Hacks é bi

Após competir o Emmy 2021 apenas com Ted Lasso, a segunda temporada de Hacks têm a antiga rival, Abbott Elementary, Only Murders in the Building e Barry para disputar os prêmios da noite (Foto: HBO Max)

Ana Júlia Trevisan

Desde sua estreia, Hacks é consciente da potência de seu material e da estrela que tem em mãos, usando dos artifícios em favor da própria produção para alavancar a comédia dentro da comédia. Em sua primeira temporada, a série pautou a figura feminina na indústria cômica de Hollywood. Seu humor ferrenho nos trouxe Deborah Vance (Jean Smart), uma veterana dos stand-ups e cara dos programas de vendas de leggings, e Ava Daniels (Hannah Einbinder) uma jovem roteirista cômica, cancelada no Twitter. E foi entre esse morde e assopra de personalidades que Hacks se concretizou uma das melhores comédias da década, falando sobre mulheres, trabalho, dinheiro, sacrifício e amizade. Se o primeiro ano tem intenção de escancarar a indústria, sua sucessora faz um trabalho mais introspectivo, mostrando as percepções de Deborah sobre o mundo.

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É claro que seu filme de terror favorito é Pânico

Cena do filme Pânico. Nela vemos uma pessoa vestindo um capuz preto e uma máscara branca com olhos pretos e a boca aberta. Há uma faca na mão direita. Na sua frente, e de costas da câmera, há uma mulher loira de cabelo na altura dos ombros. Ela veste um suéter bege. Na mão direita está um telefone branco que ela segura contra a orelha. Há um vidro entre os dois. O fundo é uma sala de jantar.
Em 2021, Pânico celebra 25 anos de sua estreia no mundo do slasher (Foto: Dimension Films)

Ana Júlia Trevisan

Você com certeza já viu essa máscara em algum lugar. Pode não saber sobre o que se trata ou não conhecer o roteiro do filme, mas é certo que conhece a Ghostface. Esse é o efeito Pânico: ser um divisor de águas e marcar de maneira inabalável o Terror apenas por sua identidade visual. Você está sozinha em casa à noite, fazendo pipoca e esperando seu namorado chegar. De repente, o telefone começa a tocar e você se vê dentro de um jogo macabro onde o fim é a morte. Essa é a fenomenal introdução de Scream, a franquia de Wes Craven que colocou o slasher de volta no radar e desmistificou que o subgênero do Horror estava em decadência.

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