A abóbora antes da meia-noite de Harry & Meghan

 Fotografia em preto e branco de príncipe Harry e Meghan Markle. Na imagem, o casal comemora o casamento enquanto a câmera captura os dois sentados em uma escadaria. Meghan, uma mulher negra de cabelos e olhos escuros, veste um longo vestido de noiva branco de mangas compridas. Ela também usa uma tiara de cristais e carrega um buquê de flores nas mãos. Harry, um homem branco de cabelos e olhos claros, veste um traje de gala militar com condecorações, o uniforme é preto e de mangas compridas. Ambos sorriem.
Anunciado como um evento global pela Netflix, Harry & Meghan alcançou o Top 10 em 85 países (Foto: Alexi Lubomirski)

Nathalia Tetzner

Fugir da madrasta má por um princípe, encontrar a fada madrinha, perder o sapatinho de cristal e assistir a carruagem voltar a ser uma mera abóbora. A história da princesa Cinderela é um clássico que tem início, meio e um final popular entre os seres que habitam a Terra, mas amam sonhar com as estrelas: o famoso ‘felizes para sempre’. Em paralelo com a vida real, os contos de fada são construções fictícias almejadas por uma mídia cada vez mais idealista, sendo o meio responsável pela narrativa ilusionista elaborada em torno da monarquia britânica. Na série documental Harry & Meghan, a diretora Liz Garbus ajuda o duque e a duquesa de Sussex a derrubar as cortinas da fantasia criada sobre eles e a instituição.

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A fábula trágica de Spencer marca o fim da guerra de Diana

A Princesa Diana de Kristen Stewart foi o triunfo de Spencer no Oscar 2022 (Foto: NEON)

Raquel Dutra

Ela já foi muitas pessoas em muitas narrativas diferentes: Princesa Diana de Gales para a burocracia da realeza inglesa, Alteza Real para os súditos do sistema monárquico europeu, e Lady Di para a legião de admiradores fiéis de uma das figuras mais relevantes do século 20. Mas entre todas as suas identidades criadas, exploradas e eternizadas entre 1 de julho de 1961 e 31 de agosto de 1997, a que foi responsável pelo início de tudo ainda era olvidada – até setembro de 2021, quando na 78ª edição do Festival de Cinema de Veneza, o diretor Pablo Larraín fez surgir pela primeira vez a única face que ainda lhe era particular. Então, agora ela é Spencer.

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