Park Chan-wook deixa a porta aberta em Decisão de Partir

Cena do filme Decisão de Partir. Na imagem, Song Seo-rae contempla algo à sua direita. Ela é uma mulher chinesa de cabelos e olhos escuros. A câmera a captura a partir da cintura. Song veste uma camiseta de botões e mangas longas na cor pêssego e uma saia longa estampada em tons frios como o azul. Ao fundo, o cenário é a sala de estar de uma casa repleta de objetos decorativos. O papel de parede é o que se destaca, sendo composto por ilustrações que simultaneamente se assemelham a montanhas e ondas, pintadas entre cores quentes e frias como o vermelho e o azul.
Decision to Leave disputou a Palma de Ouro do Festival de Cannes 2022, que coroou Park Chan-wook como Melhor Diretor (Foto: CJ Entertainment)

Nathalia Tetzner

Quando as luzes se apagam, um detetive ocupa a mente com crimes não solucionados. A insônia somente levanta para longe da cama quando uma presença feminina desconcertante o coloca para dormir ao ritmo de uma respiração acolhedora, justo dela, a suspeita de um dos incontáveis casos que afastam o sono. Entre gotas de colírio para elucidar a visão e potes de sorvete que tentam substituir o jantar, Park Chan-wook desconstrói o romance como um gênero constantemente flertado pelo Cinema, une os protagonistas através dos simbolismos da partição e deixa a porta aberta para a interpretação em Decisão de Partir.

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