Entre um muro e um rei, a decisão que mudou a vida de Rainha Charlotte

Cena do primeiro episódio de Queen Charlotte, Futura Rainha. Na imagem, o rei George III (a esquerda) e Charlotte (a direita) se encontram pela primeira vez, minutos antes do casamento, no jardim do palácio real. George estende a mão para Charlotte que a encara com dúvida, ambos estão vestidos para o casamento, o rei em um terno cinza claro com bordados dourados e a futura rainha em um vestido de um tom claro de bege, também com bordados dourados e babados nas mangas
A personagem secundária de Bridgerton agora é protagonista em Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton (Foto: Netflix)

Gabriela Bita

Inglaterra, 1761. Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton se inicia no momento em que uma jovem chega da Alemanha para se casar com o príncipe George III (Corey Mylchreest). Após ser examinada dos pés à cabeça pela princesa-viúva e futura sogra, Charlotte (India Amarteifio) começa a sentir a pressão que a aguarda em seu novo posto. A aristocrata precisa unir todas as suas forças para cumprir o papel para o qual foi preparada desde o berço, o que não deveria ser algo complicado, afinal, quem não gostaria de ser a rainha da maravilhosa corte inglesa? 

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Até os Ossos é a comprovação de que existe amor a primeira vítima

Cena do filme Até os Ossos. Na imagem temos o personagem Lee, interpretado por Timothée Chalamet, um jovem branco, magro e de cabelos castanhos encaracolados com mechas na cor rosa. Vestindo uma camiseta rosa com detalhes brancos e uma bermuda jeans. Ao lado dele temos Maren Yearly, interpretada por Taylor Russell, uma jovem negra de cabelos ondulados na cor preta, vestindo uma blusa branca e uma saia jeans. Ambos estão em pé nas montanhas, enquanto observam o pôr do sol.
Ovacionado pelo público no Festival de Veneza, Até os Ossos rendeu ao cineasta italiano Luca Guadagnino o prêmio Leão de Prata de Melhor Diretor e a estatueta de Melhor Atriz Revelação para Taylor Russell (Foto: Warner Bros.)

Ludmila Henrique 

Existem infinitas histórias no interior da cinematografia, das mais doces e inocentes como o primeiro amor até os temores e a repulsa dos filmes de terror. Luca Guadagnino, cineasta renomado em contabilizar narrativas sobre o amadurecimento e suas vertentes – como abordado no filme Me Chame Pelo Seu Nome (2017)  e na série We Are Who We Are (2020) – , retorna às telas com Até os Ossos, longa-metragem que une gêneros clássicos do Cinema, para conduzir o romance entre dois canibais marginalizados pela sociedade em busca de pertencimento. 

Adaptando o romance de Camille DeAngelis, Bones And All segue a trajetória de Maren Yearly (Taylor Russell), jovem recém abandonada pelo pai após um incidente em uma festa do pijama. Frank (André Holland), desolado pelo resultado desse acontecimento e perdido sobre o que fazer, decide fugir, deixando a filha apenas com uma fita cassete, compondo gravações pertinentes sobre uma particularidade natural da garota. A jovem, diferente de outros indivíduos, dispõe da incessante necessidade de provar carne humana.

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Em Cry Macho: O Caminho para Redenção, Clint Eastwood desmantela o símbolo que já representou um dia

Vemos os personagens Mike e Rafael, interpretados por Clint Eastwood e Eduardo Milett, em uma cena do filme Cry Macho: O caminho para redenção. À esquerda, temos Mike, um homem branco e idoso. Ele veste um chapéu de cowboy, jaqueta marrom, camisa de botões azul claro e calça jeans. Ao seu lado, está Rafael, um adolescente branco, com o tom da pele moreno, cabelos na altura das orelhas e veste uma jaqueta vermelha sobre uma camiseta amarela, além de uma calça bege. Atrás dos dois, vemos um carro grande e laranja.
Clint Eastwood tem uma longa trajetória no Cinema, atuando em mais de 60 filmes e dirigindo mais de 40 (Foto: Warner Bros.)

Gabriel Fonseca

O Cinema sempre contribuiu para a construção de heróis que fizeram parte do imaginário popular. Alguns duraram pouco e outros atravessaram gerações, como é o caso de Clint Eastwood com o seu tipo durão, para os clássicos de faroeste. Conhecendo a imagem que projetou de si mesmo nas telas, o ator e diretor aproveitou mais de uma oportunidade para se desconstruir, ao mesmo tempo em que conta uma bela história.

Em Cry Macho: O Caminho para Redenção, vemos uma versão atualizada dos heróis que protagonizaram o mito de criação dos Estados Unidos, no qual eles são trazidos para o século XX e se mostram mais humanos. O longa também explora um tom leve, pouco trabalhado nos filmes que Eastwood dirigiu e revela que o diretor ainda está aberto a novas experiências, mesmo que não precise inovar a sua forma de contar histórias.

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