Raquel Dutra
A aspiração de homens brancos pela política é um dos fatos mais óbvios deste mundo. Dos números às suas interpretações, algo é compreendido: não há lugar melhor para indivíduos criados como os donos do futuro darem vazão às suas síndromes de poder do que um ambiente institucional deliberativo. Os Parlamentos sabem bem disso, as Câmaras sabem bem disso, os Palácios, Tribunais, Prefeituras e Senados, todos ocupados por uma maioria masculina branca na em boa parte dos governos do mundo, sabem muito bem disso.
O trabalho de base é forte, começando com a própria existência destes numa sociedade racista e patriarcal. E na chamada maior democracia do mundo, o processo é favorecido por algumas iniciativas, que junto da ação das estruturas de poder do século 21, trabalham para evocar nesses futuros líderes as suas noções políticas. Uma delas é o Boys State, um programa de verão realizado desde 1937 em cada um dos estados dos EUA pela Legião Americana, entidade formada por veteranos de guerra estadunidenses. Todo ano, os membros da instituição escolhem 1.200 jovens para participar do projeto que cria o estado dos meninos, onde eles vivem a experiência de construir um governo do zero.
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