A Short n’ Sweet Tour! é a primeira turnê de arena da cantora (Foto: Sabrina Carpenter)
Marcela Jardim
Com os hitsEspresso, Please Please Please eTaste, o sexto álbum da cantora Sabrina Carpenter ganhou uma turnê mundial com prováveis datas na América Latina. Short n’ Sweet foi lançado em Agosto de 2024 e conta com 12 faixas cuidadosamente produzidas, revelando uma maturidade artística impressionante. O singleTaste teve um videoclipe muito bem executado, protagonizado pela artista junto a atriz Jenna Ortega, e conta com mais de 100 milhões de visualizações no Youtube em menos de três meses de lançamento.Continue lendo “Na Short n’ Sweet Tour!, Sabrina Carpenter choca a crítica e fãs com performances intensas”
Nos primeiros dez dias de lançamento, Caju recebeu 30 milhões de streams (Foto: BREU ENTERTAINMENT)
Jamily Rigonatto
Caju, um alimento popular da cultura brasileira que se desmancha em possibilidades: pode ser suco, pode ter a castanha extraída, pode ser polpa, só não pode ser por inteiro fruto, apesar de se parecer com um. É o tal pseudofruto, em parte fruta, em partepedúnculo floral. Na miscelânea de ser e não ser, Liniker escolhe sentir o gosto do indefinido e tirar a pele de Caju, álbum lançado em Agosto de 2024.
Para Sabrina Carpenter, se uma experiência é engraçada o suficiente para fazê-la rir, então, também merece uma música (Foto: Island Records)
Arthur Caires
O início da nova era de Sabrina Carpenter começou muito antes do lançamento de Espresso. A reação positiva em cadeia se iniciou no lançamento de seu quinto álbum, emails i can’t send (2022), que possui em sua tracklist a faixa Nonsensecom seu outro engraçadinho: “Acordei esta manhã pensei em escrever um hit pop/Com que rapidez você consegue tirar a roupa?”. No entanto, a piada não é nada em comparação com o que viria em seguida nos shows da cantora, que criou uma tradição de sempre mudar a letra final de acordo com o local da apresentação.
No ato de abertura da The Eras Tour de Taylor Swift, em Novembro de 2023, no Brasil, a cantora cantou: “Garoto, venha aqui, isso não é um teste/Ele disse ‘Fique por cima’, eu disse ‘Eu vou’/Aí ele me fez gozar no Brasil”. Assim, a construção dessa identidade ‘safadinha’ culminou no lançamento de seu sexto álbum de estúdio, Short n’ Sweet. O título, “Pequeno e Doce” (em tradução livre), além de poder ser uma descrição da própria cantora, reflete sobre os relacionamentos curtos, porém, intensos, que ela vivenciou.
A chegada desse álbum é um alívio para os fãs da banda, que voltam a bater cabeça após seu lançamento (Foto: Warner Records)
Maria Vitória Bertotti
Eles estão em sua forma mais animalesca possível e com fome por Música. Foi com essa premissa que, há 10 anos, a banda norte-americana Linkin Park lançava seu sexto álbum de estúdio, The Hunting Party. A obra pode ser lida como um retorno às origens do rock mais pesado, que beira o visceral mas não esquece dos testes melódicos e eletrônicos de seus outros registros. Com mensagens certeiras e um ritmo perfeitamente equilibrado, o projeto é facilmente um dos melhores álbuns da discografia da banda.
