Star Wars: Visions conta crônicas da Galáxia distante

Cena da série Star Wars: Visions. A imagem mostra um deserto. Há uma nave espacial afundada na areia. A foto é iluminada por luzes alaranjadas, provenientes do pôr do sol. Há dois sóis na imagem. O céu está em degradê, indo do rosa ao amarelo.
O laranja do céu poente do planeta Tatooine tem um diferencial: dois sóis (Foto: Disney+)

Laura Hirata-Vale

Star Wars: Visions, a fascinante nova aposta da Lucasfilm Ltd., possui nove episódios, nove histórias e nove estilos de animação diferentes. Lançada em setembro de 2021, os desenhos vão de traços fortes em preto e branco a traços suaves em cores vivas e cores pastéis, e de episódios musicais e fofos a outros com vários plot-twists. Feita em parceria com sete estúdios produtores, a antologia conta jornadas de novos personagens do universo de Guerra das Estrelas, ao mesmo tempo em que celebra a essência da saga. A obra é um prato cheio que pode apetecer vários gostos.

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Em Nome do Céu mostra que de más intenções o paraíso está cheio

Cena da minissérie Under the Banner of Heaven. Nela vemos duas mesas postas em um quintal aberto. Há dez pessoas alinhadas em um dos lados dessas mesas, porém o foco da imagem está somente na personagem de Daisy Edgar-Jones. Ela é uma mulher branca de cabelos castanhos claros. Daisy aparece somente da cintura para cima e usa uma camisa verde. Ela e os outros estão com a cabeça baixa e as mãos postas, em sinal de oração.
Under the Banner of Heaven é um prato cheio para os entusiastas do gênero investigativo (Foto: FX)

Guilherme Veiga

Shakespeare, em 1600, já dizia que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia, e a frase ainda se faz presente, considerando os questionamentos do ser e do meio em que ele vive. É levando em conta uma dessas questões que Em Nome do Céu, nova aposta da FX no gênero true crime, escondida no catálogo do Star+, se desenvolve.

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Em The Dropout: A História de uma Fraude, achar que nunca poderia falhar foi o ledo engano de Elizabeth Holmes

Cena da série The Dropout. Na imagem está a atriz Amanda Seyfried interpretando Elizabeth Holmes. A atriz está gritando, seus olhos estão semicerrados, a testa franzida e a boca está super aberta, com os dentes à mostra. Seu cabelo loiro está preso em um rabo de cavalo baixo. Conseguimos ver uma de suas orelhas onde há um fone de ouvido branco, sem fio. Podemos ver seu pescoço com as veias saltadas e os dois ombros que vestem uma camiseta branca. Ao fundo está o céu azul.
“O que você escolheria fazer se soubesse que não pode fracassar?” (Foto: Hulu)

Costanza Guerriero

Se você escolhe se esquecer de algumas coisas, isso é o mesmo que mentir? Girando em torno dessa indagação, a minissérie The Dropout: A História de uma Fraude conta a história da fraude da empresária americana Elizabeth Holmes (Amanda Seyfried) e sua startup de biotecnologia, a Theranos. A produção mostra o absurdo do mundo corporativo das startups, ao mesmo passo que satiriza a cultura dos investidores do Vale do Silício. Como cereja do bolo, ainda aponta uma problemática contemporânea muito real, que é a tendência das pessoas acreditarem e apostarem nas aparências, apenas porque as agrada.

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Pam & Tommy: quantos prêmios vale uma violação?

Cena da série Pam & Tommy. Na foto, vemos, à esquerda, o personagem Tommy Lee, interpretado por Sebastian Stan, segurando a caixa de uma fita cassete. Ele é um homem branco, aparentando cerca de 30 anos, com cabelos pretos e lisos na altura da nuca, tem um piercing no nariz, vestindo uma regata preta e corrente no pescoço e tem tatuagens nos braços. Ao seu lado, do lado direito, vemos Pamela Anderson, interpretada por Lily James. Ela é uma mulher branca, aparentando cerca de 30 anos, de cabelos loiros e longos, vestindo um casaco azul claro. Ambos estão em um estúdio de gravação.
Pam & Tommy recebeu 10 indicações ao Emmy 2022, mas não teve autorização de Pamela Anderson para acontecer (Foto: Hulu)

Vitória Gomez

Em Fevereiro de 1995, a estrela da série Baywatch, Pamela Anderson, e o baterista fundador da banda Mötley Crüe, Tommy Lee, se casam após 4 dias juntos. A dupla se conheceu na virada do ano de 1994 e, nem dois meses depois, o músico perseguiu a atriz até Cancún, onde passaram os dois pares de dias que terminariam com seu noivado e casamento. Luxuosos, imprudentes e apaixonados, o relacionamento ganhou os holofotes e paparazzis da Hollywood da época. Também, revirou a vida de ambos: o que começou intensamente, evoluiu para uma das histórias mais indignantes do mundo dos famosos, que, mesmo desbotada na troca de gerações, ecoa na indústria cultural até hoje.

