Game of Thrones – Terceira Temporada: Os reinos do Caos

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Créditos: HBO

Guilherme Reis Mantovani

Este texto contém spoilers da terceira temporada de Game of Thrones.

A terceira temporada da aclamada série televisiva “Game of Thrones” dirigida por David Benioff e D. B. Weiss teve seu primeiro episódio exibido no dia 31 de março de 2013, com o compromisso de adaptar a primeira metade do enorme terceiro livro da saga, “A Tormenta de Espadas”, escrita por George R. R. Martin. Uma missão de extrema dificuldade, uma vez que a “Tormenta de Espadas” foi considerada quase que por unanimidade pela crítica especializada como a melhor obra da épica saga de fantasia “As Crônicas de Gelo e Fogo” até o momento. Continue lendo “Game of Thrones – Terceira Temporada: Os reinos do Caos”

Game of Thrones – Segunda temporada: uma história de muitos lados

Thainá Zanfolin

Game of Thrones, série de TV da HBO baseada nos livros de George R. R. Martin, foi lançada em 2011. Com uma primeira temporada que apresenta todo o universo da história e seus personagens, a série conquistou tanto os leitores dos livros quanto os apaixonados por seriados de TV. Hoje, a produção já é considerada uma das melhores feitas em anos pela HBO, além de ser incluída na lista de melhores produções de todos os tempos por alguns críticos. A segunda temporada, lançada em 1º de abril de 2012, teve tanto sucesso quanto a primeira e seus episódios foram transmitidos simultaneamente em todos os canais HBO do mundo. Essa parte da história dos reinos de Westeros é baseada no livro “A fúria dos reis”, o segundo da série “Crônicas de Gelo e Fogo”.

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O cometa vermelho surge no céu logo no primeiro episódio, após os acontecimentos da primeira temporada. Ele é interpretado de forma diferente por cada personagem da história, criando a ideia de que a história e o passado de cada canto do reino são contadas a partir de seus próprios interesses

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Game of Thrones – Primeira temporada: A beleza está no poder

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Assento dos reis de Westeros, o Trono de Ferro é um símbolo de poder e autoridade do rei. Supostamente foram utilizadas mil espadas para sua construção.

Luana Brigo

Há quase 20 anos uma das maiores sagas ficcionais tomava forma. Em 1996, o autor George R. R. Martin trouxe vida, e por que não dizer a morte, à personagens hoje tão conhecidos. O universo construído em “As Crônicas de Gelo e Fogo” se passa em Westeros, um dos quatro continentes conhecidos desse mundo, composto em sua maior parte pelos Sete Reinos. George R. R. Martin não poupa seus leitores de detalhes minuciosos, trabalhando diferentes pontos de vistas ao longo de seus cinco livros (Guerra dos Tronos, A Fúria dos Reis, A Tormenta das Espadas, O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões ), que compõem um total de mais de 3,6 mil páginas. A adaptação da série para TV, produzida pelo canal HBO,  teve início em 2007, tendo sua estreia em 17 de abril de 2011. Apesar da série de livros ser conhecida por “As Crônicas de Gelo e Fogo”, a série é nomeada a partir do primeiro livro da saga. Outro ponto chamativo da série são suas produções de grandes proporções, diferentes locais de filmagem, extenso elenco e seus gastos. A série teve repercussão extremamente positiva, recebendo 26 Emmy Awards até o momento.

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Do barro ao belo: Cerâmica do Japão – a geração emergente do forno tradicional japonês

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Obra de Kawaguchi Jun

Vinícius Becker de Souza

Vasilhames servem para muitas coisas. Para por flores, servir sopas, beber vinho, guardar cereais, como peso de porta, como enfeite na sala e, também, como expressão artística. Vasilhames é o tema da segunda fase da exposição “Cerâmica do Japão – a geração emergente do forno tradicional japonês” que celebra a cerâmica japonesa, em cartaz até dia 20 de abril no Centro Cultural de Bauru. As obras ali expostas são a prova de que vasilhames vão muito além de suas utilidades – servem de suporte para as expressões artísticas mais diversas. Continue lendo “Do barro ao belo: Cerâmica do Japão – a geração emergente do forno tradicional japonês”

