A força da exposição em Felizes Juntos

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Após 20 anos, rever o filme de Won Kar-Wai é, ainda, sobre estar em busca de algo distante. Mesmo estando junto, a busca de Fai no filme é um tratado da solidão e da incompatibilidade que poucos hoje compreenderão. 

Adriano Arrigo

No começo, era tudo sobre as Cataratas do Iguaçu. Fai (Tony Chiu-Wai Leung) sai de Pequim e viaja de algum ponto do mapa até Argentina. “Ele disse que devíamos recomeçar”, ouvimos de Fai através de uma voz que soa como se fossem seus pensamentos ou memória. E é isso que o início de Felizes Juntos (1997) desenha, a memória de algo que um dia foi, mas hoje precisa se reconstruir.

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E.T. completa 35 anos e mostra que é imortal

 

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Guilherme Hansen

A simples história de amizade que se tornou um dos filmes mais cultuados de todos os tempos.

Falar de clássicos nunca é uma tarefa fácil, pois é quase impossível explicar o porquê do sucesso de produtos tão aclamados. Porém, para filmes como E.T – O extraterrestre, obra-prima dirigida pelo mestre Steven Spielberg e com recém completos 35 anos de lançamento, a missão se torna um pouco mais palpável. Não dá para não se encantar pelo filme que une, de forma eficiente, qualidade de roteiro e de técnica. Continue lendo “E.T. completa 35 anos e mostra que é imortal”

Sofia Coppola e o necessário reconhecimento das mulheres como cineastas

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Daiane Tadeu

A diretora americana Sofia Coppola venceu o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes que ocorreu no último mês de maio. A cineasta foi premiada pelo filme O estranho que nós amamos, um remake do longa de 1971 dirigido por Don Siegel e baseado no romance A Painted Devil, de Thomas P. Cullinan. Continue lendo “Sofia Coppola e o necessário reconhecimento das mulheres como cineastas”

Sepultura Endurance é um exercício de autoafirmação pela metade

O Sepultura do presente: orgulho e resistência
O Sepultura do presente: orgulho e resistência

Gabriel Leite Ferreira

Manter-se relevante por mais de três décadas no show business é proeza para poucos. O Sepultura, mais do que ninguém, tem plena noção disso. Do início precário em Minas Gerais ao posto de uma das maiores bandas de heavy metal do mundo e os atritos posteriores, a banda fundada pelos irmãos Cavalera superou barreiras até então intransponíveis – e ainda hoje, sob a batuta do guitarrista Andreas Kisser, não pode se dar ao luxo de se acomodar como outras bandas do segmento. Logo, batizar um documentário sobre a trajetória do grupo como Sepultura Endurance (do inglês “resistência”) é, no mínimo, adequado; o problema é que o material não faz jus à carreira do Sepultura do Brasil.  Continue lendo “Sepultura Endurance é um exercício de autoafirmação pela metade”

O Rastro: Caminhando para o Terror Brasileiro

Divulgação/Imagem Filmes
Divulgação/Imagem Filmes

Matheus Dias

Em um cenário de pouca produção para o gênero de terror, o cinema brasileiro tenta ocupar um espaço pouco explorado. A última produção nacional desse gênero foi em 2014 com Isolados, um filme que usa a receita de bolo hollywoodiana para  garantir sustos e que acabou não obtendo grandes resultados. O Rastro lança-se em rumo a mesma fórmula, porém de um jeito moderno, dando enfoque na corrupção e na crise da saúde pública no país. Continue lendo “O Rastro: Caminhando para o Terror Brasileiro”

Eis a Mulher Maravilha que temos esperado

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Maria Gabriela Zanotti

E em sua melhor versão. Representatividade, de fato, pode movimentar um público há muito adormecido e desinteressado por mais do mesmo – para quem nunca simpatizou com filmes de super-heróis, as duas horas e vinte minutos de Mulher Maravilha podem assustar. Continue lendo “Eis a Mulher Maravilha que temos esperado”

Os Últimos Dias de Laura Palmer: uma outra Twin Peaks

O filme foi mal recebido em 1992, mas hoje recebe uma nova apreciação. Diferente o bastante da série para incomodar alguns fãs, David Lynch apresenta uma outra perspectiva do universo Twin Peaks.

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Lucas Marques

O longa-metragem Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer, de 1992, era, até este ano, o último vislumbre do universo da série de David Lynch e Mark Frost. Um último gole nada fácil de digerir: Lynch frustra a espera por respostas aos questionamentos deixados em 1991, situando o filme antes da narrativa da série. A obra possui uma estranha relação interna, pois tanto depende que o expectador conheça o material de origem, quanto pede que nós o tratemos como um produto único, quase que desvinculado do seriado. David Lynch, ao quebrar expectativas, reafirma a posição de autor na época mais popular de sua carreira.

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Eraserhead: a grotesca história de um pesadelo real

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Elisa Dias

Quarenta anos atrás, David Lynch lançava ao mundo seu primeiro longa-metragem: Eraserhead. Com roteiro de 21 páginas e cinco anos de filmagens, devido a problemas de financiamento, o filme já começa a revelar, mesmo que de maneira não intencional, uma onda de contrastes – que vão desde a oposição entre claro e escuro aos universos do onírico e do real. Continue lendo “Eraserhead: a grotesca história de um pesadelo real”

Corra! não assusta, mas incomoda

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Egberto Santana Nunes

Apropriação cultural, racismo institucional, a solidão da mulher negra, relacionamentos inter-raciais. Podemos dizer que, pelo menos nos últimos 20 anos, nunca essas questões foram tão debatidas e tiradas do tabu quanto tem sido agora. E é claro que tais pautas seriam usadas – como sempre foram – pela sétima arte. Os últimos bons exemplos foram Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016) que debate a busca por identidade enquanto homem negro e gay e o documentário indicado ao Oscar Eu Não Sou Seu Negro, que conta a história de James Baldwin a partir de um manuscrito inacabado do escritor, tal como a trajetória de luta de Malcolm X, Medgar Evers e Martin Luther King Jr., ativistas pelos direitos dos negros nos EUA. Agora o mais novo lançamento nos cinemas americanos inova ao debater o racismo disfarçado e os relacionamentos inter-raciais por uma ótica diferente, o terror.

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A Bela e a Fera: Sentimentos são fáceis de mudar, filmes nem tanto

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Aline Barbosa

Após o grande sucesso da animação A Bela e a Fera de 1991, que não só arrecadou mais de 400 milhões de dólares nas bilheteria, como também foi a primeira animação da Disney a ser adaptada para musical da Broadway, era de se esperar que o live-action, proposto para 2017, fosse ansiosamente esperado pelo público.

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