Lançado em 2006 e dirigido pelo mexicano Guillermo del Toro, O Labirinto do Fauno se consagrou como uma grandiosa fábula moderna. Ambientado na Espanha no ano de 1944, o filme se passa logo após o desfecho da guerra civil espanhola. A vitória das tropas Falangistas, lideradas pelo general Francisco Franco, deu origem a um regime ditatorial de extrema direita no país.
Relativamente pacata e melancólica: é assim que a vida de Louise parece ser depois de assistir à primeira sequência do filme A Chegada, de Denis Villeneuve. O nascimento e a morte da filha revelam de cara um passado que dificilmente se perderia nas memórias da personagem. Um foco na aliança em seu dedo anelar é um spoiler velado e ao mesmo tempo gritante do fim da história. Uma vida aparentemente comum e trágica – até que surgem os E.T’s.
Quando a tela se apagou, as luzes se acenderam e os créditos de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 começaram a subir, um sentimento emocionalmente devastador incidiu sobre a geração que cresceu ao lado de Harry, Rony e Hermione; uma sensação agridoce, que fundia a alegria de ter compartilhado um universo tão rico e encantador, e a tristeza de deixar uma parte preciosa de nossa infância em Hogwarts para sempre. Continue lendo “Animais Fantásticos e Onde Habitam: Um início promissor para a nova saga”
A relação de produções artísticas com o onírico é intrínseca desde as primeiras tentativas humanas em se expressar. De lá pra cá, artistas nos mais diversos segmentos marcaram época utilizando a estética dos sonhos em seus trabalhos: o pintor Salvador Dalí, o cineasta Luis Buñuel e o músico Jimi Hendrix são alguns exemplos mais básicos e conhecidos de arte surrealista, mas seria possível ficar meses comentando obras menos conhecidas que também merecem atenção. Por hora, vamos nos ater a duas, aniversariantes recentes: o disco Loveless, da banda My Bloody Valentine, e o filme Mulholland Drive (no Brasil, virou Cidade dos Sonhos), do cineasta David Lynch. Continue lendo “Loveless e Mulholland Drive: a estética moderna do onírico”
Tim Burton é um dos diretores mais famosos do cinema atual. Por consequência, todos os seus novos filmes sempre são cercados de grandes expectativas por parte do público. E não seria diferente com o seu mais último trabalho de direção, o longa O Lar das Crianças Peculiares (Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children, baseado no livro homônimo de Ransom Riggs), lançado no dia 29 de setembro aqui no Brasil. Continue lendo “O Lar das Crianças Peculiares: quando as mudanças resvalam na superficialidade”
A nova empreitada da Marvel Studios não mostra nada de estranho em comparação aos outros filmes da produtora, apesar do título do filme. O enredo de Dr. Estranho mantém o padrão de uma história de origem de um super-herói, mas se encontra nos efeitos visuais e nas atuações de Tilda Swinton e Benedict Cumberbatch. Continue lendo “Dr. Estranho, mas nem tanto”
Lucas Lombardi, estudante de Jornalismo da Unesp Bauru
“Nunca pergunte ‘quem está aí?’, você não assiste a filmes de terror? É uma sentença de morte.”, diz o assassino do outro lado da linha telefônica. Se você já assistiu a um slasher movie, o clássico filme de assassino, tem ideia dos clichês e elementos que vivem se repetindo. É sempre um maníaco mascarado perseguindo uma adolescente, que se esconde dentro da casa ao invés de sair e correr pela porta da frente, evitando o perseguidor. Esse tipo de filme teve seu auge de popularidade nos anos 80, gerando alto lucro para os estúdios, que faziam sequências e mais sequências, todo o ano. Continue lendo “Irônico e autoconsciente: como Pânico mudou para sempre o gênero do terror”
O vampirismo está intrinsecamente ligado à história do cinema, desde o Drácula impressionista de Murnau em Nosferatu, de 1922. Daí pra frente, nenhum outro personagem foi tema de tantos filmes, indo do essencial, em Vampyr, de Dreyer, o remake de Nosferatu, por Herzog, e o primeiro Drácula da série de interpretações de Cristopher Lee, ao ofensivamente ruim, em desastres como Dracula 3D, de Dario Argento.
Da esquerda para a direita, as personagens: Columbia, Magenta, Frank-N-Furter, Riff Raff
Bárbara Alcântara, estudante de Jornalismo da Unesp Bauru
No ano em que foi lançado, 1975, The Rocky Horror Picture Show foi um fracasso de bilheteria. Para os críticos, era um filme de difícil classificação: terror? Comédia? Musical? Sátira? Para o público em geral, o roteiro era confuso e, principalmente, polêmico. Talvez por conter uma enorme quantidade de referências que iam desde os cultuados filmes de ficção científica e terror, até cantores e estilos musicais da época. Ou então por praticamente pregar a liberação sexual. Fosse qual fosse o motivo do fiasco, o que ninguém esperava era que, nos anos seguintes, o longa deixaria de ser um desastre para se tornar um clássico cult. Passaria a ser exibido regularmente em sessões especiais de cinemas espalhados pelos Estados Unidos e ganharia, além de uma legião de fãs, um remake televisivo quatro décadas depois. Continue lendo “Vamos fazer o Time Warp novamente: The Rocky Horror Picture Show”
Uma década depois de seu lançamento, a viagem continua.
Luis Felipe Silva
Depois de viajar cerca de 1.300 km, chegava ao Brasil, há dez anos, uma Kombi amarela caindo aos pedaços. Dentro dela, uma família pouco convencional que, mesmo somadas as diferenças, se uniu em torno do sonho de ganhar um concurso de beleza da pequena Olive interpretada por Abigail Breslin.