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Comemoração de 20 anos de Harry Potter: De Volta a Hogwarts mostra que a magia está mais viva do que nunca

Cena do documentário Harry Potter 20th Anniversary: Return To Hogwarts apresenta um trem ao fundo coberto com fumaça liberada pela própria locomotiva. A sua frente há várias pessoas circulando pela estação. No canto superior direito há em destaque uma placa com o número 9 ¾.
“Bem vindos de volta onde a magia começou” (Foto: HBO Max)

Gabriel Gatti

Há 20 anos, um menino comum recebeu a sonhada carta de Hogwarts e passou a viver uma jornada que mobilizou o mundo todo. Após duas décadas, os telespectadores são convidados a seguir os mesmos passos do bruxinho, em uma reunião especial junto ao elenco e a equipe técnica de Harry Potter através da plataforma 9 ¾. Para isso, a Comemoração de 20 anos de Harry Potter: De Volta a Hogwarts insere os atores novamente na antiga Escola de Magia e Bruxaria. O formato funcionou quase como um nono filme da franquia e ainda garantiu a indicação nas categorias Melhor Especial de Variedades (Pré-Gravado)  e Melhor Montagem em Programa de Variedades  no Primetime Emmy Awards 2022.

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Stranger Things entra em sua era das trevas e ninguém sai ileso

Com invasão de casas assombradas, busca por monstros e solução de mistérios, a nova temporada de Stranger Things deixaria a turma do Scooby-Doo orgulhosa (Foto: Netflix)

Gabrielli Natividade da Silva 

Stranger Things já está consolidada como um dos maiores sucessos da Netflix há muito tempo. Sua primeira temporada foi ao ar em 2016 e, agora, a quarta parte da história segue mantendo a boa recepção do público e consegue angariar ainda mais fãs, mesmo que seu lançamento tenha sido postergado pela pandemia. Esse ano, a série recebeu 13 indicações ao Emmy, sendo as principais Melhor Série de Drama e Melhor Elenco de Série de Drama – as outras nomeações figuram categorias técnicas. Um ponto ficou claro nesta última leva de episódios, o de que a aura infantil e sonhadora se foi e as sombras rondam os moradores de Hawkins. Os irmãos Duffer começaram um jogo brutal, mas, em alguns momentos, nota-se que desistiram de suas melhores jogadas.

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Severance: pane no sistema, alguém me desconfigurou

Cena da série Severance. Nela estamos vendo os personagens Mark, Dylan e Irving. Eles estão nas repartições do escritório, dividido em quatro partes. A câmera mostra a divisória que está vazia,composta de uma mesa branca e um computador antigo nas cores branca e azul, uma cadeira cinza e duas divisórias verdes. Mark, um homem branco de cabelos pretos está de frente para essa mesa vazia e de costas para a câmera, enquanto olha para ela. Ele veste um terno cinza e em sua testa há um band-aid azul. Irving, um homem branco de cabelos brancos está de frente para Mark, e olha para câmera pela fresta das divisórias. Dylan, um homem branco de cabelos pretos cacheados, está à esquerda da mesa vazia e aparece somente da testa para cima.
A ficção científica da Apple TV+ se prova o maior acerto do streaming e do gênero em anos (Foto: Apple TV+)

Guilherme Veiga

Burnout. Substantivo masculino. Palavra derivada do inglês, da junção de burn, “queima” mais out, “exterior”. Distúrbio psíquico ocasionado pelo excesso de trabalho, sendo capaz de levar alguém a exaustão extrema, estresse generalizado e esgotamento físico, comumente conhecido como Esgotamento Profissional ou Síndrome do Esgotamento Profissional. Em função do estrangulamento de tempo causado pelo mundo moderno, o termo é muito discutido e recentemente, saídas vêm sendo postas a prova, como o debate acerca de uma implementação da redução da carga horária para quatro dias, por exemplo. Já em Severance (Ruptura), a nova queridinha do streaming, a alternativa é bem mais distópica.

