Em Ritmo de Fuga é música para os olhos

Nilo Vieira Após a estreia em cinemas brasileiros ontem (27), as comparações mais constantes em críticas sobre Baby Driver (ou Em Ritmo de Fuga) serão com o clássico Cães de Aluguel (1992) e/ou a obra-prima de Nicolas Winding Refn, Drive (2011). Justo, dado a proposta comum de uma violência classuda em todos. No entanto, estes … Continue lendo “Em Ritmo de Fuga é música para os olhos”

Pavement e o impulso para seguir em frente

Nilo Vieira Discutir música é um negócio complicado, seja pelo nível de abstração da arte ou pelo quão obsessivo (tradução: mala) você seja em relação ao assunto; “música é difícil de explicar porque ela é muito fácil de se entender”. Não sei se é uma citação real, mas faz sentido o suficiente: às vezes, exercícios … Continue lendo “Pavement e o impulso para seguir em frente”

Ziggy Stardust: há 45 anos, David Bowie entrava de vez para a história

Nilo Vieira Bastante rústico e ainda obscuro ao grande público, o curta-metragem The Image (1967) é uma produção peculiar na carreira de David Bowie. Primeira aparição do camaleão no cinema, o filme dirigido por Michael Armstrong já mostrava o cantor no papel que marcaria sua trajetória: uma entidade fantástica – bem antes das fábulas de … Continue lendo “Ziggy Stardust: há 45 anos, David Bowie entrava de vez para a história”

DAMN: a era de Kendrick Lamar continua

  Nilo Vieira Em uma análise acerca de diferentes carreiras musicais elogiadas por crítica e público, algumas características em comum são encontradas. Reinvenção, consistência, alcance fora de seu nicho de origem, capacidade de extrapolar seu trabalho além do som. Poder de performances ao vivo, o modo como personas públicas se traduzem (ou se fragmentam) na … Continue lendo “DAMN: a era de Kendrick Lamar continua”

Ghost in the Shell: Bonito, mas sem alma

Matheus Fernandes As canônicas adaptações do teatro e da literatura ao cinema já foram consideradas, injustamente, uma afronta à pureza do cinema como forma de arte, situação explanada no artigo “Por um cinema impuro – Defesa da adaptação”, de André Bazin, onde o teórico aborda essa relação entre linguagens como essencial para o progresso do … Continue lendo “Ghost in the Shell: Bonito, mas sem alma”

A depressão na arte, parte 2: a morte é real

(a parte 1 é esta.) Nilo Vieira A música foi marcada pela morte em 2016. Além de perdas notáveis (David Bowie, Prince, Leonard Cohen, Phife Dawg e incontáveis outros), alguns dos álbuns mais elogiados do ano tiveram relação direta ou indireta com a mortalidade humana: o camaleão entregou sua última transformação em uma mensagem cifrada, … Continue lendo “A depressão na arte, parte 2: a morte é real”

We are the music makers: a trilha sonora da era das máquinas

Nilo Vieira Não é novidade que o processo de isolamento pode render ótimos trabalhos artísticos; só membros do Pink Floyd, por exemplo, já lançaram ao menos três grandes tratados sobre o assunto. Todavia, na era contemporânea, não há vertente sonora que capture essas experiências solitárias de maneira mais ampla e criativa que a música eletrônica. … Continue lendo “We are the music makers: a trilha sonora da era das máquinas”

Moonlight: gay kid, m.A.A.d city

Nilo Vieira Artistas negros sempre estiveram entre os mais importantes e inovadores em todos os segmentos, ainda que o reconhecimento fosse tardio ou quase inexistente. Na década atual, porém, este cenário vem mudando, dado que as lutas sociais da população negra são cada vez mais constantes e visualizadas: mais do que nunca, exigem ser vistos, … Continue lendo “Moonlight: gay kid, m.A.A.d city”

Há duas décadas, o Brasil invadiu o metal

Nilo Vieira O heavy metal passava longe de ser uma novidade no Brasil: o primeiro álbum do estilo (a estreia homônima do Stress) estava quase com quinze anos, bandas já embarcavam em turnês internacionais e o mercado especializado era sólido, indo de selos independentes à programas na MTV. No entanto, não é exagero afirmar que … Continue lendo “Há duas décadas, o Brasil invadiu o metal”

A Tribe Called Quest e Metallica: os dois lados da nostalgia

João Pedro Fávero e Nilo Vieira Este mês foi marcado por dois lançamentos muito aguardados de artistas seminais em suas áreas: o álbum final do grupo de rap A Tribe Called Quest, We Got It From Here… Thank You 4 Your Service e Hardwired… To Self-Destruct, nova empreitada do Metallica. Além de serem discos duplos … Continue lendo “A Tribe Called Quest e Metallica: os dois lados da nostalgia”