40 anos de Paris, Texas: a obra-prima de Wim Wenders que desconstruiu o sonho americano

Imagem do filme Paris, Texas. Tem uma pessoa na imagem aparecendo da cintura para cima. No centro está Jane, uma mulher jovem e branca. Ela tem cabelo loiro na altura do pescoço, tem olhos castanhos e veste um suéter rosa felpudo. No fundo tem uma parede com uma porta e uma janela, o fundo também é rosa.
Lançado em 1984, Paris, Texas é uma das obras-primas dirigidas Wim Wenders (Foto: Argo Films)

Nathan Sampaio

Um dos conceitos mais famosos do século XX é o American Way of Life. Criada pelo mercado publicitário no pós-guerra e propagada durante a Guerra Fria, essa expressão prega o estilo de vida estadunidense, marcado pelo trabalho árduo, conquista de bens materiais e construção de uma família feliz. O propósito era vender um imaginário de como seria a vida nos Estados Unidos para os outros países. Porém, essa fantasia se distancia – e muito – da realidade. Diversos filmes expõem isso, um dos mais belos e profundos é Paris, Texas, que completa 40 anos em 2024. 

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Um, dois, Freddy vem te pegar

Em A Hora do Pesadelo, nem mesmo as canções infantis são inofensivos frutos da imaginação: tudo aparenta estar no domínio de Freddy Krueger.  

Texto alternativo: Cena do filme A Hora do Pesadelo. Fotografia retangular. Ao fundo, vemos um quarto com as luzes apagadas. Na parte superior, um vulto empurra a parede como se ela fosse um lençol. Na parte inferior, a personagem Nancy aparece dormindo.
Todas as fotos parecem clichês para representar um clássico que inovou o subgênero slasher (Foto: New Line Cinema)

Eduardo Rota Hilário

O ano é 1984, e os filmes de terror slasher estão a todo vapor. Eis que surge, brilhantemente, no meio de fórmulas para o sucesso, o então inédito A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street). Dirigido por Wes Craven, mesmo diretor de Pânico, o longa-metragem baseado em histórias reais fortaleceu, por meio da inovação, o subgênero de horror em alta naquele momento. Diferente dos assassinos silenciosos e minuciosamente estrategistas até então conhecidos, como Jason Voorhees e Michael Myers, o público agora é convidado a mergulhar no estranho mundo de Freddy Krueger. Psicopata igualmente imprevisível e poderoso, foi ele quem trouxe um respiro necessário aos filmes da época, fugindo da mesmice.

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