A Maldição da Residência Hill rompe com as amarras do terror comum

O novo drama de suspense e terror da Netflix foi inspirado por Lost, revelou o criador Mike Flanagan (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Maquiada como uma produção de terror e fantasmas, A Maldição da Residência Hill usa de artifícios do gênero para tratar de uma relação familiar conturbada e extremamente relacionável ao mundo fora das telas. Transitando entre o passado e o presente dos moradores da Hill House, a produção de Mike Flanagan trabalha com alegorias e cria a melhor série original do ano da gigante de streaming.
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O Primeiro Homem: uma história de amor entre o homem e a Lua

Numa maré de biografias estadunidenses que esfregam a bandeira vermelha e azul estrelada nas telas de IMAX mundo a fora, cheias de autorreferências e o hino tocando ao fundo, Damien Chazelle nada contra a maré e desenha os passos da chegada do homem a Lua de forma contida e silenciosa

O filme já é aposta certeira nas vindouras premiações hollywoodianas (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

O desafio de contar uma história já conhecida do grande público nas telonas é imenso. Quando foi anunciado que Damien Chazelle (Whiplash, La La Land) seria o responsável por tal feito, entretanto, o mundo se tranquilizou. O jovem oscarizado dirige, pela primeira vez, um filme que não escreveu. O roteiro adaptado vem pelas mãos de Josh Singer, texto que internaliza o drama do norte-americano e entrega um filme quieto, sorrateiro, mas extremamente memorável.

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A indecisão de A Freira

Na era dos filmes interligados, A Freira chega com uma bagagem de dois Invocações do Mal (ótimos) e dois Annabelles (mornos), o quinto filme da franquia remonta os anos 50 e vem narrar o primórdio de sua personagem título, o demônio Valak

A Freira se tornou fenômeno de bilheteria, atestando mais uma vez a força comercial dos filmes de gênero (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Quando James Wan inaugurou o que seria um universo compartilhado de terror em 2013 com Invocação do Mal, o público assistiu boquiaberto o casal Warren envolvido em casos sobrenaturais. Com um domínio técnico magistral, o cineasta abriu portas para que outros diretores fizessem experimentações, brincando com figuras célebres dessa mitologia.

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A volta de Twenty One Pilots e o misterioso mundo de Trench

Josh Dun e Tyler Joseph em photoshoot para divulgação do Trench (Foto: Fueled By Ramen)

Rafaela Martuscelli

Em 6 de julho de 2017, a banda Twenty One Pilots se calou. Como tudo o que envolve a banda, a despedida não seria simples e direta. Algumas imagens em preto, branco e vermelho – que faziam referência direta ao álbum Blurryface – com partes de músicas que falavam sobre escuridão, noite e solidão, foram postadas.

O vermelho da imagem, que começou em formato de um grande círculo, foi se fechando como se fosse um exausto olho após um dia agitado, até o total silêncio e a escuridão ganhasse forma na figura que se formava. Até que a multidão tivesse sumido. E esse foi o último sinal do duo por um ano.

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Venom: um filme perdido no tempo

Num nebuloso narrativo e visual, Venom não enriquece o gênero de heróis e termina se mostrando mais do mesmo (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Onze anos já se passaram desde que o mundo assistiu à finalização da trilogia do Homem-Aranha, dirigida por Sam Raimi, e foi apresentado ao alienígena parasita que antagoniza as aventuras do Amigão da Vizinhança. Agora, Venom rouba o holofote para si, protagonizando uma aventura solo cinematograficamente dispensável. Numa sucessão de blocos narrativos sem consistência no roteiro frágil e na direção caduca de Ruben Fleischer, a coprodução Sony e Marvel patina ao tentar contar a história de origem do (anti-herói?) vilão do Homem-Aranha. Herói, inclusive, que nem citado é. Venom funcionaria perfeitamente como um derivado dos filmes de Sam Raimi, quinze anos atrás.

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O caos reina em Game of Thrones

O atraso (proposital) do lançamento tornou o seriado inelegível ao Emmy 2017, concorrendo apenas na edição seguinte, que ocorre em 17 de setembro [Foto: HBO]
Vitor Evangelista

Numa leva menor de capítulos, Game of Thrones aparou as arestas e foi direto ao ponto. Com uma linha narrativa ágil, o penúltimo ano leva o público aos preparativos finais para dar fim às histórias de Westeros. A sétima temporada conseguiu juntar seus protagonistas, guinando a história para seu derradeiro final, a guerra contra o exército do Rei da Noite.

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A raiva que adoece em Sharp Objects

A parede florida da residência dos Crellin evoca a alma cuidadosa de Adora, semelhante a Mãe Natureza (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Estrelada por Amy Adams, a minissérie da HBO adentra o passado da jornalista Camille Preaker, que retorna a sua cidade natal para noticiar a morte de duas jovens garotas. Carregada de ressentimento, a produção caminha a passos lentos e cores quentes para mapear as relações familiares problemáticas de sua protagonista. Camille é uma mulher marcada por abusos. A começar pela distante relação que construiu com a mãe Adora (Patricia Clarkson, sublime), a perda de sua irmã caçula ainda na infância, os anos marcados pela automutilação e alcoolismo, a personagem de Amy Adams tem problemas em encarar o passado e, principalmente, deixá-lo ir. 

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A ingenuidade harmoniosa de Christopher Robin

Revisitando o Bosque dos 100 Acres e a trupe de animais da floresta comandada pelo urso amarelo, Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível chega para relembrar o regozijo da infância e que os frutos colhidos nessa época da vida podem florescer por muito tempo

O Ursinho Pooh está diferente (Foto: Disney)

Vitor Evangelista

Adaptando a história clássica do início do século XX, o filme explora a relação de um Christopher Robin (Ewan McGregor) já adulto para com sua família, vida profissional e os fantasmas em sua infância simplória na região de Sussex, na Inglaterra. Logo de cara, o filme pinta em tons pastéis as aventuras e enrascadas que Christopher viveu com os companheiros animais quando criança. Tudo do clássico desenho está ali. A mesa de chá, o pote de mel, os pulos de Tigrão.

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Hereditário e a quebra de expectativa do terror

Dirigido por Ari Aster, o terror Hereditário alegoriza problemas familiares macabros (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista 

A onda dos filmes de gênero com baixo orçamento e bilheteria astronômica tomou fôlego no ano passado, com dois longas extremamente baratos e retorno inimaginável: It – A Coisa e Corra!, esse segundo inclusive ganhando o Oscar de Melhor Roteiro Original. A produtora estadunidense A24 apostou no formato e na mente perturbada do diretor Ari Aster para lançar às telonas a euforia de Hereditário.
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Os rótulos de Unbreakable Kimmy Schmidt

Em um absurdismo cômico, o seriado extrapola metalinguagem e a inversão caricata de papéis (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Com o buzz político das denúncias de abuso de Hollywood, passando pelas declarações polêmicas do presidente Donald Trump, a primeira parte da 4a temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt discute feminismo e atualidades com propriedade. Calcada num roteiro ácido e com timing cômico impecável, a série de Tina Fey mais uma vez diverte mas sem nunca fazer deixar de refletir.

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