Black Sabbath em São Paulo: o funeral elétrico

Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler: pais de tudo o que é pesado
Tony Iommi, Ozzy Osbourne e Geezer Butler: pais de tudo o que é pesado

Gabriel Leite Ferreira

Horas antes do último show do Black Sabbath em terras brasileiras, o céu nublado já denunciava a chuva iminente. Era São Paulo, a terra da garoa, saudando os pais do heavy metal em sua turnê derradeira. A The End Tour teve início no dia 20 de janeiro de 2016, em Omaha, nos Estados Unidos, e acaba no dia 4 de fevereiro de 2017, em Birmingham, na Inglaterra, a terra natal de Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler. Foi lá que o trio mais o ex-baterista Bill Ward, afastado da excursão por questões contratuais, deu forma ao gênero mais controverso da história da música moderna na década de 70. Não por acaso, a noite foi tipicamente setentista – para o bem e para o mal.

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Descendents: Good good things about saturday

Uma banda que faz questão de passar sempre muita seriedade para o público
Uma banda que faz questão de passar sempre muita seriedade para o público

Bárbara Alcântara

“Today. Everything sucks today.” Milo (vocal), Bill (bateria), Stephen (guitarra) e Karl (baixo) entraram no palco no sábado (03) em São Paulo tocando esse som. Ao contrário do que dizia a letra da música, nada estava sendo um saco naquele dia. Para confirmar isso, era só ver a animação estampada na carinha de cada uma das pessoas lá no Tropical Butantã. Todo mundo cantando, gritando e chorando, emocionados, ao som do agressivo porém melódico e dançante hardcore punk da banda. Estavam todos nitidamente desacreditados de que, enfim, realizaram um sonho que tinha sido adiado por 20 anos: ver o Descendents ao vivo.

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The Legend of Zelda: 30 anos de Triforce

Há trinta anos, mais exatamente no dia 21 de fevereiro de 1986, teve início uma das maiores franquias de games da atualidade.

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Raul Galhego

The Legend of Zelda, ou Zelda, ao longo desses trinta anos arrebatou fãs em todas as gerações, com mais de 20 games lançados em diversas plataformas e, mais importante do que isso, com cada jogo reinventando a franquia, apresentando novas jogabilidades, novas possibilidades e novos enredos.

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10 anos de Skream!, 10 anos do melhor período do dubstep

Captando os sons urbanos e mesclando-os com sons tribais, Skream! é um dos melhores discos que a breve história do dubstep pode produzir.

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Adriano Arrigo

Talvez o nome Oliver James, ou Skream, seja pouco conhecido por essas bandas. Talvez, para os menos avisados, o estilo de música tocado por essa pessoa também não seja lá muito apreciado para cá, o dubstep. O gênero não aguentou o peso do tempo e seus expoentes não ajudaram muito após os meados de 2000. Nesse período, o gênero foi sendo incorporado e misturado por outros estilos muito, mas muito distantes de sua origem e coube-lhe somente em ficar como plano de fundo para cenas de computação gráfica ou ser corrompido em concepções que não fazem muito sentido.

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Os melhores discos de Novembro/2016

somebody once told me...
somebody once told me…

Não bastaram os 31 dias do mês passado: o caos de outubro se alastrou em níveis alarmantes em novembro, com tragédias rolando soltas. Talvez por isso muitas publicações tenham optado por já lançar suas listas de melhores do ano agora; ninguém mais aguenta o ritmo pesaroso de 2016. Continue lendo “Os melhores discos de Novembro/2016”

A Tribe Called Quest e Metallica: os dois lados da nostalgia

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João Pedro Fávero e Nilo Vieira

Este mês foi marcado por dois lançamentos muito aguardados de artistas seminais em suas áreas: o álbum final do grupo de rap A Tribe Called Quest, We Got It From Here… Thank You 4 Your Service e Hardwired… To Self-Destruct, nova empreitada do Metallica. Além de serem discos duplos com títulos enormes, possuem o apelo nostálgico como semelhança notável e são exemplos distintos de como construir o futuro se utilizando das raízes do passado. Continue lendo “A Tribe Called Quest e Metallica: os dois lados da nostalgia”

Animais Fantásticos e Onde Habitam: Um início promissor para a nova saga

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Guilherme Reis Mantovani

Quando a tela se apagou, as luzes se acenderam e os créditos de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 começaram a subir, um sentimento emocionalmente devastador incidiu sobre a geração que cresceu ao lado de Harry, Rony e Hermione; uma sensação agridoce, que fundia a alegria de ter compartilhado um universo tão rico e encantador, e a tristeza de deixar uma parte preciosa de nossa infância em Hogwarts para sempre. Continue lendo “Animais Fantásticos e Onde Habitam: Um início promissor para a nova saga”

Tim Maia: o sonho todo azul que se tornou realidade

É tempo de reviver o ‘síndico’, os primeiros LPs retornaram às vendas

“Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita.”, um dos grandes axiomas de Maia
“Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita.”, um dos grandes axiomas de Maia

Heloísa Manduca

Preto, gordo e cafajeste. É assim que o pai da Soul Music brasileira, Tim Maia, se reconhecia. Autor de declarações críticas que incomodavam a sociedade, Tim era notado por sua sinceridade exagerada sobre tudo e todos, além da exigência com a inseparável banda ‘Vitória Régia’. Para ele, música era coisa séria. O som devia estar sempre perfeito, do contrário, o responsável era advertido assim mesmo, no meio no show.

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A literatura peculiar de Belle & Sebastian

if you're feeling sinister

Gabriel Leite Ferreira

No dia 13 de outubro, uma quarta-feira, o anúncio de que o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2016 era nada mais, nada menos que Bob Dylan pegou muitos de surpresa. Seguiu-se um debate acalorado: vale conceder um prêmio literário a um cantor e compositor? “Banalização da literatura!”, pretensos especialistas de internet decretaram. É fato que há casos em que as palavras são tão ou mais importantes que a música em si. Dylan é a mais plena personificação disso. Stuart Murdoch, um de seus tantos herdeiros, também.

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Loveless e Mulholland Drive: a estética moderna do onírico

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Nilo Vieira

A relação de produções artísticas com o onírico é intrínseca desde as primeiras tentativas humanas em se expressar. De lá pra cá, artistas nos mais diversos segmentos marcaram época utilizando a estética dos sonhos em seus trabalhos: o pintor Salvador Dalí, o cineasta Luis Buñuel e o músico Jimi Hendrix são alguns exemplos mais básicos e conhecidos de arte surrealista, mas seria possível ficar meses comentando obras menos conhecidas que também merecem atenção. Por hora, vamos nos ater a duas, aniversariantes recentes: o disco Loveless, da banda My Bloody Valentine, e o filme Mulholland Drive (no Brasil, virou Cidade dos Sonhos), do cineasta David Lynch. Continue lendo “Loveless e Mulholland Drive: a estética moderna do onírico”