Danielle Cassita
Quando se tem o mundo todo à disposição – e, se não, é possível chegar bem perto com o uso da internet -, fica difícil imaginar como seria nascer e viver apenas em um quarto. Continue lendo “Quarto: uma história no cárcere”
Desde 2015 provando que a distância entre Bergman, Lady Gaga e a novela das 9 nem existe.
Danielle Cassita
Quando se tem o mundo todo à disposição – e, se não, é possível chegar bem perto com o uso da internet -, fica difícil imaginar como seria nascer e viver apenas em um quarto. Continue lendo “Quarto: uma história no cárcere”
Matheus Fernandes
Um dos grandes exemplos de genialidade no design de objetos cotidianos é o mapa do metrô londrino, idealizado por Harry Beck em 1931. Beck, inspirado pelos diagramas elétricos com os quais trabalhava no Underground, substituiu a representação geográfica, baseada na topografia da capital britânica, por uma esquemática. As estações ficaram equidistantes e as linhas, que antes seguiam os curvos trilhos, tornaram-se retas na horizontal, vertical ou em ângulos de 45º.
Continue lendo “Mini Metro e a beleza simbólica do transporte público”
Nilo Vieira
Não é de hoje que biografias de artistas nacionais causam polêmica no Brasil. Entre grupos de artistas consagrados propondo censura e livros que mais parecem lavação de roupa suja, poucos títulos recentes parecem se importar em cumprir o básico exigido pelo formato. Nem mesmo nas telonas a coisa melhora, com resultados variando entre o pouco aprofundado, desfiles de clichês e retratos romantizados ao extremo. Continue lendo “João Gordo: para o bem geral, um traidor”
Depois de 17 anos, o American Football não quis sair da zona de conforto idealizada no primeiro disco da banda, em 1999. Porém, Mike Kinsella, o vocalista da banda, abre um pouco as portas da sua casa e nos mostra seus fantasmas, amadurecimento e nostalgias.
Adriano Arrigo
“Where Are We Now?” é a faixa magistral e emocionante que abre o novo álbum do American Football e denuncia, precisamente, o que os novos e os velhos admiradores da banda de Illinous podem esperar de seu retorno em um disco inédito em quase 18 anos. A voz arrastada de Mike Kinsella – o menino de 39 anos que aparentemente não envelhece – pergunta: estamos ambos sozinhos na mesma casa – você saberia disso se eu não tivesse dito? E, assim, American Football LP2 (AFLP2) continua a jornada em direção a essa casa que, para muitos já é familiar, mas, dessa vez, com a promessa da entrega da chave-mestra.
Continue lendo “American Football e a entrega da chave-mestra”
Nilo Vieira
Em 1976, David Bowie fez sua primeira grande aparição no cinema, no papel do alienígena Thomas Jerome Newton, em O Homem Que Caiu Na Terra. Nenhuma grande novidade, visto que encarnar um extraterrestre já havia lhe rendido o estrelado anos antes e sempre fora, em essência, um artista visual. No entanto, o filme dirigido por Nicolas Roeg adiantaria não apenas a capa do próximo disco do britânico, como também realçou um aspecto peculiar em sua carreira até então: a fragilidade humana. Continue lendo “O homem que caiu em Berlim”
Patrick de Souza
Na nossa cultura tão ocidentalizada, é normal que estejamos sempre voltados aos materiais produzidos pelas indústrias de massa norte-americanas. Nossas comidas, roupas e costumes sofrem enorme influência do Tio Sam, e acabamos por adotar seu mesmo estilo de entretenimento em séries e, principalmente, filmes. Acostumados com as grandes produções hollywoodianas, nomes como Tarantino, Hitchcock, Cameron e Burton são referências para muitos cineastas que desejam uma carreira promissora. Isso acaba tirando nossos olhos de obras de diferentes regiões ou gêneros. Continue lendo “O Rapaz e o Monstro: uma aventura sobre o amadurecimento”
Luigi da Fonseca Rigoni
O novo filme de Paul Verhoeven, Elle, conta a história de uma mulher que teve sua rotina quebrada pelo ataque de um desconhecido dentro de sua própria casa. O evento, que já parecia ser traumático o suficiente, torna-se ainda pior: o agressor misterioso ainda não desistiu. O longa-metragem transita entre os gêneros suspense e drama, envolvendo o espectador em uma atmosfera pesada, na qual as ações dos personagens, em especial as da protagonista, traçam perfis psicológicos muito mais complexos e problemáticos do que se espera inicialmente.
Continue lendo “Elle: a polêmica análise de Verhoeven dos valores da sociedade contemporânea”
Camila Ranzzi
A proibição da produção e consumo de álcool, somado ao aumento do crime organizado, foram aspectos relevantes para a criação do ambiente da obra literária O Grande Gatsby, no contexto histórico da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), escrito por F. Scott Fitzgerald. O autor é considerado um dos maiores expoentes da literatura americana do século XX, e seus trabalhos revelam o estado de espírito da época da chamada “geração perdida”, sendo inclusive o ídolo da juventude insatisfeita com o seu tempo. Continue lendo “A Nova York dos anos 20: o cenário de O Grande Gatsby”
Elisa Dias
Palavras soltas em uma página em branco não significam nada; porém, quando arranjadas em frases e textos, elas podem ter todos os significados que quisermos. Com Donnie Darko não há muita diferença: numa primeira visão, o filme parece ser composto simplesmente por uma viagem no tempo, esquizofrenia, um coelho gigante e o mínimo de sentido possível. Mas, quando percebemos a atemporalidade e o rico detalhamento da película, nos vemos confrontando uma obra, na pior das hipóteses, intrigante. Continue lendo “Donnie Darko e a esquizofrenia cotidiana”
Nádia Linhares
Quando se trata de longas de animação japonesa, talvez o nome mais conhecido seja o de Hayao Miyazaki, diretor de A Viagem de Chihiro, O Castelo Animado e Meu Amigo Totoro. O Studio Ghibli é a cara da animação japonesa no ocidente, mas há outro estúdio que, apesar de sua maioria de lançamentos ser de animes seriados, produziu longas que merecem destaque, entre eles os dirigidos por Satoshi Kon. Continue lendo “Paprika: entre a realidade e os sonhos”