Fiona Apple dita suas próprias regras em como criar um clássico instantâneo

O título do álbum quota uma fala da série britânica ‘The Fall’, na qual a personagem de Gillian Anderson, que investiga crimes sexuais, encontra o antigo cativeiro de uma garota torturada, e pede que tragam um alicate para poder entrar no local (Foto: David Garza/Epic Records)

Carlos Botelho

Após oito longos anos de espera, o aguardado quinto álbum de estúdio de Fiona Apple, Fetch The Bolt Cutters, chegou fazendo barulho na internet. Além de arrancar notas máximas das principais publicações da crítica especializada, o disco ainda entrou pro seleto grupo a receber um 10.0 da polêmica Pitchfork. O último lançamento a conquistar este feito foi o monumental My Beautiful Dark Twisted Fantasy de Kanye West, dez anos atrás. 

O que faz este álbum ganhar status de clássico instantâneo é o fato de Fiona Apple ter transformado sua própria casa em estúdio, adicionando os ruídos e barulhos do cotidiano ao instrumental da obra. Somadas a esta imprevisibilidade e crueza sonora únicas, Fetch The Bolt Cutters constrói ao longo de treze faixas um olhar poderoso e libertador sobre os fantasmas do passado. 

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The Strokes: nem tão novo, nem tão anormal

(Foto: Reprodução)

Maria Carolina Gonzalez

‘Descongelamos’. Foi dessa forma que Julian Casablancas deu boas vindas a 2020 antes de apresentar ao público do Brooklyn’s Barclays Center a música “Ode to the Mets”, faixa que compõe o novo trabalho do Strokes: The New Abnormal

A escolha do nome foi apropriada para definir este ano. Assim como aconteceu em outubro de 2001, Nova York ainda se recuperava do 11 de setembro quando o Is This It chegou em terras americanas, oferecendo a trilha sonora da década que começava de forma inusitada. Quase 20 anos após a estreia ofegante, o quinteto nova-iorquino mais uma vez dita o ritmo dos novos tempos. Tempos completamente anormais.

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Em Future Nostalgia, Dua Lipa é o presente

Nossa Penélope Charmosa. Capa do álbum (Foto: Hugo Comte/Warner Music)

Jho Brunhara

Quando Madonna sampleou ABBA em Hung Up, todo apreciador de música pop que se preze sabia que é preciso muita coragem para referenciar diretamente um clássico e ainda soar original, e a rainha do pop o fez. 15 anos depois, Dua Lipa se inspira no próprio Confessions on a Dance Floor de Madonna para fazer uma afirmação: a música disco ainda tem algo a dizer para as novas gerações. 

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Fine Line finalmente entrega o que Harry Styles prometeu com seu primeiro álbum

A icônica capa de Fine Line foi fotografada por Tim Walker, um grande amigo do artista (Foto: Reprodução)

Lara Ignezli

Fine Line nos convida a assistir a uma história de amor protagonizada por seu criador, através de uma ótica melancólica e, principalmente, nostálgica. As músicas carregadas de influências do pop, do rock clássico e do marcante R&B psicodélico transparecem em suas letras a vontade desesperadora que Harry Styles tem de estabelecer uma comunicação com o “sentir”. 

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