30: o amor é um jogo e parece que Adele finalmente aprendeu a jogar

Capa do álbum 30, de Adele. Essa é uma foto quadrada. À esquerda da foto é apresentado um close-up do perfil da cantora britânica Adele que toma toda a superfície da imagem. Ela é uma mulher de idade mediana, branca, de cabelos longos e loiros e seus olhos são verde claro. Ao fundo, temos uma visão embaçada com as cores azul escuro e preto. A cantora possui um semblante neutro, sem expressões faciais.
Capa de 30, o quarto álbum da cantora inglesa Adele Laurie Blue Adkins (Foto: XL Recordings)

Vinícius Santos

Muito bem, então, estou pronta. assim Adele termina a primeira música do seu novo álbum, 30. Acontece que, além dela, ninguém mais estava preparado para o que viria por aí. Lançado no dia 19 de novembro de 2021, este é o quarto CD da carreira da cantora britânica desde sua estreia em 2008 com o 19. Aclamado pelos críticos, Adele contou à Vogue, em outubro, que a obra era sua maneira de explicar seu divórcio ao filho e estava muito perto de seu coração, dizendo que ela “não estava desistindo deste”.

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Tenet: infelizmente, humildade não paga as contas

Elizabeth Debicki, uma mulher loira e branca, está usando um traje de mergulho verde e uma colete preto com detalhes laranjas no ombro. Ela está numa lancha, vemos o mar ao fundo. Seu cabelo loiro está preso num coque e ela olha para a esquerda, num lugar que a câmera não vê.
Por mais que os personagens nunca justifiquem suas motivações, Tenet é um filme divertido pela ação (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

É uma pena que o filme mais comedido de Christopher Nolan tenha em sua bagagem a maior negatividade de sua carreira. Longa que, segundo o cineasta, salvaria o cinema depois da pandemia e das salas fechadas, Tenet traga a ingratidão de um realizador ególatra e de um público que já dá o play com desgosto nas entrelinhas. A obra por si só se diverte em tudo que Nolan construiu desde que estourou com Memento, no início do século: o tempo vira gelatina nas mãos e nas lentes do britânico, fascinado pela auto indulgência de sua falsa genialidade.

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Venom: um filme perdido no tempo

Num nebuloso narrativo e visual, Venom não enriquece o gênero de heróis e termina se mostrando mais do mesmo (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Onze anos já se passaram desde que o mundo assistiu à finalização da trilogia do Homem-Aranha, dirigida por Sam Raimi, e foi apresentado ao alienígena parasita que antagoniza as aventuras do Amigão da Vizinhança. Agora, Venom rouba o holofote para si, protagonizando uma aventura solo cinematograficamente dispensável. Numa sucessão de blocos narrativos sem consistência no roteiro frágil e na direção caduca de Ruben Fleischer, a coprodução Sony e Marvel patina ao tentar contar a história de origem do (anti-herói?) vilão do Homem-Aranha. Herói, inclusive, que nem citado é. Venom funcionaria perfeitamente como um derivado dos filmes de Sam Raimi, quinze anos atrás.

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