Guilherme Hansen, Raul Galhego
Por conta de imprevistos, o Cineclube do mês de maio não foi ao ar, mas seguimos com a programação normal com um plus do destaque de maio e o remake-sequência mais esperado de junho! Vale a conferida.
Deadpool 2
Achou que não ia ter referências? Achou errado, amante da sétima arte! Deadpool 2 traz uma infinidade de piadas com filmes dos estúdios Marvel, DC e da própria Fox. O mercenário tagarela faz chacota com o orçamento do filme novamente, com o roteiro fraco e bem simples (que tem participação do próprio Ryan Reynolds) e com seu antecessor homônimo.
O ponto positivo do filme fica por conta das “zoeiras” que o protagonista faz a todo momento. No trailer já vemos algumas delas, as menos importantes (dica: as melhores estão no pós-créditos!). Por outro lado, o enredo é um tanto desconexo, com momentos de comédia intercalando passagens dramáticas de uma forma contrastante demais. O vilão do filme carece de motivações e tudo acaba sendo resolvido pelo roteirista, mas de uma forma que acaba agradando, ao estilo Deadpool.
Dirigido por David Leitch e agora com mais dinheiro e credibilidade que o antecessor, o longa consegue trazer novos personagens e grandiosos efeitos especiais, mantendo também a ótima qualidade da trilha sonora. O filme mantém a essência do primeiro e faz valer a pena o ingresso, seja pelos personagens, tanto antigos como novos, ou pelas citações e gargalhadas. Afinal, com grandes poderes vem grandes referências! – Raul Galhego da Silva
Oito Mulheres e um Segredo
Clara referência à trilogia “Onze homens e um segredo”, remake bem-sucedido do início dos anos 2000, “Oito mulheres e um segredo” bebe da fonte original desde o início, quando na primeira cena, Debbie Ocean (Sandra Bullock) promete deixar o crime quando está para sair da prisão, assim como fez o irmão, Danny (George Clooney) na franquia original e a partir daí, recruta um time de mulheres para realizarem um roubo durante um baile de gala.
O filme já é louvável só por passar no Teste de Bechdel (quando duas mulheres ou mais conversam sobre um assunto que não envolva homens). Mas o longa também se destaca por reunir um elenco estelar em ótimos papéis, diferentes de sua zona de conforto – destaque para Anne Hathaway no papel de uma atriz lunática – nos quais elas são as donas da ação em um enredo politicamente incorreto. Outra menção vai para o figurino, feito por Sarah Edwards, que além de belíssimo, reflete com eficiência a personalidade de cada uma das personagens.
“Oito mulheres e um segredo” cumpre muito bem o papel de entreter o público, além de mostrar o protagonismo feminino de forma natural. As únicas ressalvas aqui são alguns furos de roteiro, que podem gerar questionamentos nos espectadores mais detalhistas e a narrativa, que poderia ser mais ágil. Do mais, é uma ótima pedida e vale o ingresso.
– Guilherme Hansen