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Inventando Anna é tão inacreditável que parece completamente ficcional

Cena da série Inventando Anna. Na cena, há 4 mulheres uma ao lado da outra em uma rua movimentada de Nova Iorque. A primeira, no canto direito, é uma mulher negra de cabelos castanhos que veste calça marrom, blusa preta sobreposta por um sobretudo preto e bolsa bege com alça preta e vermelha. Ao seu lado, há uma mulher branca com vestido preto e sobretudo cinza, olhando com expressão admirada para o alto. A terceira mulher é branca com cabelos castanhos claros, ela veste um sobretudo preto com estampas floridas em vermelho e segura uma bolsa preta. A quarta mulher, no canto esquerdo, é negra, possui cabelos pretos cacheados e olha para o alto com um sorriso, enquanto veste uma saia bege, uma blusa laranja com estampas pretas e um sobretudo preto.
Em múltiplas camadas, o quarteto liderado por Anna Delvey entregou diversos momentos catárticos durante a trama (Foto: Netflix)

Felipe Nunes

Como uma jovem golpista adentra os eventos e círculos sociais da mais alta elite nova-iorquina sem ter um sobrenome conhecido e nem mesmo um dólar no bolso? E como ela ainda consegue desembolsar empréstimos com quantias inimagináveis das instituições bancárias mais conservadoras dos Estados Unidos? São as respostas dessas indagações que a produção Inventando Anna traz. E embora pareçam casos irreais, essas situações estão longe de serem apenas um enredo ficcional. Esses acontecimentos realmente ocorreram e serviram como base para a minissérie jornalística, que traz situações tão surpreendentes que, de fato, parecem inventadas.

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Senti na pele aquele brilho tocar e pelo Cavaleiro da Lua fui me apaixonar

Imagem retangular do personagem Cavaleiro da Lua. Ele veste um traje cinza com gorro e capa, que imita mumificação. O rosto está coberto e os olhos são brancos. No peito, está um círculo dourado com escrita hieroglífica. Nos pulsos, há duas pulseiras grandes e douradas. Ele segura dois discos de metal no formato de luas crescentes.
Cavaleiro da Lua estreou com a segunda maior audiência do Disney+, perdendo apenas para Loki (Foto: Disney)

Júlia Paes de Arruda

Ainda que as expectativas fossem altas, Cavaleiro da Lua não parecia ser algo próspero no primeiro momento. Comparado a outras obras do catálogo, a mais recente série do Disney+ seria mais uma com pouco potencial atrativo ao olhar – especialmente por ser a primeira produção da Marvel depois do épico Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. Entretanto, figurinos belíssimos, atuações incríveis e cenários mágicos propiciaram que o roteiro de Jeremy Slater se tornasse uma das obras mais fascinantes do estúdio.

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Zoey’s Extraordinary Christmas acende pisca-pisca no coração de todos

Cena do especial O Natal Extraordinário de Zoey. Imagem estática. A cena é ambientada ao ar livre, numa loja de pinheiros. Na direita está Maggie, personagem de Mary Steenburgen. É uma mulher branca de cabelos castanhos soltos. Utiliza uma blusa marrom e um casaco vinho por cima. Ao lado dela está Zoey, interpretada por Jane Levy. É uma mulher branca de cabelo ruivo liso e solto. Veste um casaco vermelho e um cachecol estampado. Ao lado de Zoe está Max, personagem de Skylar Astin. É um homem branco de barba e cabelos castanhos. Utiliza uma camiseta preta e uma jaqueta cor chumbo por cima. Mais no fundo da imagem está Emily, interpretada por Alice Lee. É uma mulher asiática de cabelo preto e liso. Veste um casaco preto e empurra um carrinho de bebê. Ao lado dela está David, personagem de Andrew Leeds. É um homem banco de cabelo e barba castanho.
Atenção: essa crítica contém spoilers das duas primeiras temporadas de Zoey e a sua Fantástica Playlist, leia por sua conta e risco (Foto: Roku)

Andreza Santos

“É a época mais maravilhosa do ano” é assim que o Especial de Natal derivado da série Zoey e a sua Fantástica Playlist toma forma, trazendo como cenário de fundo o clima natalino. Apesar desta ser considerada a época mais feliz do ano, para Zoey Clarke – interpretada pela irretocável Jane Levy (de Suburgatory) – se torna algo muito pessoal devido ao recente falecimento de seu pai, Mitch (Peter Gallagher, de Grace and Frankie). Em Zoey’s Extraordinary Christmas vemos a primeira data festiva em que ela passa longe dele, tentando recriar as boas memórias natalinas junto do restante de sua família.

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