Miles Ahead: muito pouco sobre o Dark Magus do jazz.

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Eli Vagner F. Rodrigues

Miles Ahead não segue o modelo de “cinebiografia hagiográfica”, característica de algumas produções cinematográficas que retratam vidas de artistas. Tampouco segue o padrão histórico-cronológico, que sintetiza os momentos mais expressivos da carreira de um artista tendo como pano de fundo um panorama sociocultural. Essas produções geralmente se baseiam em um retrato das dificuldades que o artista enfrentou até chegar ao estrelato, ressaltando as condições desfavoráveis de sua origem em contraste com o poder transformador de seu talento. Continue lendo “Miles Ahead: muito pouco sobre o Dark Magus do jazz.”

Um escaravelho, algum suspense e vários clichês

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Danielle Cassita

Uma boa forma de reviver um clássico da literatura infanto-juvenil é trazê-la de volta como filme, e foi o que aconteceu com O Escaravelho do Diabo. O livro de Lúcia Machado de Almeida foi lançado na década de 70, e traz uma história que mescla o suspense policial com terror. Na pequena cidade do Vale das Flores, os ruivos estão sendo assassinados por um serial killer. Antes de morrerem, recebem um escaravelho. Continue lendo “Um escaravelho, algum suspense e vários clichês”

Esquadrão Suicida, spoiler: machismo é o super vilão

Camila Ramos

Muitos filmes usam as personagens femininas para trazer algum benefício aos personagens masculinos: deixá-los como heróis que salvaram a mocinha; mostrar sua superioridade perante a companheira; dar prazer (e apenas isso) e o último (e não estou dizendo que existem apenas esses) que trataremos aqui: entreter visualmente os espectadores masculinos.

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Esquadrão Suicida: vilões domesticados não mordem

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Galerinha do mal (Créditos: DC Comics/Warner)

Jefferson Garcia

Seja por questão estética ou escapismo moral, não é surpresa e nem mesmo demérito admitir que, muitas vezes, simpatizamos com vilões da ficção. Apesar de os desfechos das histórias (às vezes, de modo bem burocrático) quase sempre lhes trazerem punições, na maior parte do tempo estes personagens conseguem materializar, ainda que sob um prisma caótico, uma das maiores utopias humanas: a liberdade – de roubar, matar, se vingar e, o que talvez seja o mais atraente, não sentir um pingo de remorso por tudo isso.

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A Viagem de Chihiro: uma viagem de todos nós

Completando 15 anos em julho, A Viagem de Chihiro é o filme mais aclamado do diretor Hayao Miyazaki e guarda correspondências com um clássico da literatura


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Gabriel Leite Ferreira

“Quando penso em criar um protagonista masculino, tudo fica muito complicado”, diz o diretor Hayao Miyazaki em entrevista ao periódico japonês Animage, no ano de 1988. Naquele momento, ele é um dos profissionais de animação mais aclamados no Japão por O Castelo de Cagliostro (1979) e Nausicaä do Vale do Vento (1984), e as particularidades de suas obras, mais especificamente o grande número de protagonistas do sexo feminino, são alvo da curiosidade do público e da crítica. Sobre isso, Miyazaki afirma que histórias de aventura com protagonistas masculinos sempre pareceriam uma cópia de Indiana Jones, além de atentar para a necessidade de protagonistas femininas ativas não terem uma aparência “sem graça”, o que segundo ele seria uma contradição. Contudo, há 15 anos o diretor subvertia esses conceitos em seu filme mais festejado, A Viagem de Chihiro, vencedor do Oscar de Melhor Filme de Animação em 2003. Continue lendo “A Viagem de Chihiro: uma viagem de todos nós”

Os 30 anos de Curtindo a Vida Adoidado e a carreira vitoriosa de John Hughes

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Cameron (Alan Ruck), Sloane (Mia Sara) e Ferris (Matthew Broderick) no Art Institute de Chicago

Guilherme Hansen

O cinema dos anos 1980 é famoso por inúmeros filmes de grande sucesso, verdadeiros clássicos que permanecem na memória do público e que até hoje exercem influência na chamada “cultura pop”. Vários desses filmes cult são direcionados ao público adolescente e têm seus roteiros ou a direção assinadas por John Hughes.

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Truque de Mestre 2 – O Segundo Ato: A magia da sequência ruim

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Camila Ramos

Truque de Mestre 2 é um daqueles filmes que fazem parte da extensa lista das “Sequências que deram muito Errado”. Além de estragarem o foco do filme, ainda encheram as cenas com um péssimo alívio cômico, superando Vingadores 2. O filme, que tinha um bom elenco e uma história um tanto interessante, ressurgiu três anos depois decepcionando quem procurava um filme de truques de mágica. Continue lendo “Truque de Mestre 2 – O Segundo Ato: A magia da sequência ruim”

O Enigma de Outro Mundo: o terror oitentista em sua excelência

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Gabriel Andrade

O cinema dos anos 80 ficou marcado por seu exagero. Desde as roupas extravagantes dos filmes policiais de Los Angeles e Miami, até as comédias adolescentes que exploravam situações absurdas. O terror também não passou incólume pela década. Os slashers movies, filmes com serial killers que matavam suas vítimas da forma mais sangrenta possível, foram os maiores expoentes do gênero na década. Com Jason e Freddy Kruguer como seus maiores representantes.

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Warcraft: pior que uma invasão Orc

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Matheus Fernandes

Misturar cinema e videogames dificilmente dá certo. Uma rápida olhada na página da Wikipedia sobre filmes baseados em jogos mostra que desde da estreia de Super Mario Bros, primeiro com lançamento internacional, em 1993, nenhum conseguiu chegar a marca de 50% de aprovação no agregador de reviews Rotten Tomatoes. Nem mesmo filmes carregados por estrelas como Tomb Raider, com Angelina Jolie, ou Príncipe da Pérsia, com Jake Gylenhall, conseguiram um mínimo de aprovação crítica, apesar do desempenho comercial razoável.

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Alice, é melhor ficar no espelho

Só para não ver o que aconteceu com a sua história.

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Danielle Cassita

Mais uma vez temos uma obra clássica de Lewis Carroll sendo transformada em filme. Em 2010, foi pela direção de Tim Burton que Mia Wasikowska interpretou Alice nas telas de cinema. Agora, ela retorna ao papel em Alice Através do Espelho, junto de Anne Hathway (Rainha Branca), Helena Bonham Carter (Rainha Vermelha), Johnny Depp (Chapeleiro Maluco), entre outros. 

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