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Vitor Evangelista
Nos Estados Unidos, a era Trump, além de marcada pelo caos político e por um festival de intolerância, trouxe também à tona a velha discussão sobre o controle do uso de armas pelos cidadãos. Esse debate, que se intensificou após uma série de tiroteios que mancharam de sangue escolas e universidades do país, gera um número exorbitante de pontos de vista; no Ccinema, um deles foi abordado recentemente no último longa dos Irmãos Spierig: A Maldição da Casa Winchester.
A primeira questão a chamar atenção é o fator real da história. A casa-título realmente existe em San Jose, na Califórnia, e é representada no filme como algo vivo e em incessante criação e destruição. Mas o que dá vida à trama não é apenas a personificação.
Price é vivido por Jason Clarke, que aqui repete a fórmula do herói atormentado e assombrado por traumas do passado (ótimo em Planeta dos Macacos: O Confronto e sem sal em O Exterminador do Futuro: Gênesis). Inclusive, seu personagem tem a maior descaracterização do filme, ao primeiro ser retratado como um boêmio apaixonado por drogas e prostituição, e depois ter sua imagem limpa, se tornando um simples homem com problemas de bebida.
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Além dos dois protagonistas, o filme conta com Sarah Snook e Finn Scicluna-O’Prey como mãe e filho, em uma dinâmica que bebe na fonte de Shelley Duvall em O Iluminado e no núcleo familiar de O Exorcista.
Não chegando, porém, ao nível simbólico de nenhum dos dois. Um dos maiores desapontamentos (quiçá o maior) que Winchester desperta no público é a sensação de desaproveitamento de uma locação estupenda e insana, que se restringe a tomadas em ambientes fechados e estáticos.
O filme mostra uma ou duas vezes um movimento significativo de câmera, andando pelos corredores e saboreando a arquitetura travessa e incômoda do ambiente. Ora, uma casa que é reconstruída a todo momento deveria, pelo menos uma vez, mostrar o processo disso em vez de apenas filmar ao longe os pedreiros com capacetes e barras de ferro suspensas!
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Um exemplo de filme que abraça a ideia da casa protagonista é o excelente A Casa Monstro, animação de 2006. Outro é Invocação do Mal 2, de 2016, que dá, acima de tudo, um exemplo de filmagem instigante em ambientes claustrofóbicos.
Outra questão que deixa a desejar é a existência ou não dos espíritos na Mansão, respondida logo de cara, tirando o gosto do mistério e o sentimento de não saber ao certo o que ocorre naquele ambiente tão caótico e cheio de pregos e escadarias. A personagem de Mirren, Sarah, poderia ser o ponto de virada da história, na tentativa do doutor determinar sua sanidade ou não. Isso com certeza incharia o filme e o faria mais interessante.
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Após um primeiro arco conciso e o mais direto possível, A Maldição da Casa Winchester segue, numa segunda etapa repetitiva e que não diz muito, uma série de caminhadas noturnas e viradas rápidas de câmera para os sustos momentâneos – e um dos terceiros atos mais longos e anticlimáticos de que me recordo. A quantidade exorbitante de momentos de tensão, que se sobrepõe um ao outro, provocam cansaço e a sensação de que o tempo não passa, mesmo sendo esse um filme de apenas 100 minutos. No fim das contas, Winchester se mostra mal dosado e mal planejado, o que certamente frustraria os esforços de seus antecessores.
MUITO BOM!
Muito bom!!!!
Ancho que é um filme que vale a pena assistir, gostei o trabalho do elenco. Os filmes de terror evolucionaram com melhores efeitos visuais e tratam de se superar a eles mesmos. Eu gosto da atmosfera de suspense que geram no filme, vale a pena assistir a It a coisa acho que conseguem muito bem. Eu acho que o remake do filme superou em muito o primeiro, agora eu espero pelo Capítulo II. O elenco é parte fundamental para que o filme de um medo terrível, se comprometeram com suas personagens.