Rua Cloverfield, 10: Tensão e suspense psicológico em uma rua sem saída

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Gabriel Fioravante

Em 2008, com o lançamento de “Cloverfield – O Monstro”, o produtor J.J. Abrams lançou no mercado cinematográfico dois nomes que posteriormente seriam disputados pelas grandes produtoras. Matt Reeves e Drew Goddard, diretor e roteirista respectivamente do filme de 2008 (ambos são produtores executivos deste novo filme), assumiram grandes franquias no cinema, como “Planeta dos Macacos” por Reeves e o indicado ao Oscar, “Perdido em Marte”, por Goddard. Alguns anos depois, com o sucesso dos realizadores e do filme, elogiado principalmente pela sua temática e seu estilo found-footage, depois de muito se tentar uma continuação, eis que surge “Rua Cloverfield, 10”, um parente próximo, com algumas referências bem leves a “Cloverfield- O Monstro”. Porém, que estruturalmente e essencialmente se difere muito com o seu antecessor, já que o propósito aqui é outro, mesmo ainda tendo uma temática específica que ambienta ambos.

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Bauroots Bloody Roots: Sepultura no Sesc

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Nilo Vieira

Para o bem e para o mal, pode-se afirmar que existe uma inconstância nos trinta anos de carreira do Sepultura. Discos irregulares, problemas com gravadoras, saídas de integrantes, fãs puristas e polêmicas que a imprensa insiste em incitar são alguns dos fatores que contribuíram para que a banda não fosse ainda maior do que é. Porém, esses mesmos desafios forçaram o grupo a sempre buscar novas alternativas – tanto sonoras quanto profissionais – e a permanecerem inquietos, mesmo que nadando contra a corrente. Continue lendo “Bauroots Bloody Roots: Sepultura no Sesc”

Weezer: dois discos e duas faces da indústria cultural

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Nilo Vieira

Lançado no último dia 1, o décimo álbum do Weezer (o quarto homônimo, apelidado de “álbum branco”) mostra o quarteto de Los Angeles voltando às origens. No intuito de transmitir ao ouvinte as ensolaradas vibrações do verão californiano, o rock com melodias pegajosas que alçou a banda ao sucesso retornou ao front, e as guitarras novamente ditam o rumo das canções. Com letras descontraídas e curta duração – 34 minutos distribuídos em 10 músicas -, o produto final é um disco simples, sólido e muito divertido. Continue lendo “Weezer: dois discos e duas faces da indústria cultural”

Undertale: o jogo onde ninguém morre

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Matheus Fernandes

Desde o primórdio dos jogos eletrônicos, uma mecânica que une a maioria dos games é a matança indiscriminada. Durante uma curta sessão, hordas e hordas de inimigos sem nome ou história desaparecem na mão dos jogadores, sejam eles os Goombas de “Super Mario World”, os aliens de “Space Invaders” ou os minions de “League of Legends”.
Mesmo em jogos que prezam pela irreversibilidade das mortes, como a série Fallout, um rápido “load game” livra o player de todas suas responsabilidades. Então, o que acontece quando um jogo tenta subverter essa ordem?

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Kandinsky: As cores do gigante

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No Branco, 1920

Paula F. Vermeersch, docente em História da Arte e da Arquitetura no FCT/Unesp

Exposta no ano passado no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, nos Centros Culturais do Banco do Brasil, a mostra “Kandinsky: Tudo começa num ponto” trouxe, para o público brasileiro, a primeira oportunidade de ver não só quase toda a trajetória do gigante Wassily Kandinsky (1866-1944), mas também dos artistas ucranianos, russos e alemães que circularam nas vanguardas do início do século XX, além de artefatos sacros e cotidianos, que atestam a ligação destes artistas modernos com tradições figurativas ancestrais.

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Quando as mulheres se tornam protagonistas de suas histórias

Mais necessário do que nunca, estão finalmente surgindo personagens femininas prontas para abrir discussões sobre violências .

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Danielle Cassita

Quantas vezes houveram personagens femininas liderando uma série? Poucas, possivelmente, se levarmos em conta a imensidão existente dessas produções. 

A Netflix ajudou a dar um ar mais otimista a esse quadro com Jessica Jones, heroína da Marvel. Na história, Jessica é traumatizada por um relacionamento abusivo que teve com o vilão Kilgrave, e segue seus dias tentando superar os fantasmas de seu passado e simplesmente levar uma vida mais tranquila sem depender tanto de seus poderes. Ela passa a trabalhar como investigadora em Nova York, mas os clientes que lhe aparecem logo a ligam de volta a Kilgrave. Continue lendo “Quando as mulheres se tornam protagonistas de suas histórias”