl arrecadaram, respectivamente, 4,2 e 3,1 milhões) [Foto: A24]João Pedro Piza
Em Julho de 2024, MaXXXine estreou nos cinemas brasileiros com o hype e a expectativa lá em cima. Sequência do surpreendente slasher X e de seu prelúdio, o horror psicológico Pearl, ambos de 2022, este tinha a missão de dar continuidade à saga da protagonista interpretada por Mia Goth em um novo cenário. Poucos anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Maxine Minx se tornou uma estrela da indústria pornográfica e agora busca um lugar na Hollywood da década de 1980.
Em entrevista à Apple Music, Charli XCX revelou que o motivo da simplicidade da capa de Brat foi para economizar na sessão de fotos (Foto: Atlantic Records)
Henrique Marinhos
Não é novidade que ‘ser brat’ é sobre quebrar regras. Charli XCX não só entende isso como vive essa filosofia há um bom tempo. Brat and it’s completely different but also still brat é paradoxal e só poderia ser assim. A coletânea de remixes – se é que podemos definir assim – não se trata da adição de versos ou uma versão estendida; é uma desconstrução completa do álbum original, completamente diferente e, ainda assim, brat.
The College Dropout, álbum de estreia de Kanye West, soma mais de quatro milhões de cópias vendidas mundialmente (Foto: Roc-A-Fella)
Sinara Martins
Há 20 anos, Kanye West lançou seu primeiro álbum:The College Dropout. Visto, até então, apenas como um produtor, o cantor teve seu projeto negado por vários caça talentos, como foi mostrado em seu documentário Jeen-Yuhs (2022), até ser aprovado pela produtora Roc-A-Fella, em um ato de egoísmo de Damon Dash, para que o rapper não procurasse outras gravadoras.
Quando finalmente lançado, em 2004, o disco foi responsável por consolidar a carreira musical de Ye e debutou em segundo lugar nos charts da parada musical estadunidense Billboard Hot 200. Além disso, venceu as categorias de Melhor Álbum de Rap e Melhor Canção de Rap com Jesus Walks noGrammy do ano seguinte. Somado a suas vitórias, o álbum ainda coleciona outras dez indicações na premiação.
Demi Moore volta às telas do Cinema após 30 anos (Foto: MUBI)
Vitória Borges
Você já imaginou uma versão melhor de si? E se você soubesse que existe um produto que pode te mostrar uma parte mais jovem, bonita e perfeita? A Substância (The Substance, no original) pode te dar isso e um pouco mais. A produção, que promete revirar o estômago, é uma diversão exageradamente nojenta e bizarra sobre o espetáculo visual do Cinema e o gênero de horror corporal.
Harlequin debutou em 20º lugar na parada musical estadunidense Billboard Hot 200, a pior estreia de um disco de Lady Gaga nos charts (Foto: Interscope Records)
Henrique Marinhos e Nathalia Tetzner
Se em algum momento você achou que Lady Gaga havia perdido sua capacidade de inovar, Harlequin (2024) vem para confirmar a sua desconfiança. Lançado poucos dias antes do filme Coringa: Delírio a Dois, o álbum, composto majoritariamente por regravações de jazz, parece ser uma tentativa de Gaga de provar que ainda tem a sofisticação para dominar qualquer gênero. Mas será que a artista que nos deu The Fame Monster e Born This Way ainda consegue trazer algo novo aos palcos?
A capa e o título do álbum Ladrão fazem referência ao personagem Robin Hood, colocando o rapper mineiro roubando dos ricos para dar aos pobres (Foto: Gravadora Ceia)
Tharek Alves
Em 2017, no lançamento de seu primeiro álbum, Heresia, Djonga havia carimbado seu nome no meio do rap nacional, com uma estreia abaladora o suficiente para alavancar as expectativas em cima de suas próximas obras. Porém, o rapper dobrou a aposta em 2018 e superou todas as expectativas com O MENINO QUE QUERIA SER DEUS, tão abalador e marcante quanto seu antecessor. Visto na época como novo nome do rap mainstream, o mineiro tinha uma árdua missão de manter a qualidade em seus próximos lançamentos.
Assim como os antecessores e os que viriam posteriormente, Djonga também lançou seu terceiro álbum em 13 de Março e provou, mais uma vez, que raios podem sim cair no mesmo lugar. Intitulado Ladrão, os discursos presentes nas músicas ficaram ainda mais objetivos, com críticas incisivas ao racismo e desigualdade social, além de assumir, de fato, o papel de protagonista não só na luta antirracista, como também, no rap nacional.