Onda Nova – Gayvotas Futebol Clube é um hino ao desejo e a juventude

 Cena do filme Onda Nova - Gayvotas Futebol ClubeNa imagem, Marcelo e seu amante estão em um quarto, o quarto tem paredes brancas, chão de madeira, uma janela sem grades aberta, com vasos de planta. Nas paredes há um pôster com a logo do filme Star Wars: O Retorno de Jedi. Outras fotografias e pichações estão presentes. O ponto de vista é de um espelho, Marcelo aponta um revólver para o objeto. Ele veste uma saia curta, preta, de couro. Dá para ver seu pênis sair para fora, ele está sem camisa. Marcelo é um homem na faixa dos 20 anos, de pele clara e cabelos claros. No chão, o amante está deitado no colchão, olhando o espelho. O colchão está coberto com um lençol verde escuro. O amante também está pelado. Ele é um rapaz na faixa dos 20 anos, de pele clara e cabelos claros.
Com versão restaurada, pornochanchada brasileira faz parte da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (Foto: Olympus Filme)

Davi Marcelgo 

O ano de 1983 foi marcado pela regulamentação do futebol feminino no Brasil, prática proibida desde 1941, na Era Vargas. Aquele ano também foi sublinhado por Onda Nova – Gayvotas Futebol Clube da dupla Ícaro Martins e José Antonio Garcia, filme produzido no polo cinematográfico Boca do Lixo e exibido pela primeira vez na 7ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, há 41 anos. Em 2024, o filme ganhou restauração graças à seleção para o Festival de Locarno (Suíça) e à união do trabalho da Cinemateca Brasileira junto à Martins, à família de Garcia e outros artistas e colaboradores. Além disso, teve duas sessões na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, na seção Retrospectiva.

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2020 Nunca Mais é o derivado mais óbvio de Black Mirror

Lisa Kudrow, uma mulher loira na faixa dos 50 anos, olha com desdém para a câmera. À sua frente vemos um microfone, e atrás dela a bandeira dos EUA
O filme encontra uma brecha divertida para prever 2021: mutações por conta da vacina e a posse da presidente Harris são dois pontos levantados por 2020 Nunca Mais (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Alguns anos atrás, quando as tramoias de Frank Underwood não chocavam tanto quanto as de Donald Trump, percebemos que a modernidade não deve nada aos roteiros de Hollywood. São muitos os fatores que colocam 2020 num radar dramático e narrativo para a ficção se esbaldar. No contexto da pandemia e das eleições norte-americanas, Charlie Brooker e Annabel Jones decidiram que não liberariam uma temporada nova de Black Mirror no momento, mas eles fizeram melhor: optaram por lançar um especial de comédia recapitulando o ano. Eis que surge 2020 Nunca Mais.

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