Mesmo antes da interatividade, Unbreakable Kimmy Schmidt tomava decisões aleatórias

Lançado em maio nos EUA, o filme só chegou no catálogo nacional da Netflix em agosto, tudo isso pelo atraso da dublagem, consequência da pandemia que vivemos (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista 

Unbreakable Kimmy Schmidt é uma série de lunáticos. Seus criadores Tina Fey e Robert Carlock são filhos do Saturday Night Live, o maior laboratório de malucos que a América filma e televisiona por mais de quatro décadas. De tão extravagante, a trama de Kimmy foi recusada pela NBC e achou casa na Netflix, lar aberto à visões distorcidas e um afinco pelo humor não-convencional. Lançada em 2015, a primeira sitcom da ‘emissora’ rendeu 4 temporadas, finalizando as aventuras da trupe nova iorquina ano passado. 

Junto do anúncio do fim, Fey revelou que desenvolvia um filme interativo que daria continuidade à história. E então Unbreakable Kimmy Schmidt: Kimmy vs. The Reverend chegou com a promessa de colocar quem assiste no controle das decisões dos personagens. Algo que, como o roteiro do seriado cansou de mostrar, já era recorrente da trama: Kimmy Schmidt sempre procurou o caminho mais louco e desmiolado para guiar sua protagonista. A única diferença é que agora temos a ilusão de que nós mesmos apertamos os botões decisivos. 

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Os rótulos de Unbreakable Kimmy Schmidt

Em um absurdismo cômico, o seriado extrapola metalinguagem e a inversão caricata de papéis (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Com o buzz político das denúncias de abuso de Hollywood, passando pelas declarações polêmicas do presidente Donald Trump, a primeira parte da 4a temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt discute feminismo e atualidades com propriedade. Calcada num roteiro ácido e com timing cômico impecável, a série de Tina Fey mais uma vez diverte mas sem nunca fazer deixar de refletir.

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