Mickey 17 ilustra descartabilidade da classe trabalhadora, mas não alcança a profundidade que acredita ter

Na imagem estão dois personagens de lado para câmera, ambos interpretados por Robert Pattinson. Ambos usam uma camisa com uma cor cinzenta e se encaram estupefatos. O cenário é de um quarto.
Mickey 17 é o primeiro filme de Bong Joon-Ho depois de vencer o Oscar (Foto: Warner Bros. Pictures)

Guilherme Moraes

Devido à greve dos atores e roteiristas, e da tentativa do estúdio de levar para o IMAX, Mickey 17 mudou a data de estreia várias vezes, inicialmente planejado para Janeiro, depois mudando para Abril e sendo lançado, antecipadamente, em Março. O longa finalmente chegou às telonas como o primeiro filme de Bong Joon-Ho após a histórica vitória de Parasita no Oscar de 2020. Assim como seu antecessor, o coreano manteve sua veia política, mas, desta vez, focado na eleição norte-americana entre Donald Trump e Kamala Harris. Contudo, em oposição à sua obra mais celebrada, este não consegue criticar o capitalismo de maneira produtiva, além de não sustentar a diversidade de temas, principalmente pela sua abordagem.

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