Billie Eilish demonstra que não há espaço para sorte em seu sucesso estrondoso com um novo álbum de tirar o fôlego – em todos os aspectos (Foto: Darkroom)
Aryadne Xavier
Quando surgiu na mídia em 2015, Billie Eilish ainda caminhava a passos tímidos ao lado de seu irmão e parceiro mais íntimo na Música, Finneas O’Connell. Juntos, eles criaram uma das canções mais tocantes do ano, Ocean Eyes, e deixaram como marca registrada esse jeito único de gerar uma composição: sincero, sentimental e com um ar de caseiro, que aproxima o ouvinte do autor com uma verdade quase universal. Em todos seus trabalhos, essas características ficam marcadas, mas em Hit Me Hard and Soft, Eilish escancara todos os seus sentimentos e se expõe de ponta a ponta em cada uma das canções. Muito mais madura e consciente do que faz, a artista eleva o nível técnico de suas produções e sua poesia emociona ainda mais. Nesse ponto, já nem faz sentido não assumir a estrela musical que ela é. Continue lendo “Em Hit Me Hard and Soft, Billie Eilish tira o fôlego e o devolve como um novo sopro de vida”
Para Taylor Swift em THE TORTURED POETS DEPARTMENT: “Tudo é justo no amor e na poesia” (Foto: Republic Records)
Arthur Caires
Existem momentos na história em que o mundo se une em torno de um único artista, celebrando seu pico de sucesso com admiração. São instantes marcantes, onde a Música transcende o mero entretenimento e se torna um fenômeno cultural que define gerações. A Beatlemania na década de 1960, o lançamento de Thriller por Michael Jackson em 1982 e a ascensão de Madonna como ‘Rainha do Pop’ na década de 1990 são apenas alguns exemplos dessa catarse coletiva. Em cada um desses casos, a obsessão pela estrela era palpável, dominando conversas, inspirando moda e comportamento, e consolidando seu lugar como ícone cultural inegável.
O mesmo aconteceu com Taylor Swift em 2023. Em Março daquele ano, a cantora iniciou uma das maiores turnês da história, a The Eras Tour. Celebrando todos os seus dez (agora, onze) álbuns, a sequência de shows já ultrapassou a marca de 1 bilhão de dólares de arrecadação, e está bem longe de acabar. Durante esse período, Swift ainda lançou duas regravações – Speak Now (Taylor’s Version) e 1989 (Taylor’s Version) –, quebrou recordes nos cinemas com o lançamento do registro ao vivo da turnê e foi nomeada como Pessoa do Ano pela revista Time. Já no começo de 2024, seguindo a onda de conquistas, a artista se tornou a primeira a ganhar quatro vezes o prêmio de Álbum do Ano no Grammy, sendo o último gramofone pertencente a Midnights.
É logo após esse turbilhão de acontecimentos que Taylor Swift lança seu 11º álbum de estúdio, THE TORTURED POETS DEPARTMENT. O disco vendeu mais de 2,5 milhões de cópias em sua primeira semana nos EUA e debutou com 313 milhões de reproduções no Spotify, sendo a maior estreia da carreira da cantora e da plataforma. Ao longo de suas 16 faixas – na versão standard –, a compositora fala sobre o término de seu relacionamento de seis anos com o ator britânico Joe Alwyn, a breve mas intensa reaproximação com o cantor Matty Healy, vocalista da banda The 1975, e a não muito bem-vinda opinião da mídia e de alguns fãs sobre sua vida pessoal.
Taylor Swift dá adeus à escuridão de reputation e ressurge nas cores pasteis de um dia ensolarado (Foto: Valheria Rocha)
Arthur Caires
Ao contrário do que a era reputation (2017) proclamava, a “antiga Taylor” não estava morta, e ela ressurgiria mais forte do que nunca em Lover, de 2019. Deixando para trás a escuridão, as cobras e os dramas públicos, o sétimo álbum de estúdio de Taylor Swift abraça a luz do dia, borboletas coloridas e o amor em suas várias formas. É um retorno à forma da artista, que focou em lembrar ao público geral que a cantora de All Too Well ainda tinha as características que todos amavam: compositora, sonhadora e verdadeira consigo mesma.
Em entrevista à Apple Music, Charli XCX revelou que o motivo da simplicidade da capa de Brat foi para economizar na sessão de fotos (Foto: Atlantic Records)
Henrique Marinhos
Não é novidade que ‘ser brat’ é sobre quebrar regras. Charli XCX não só entende isso como vive essa filosofia há um bom tempo. Brat and it’s completely different but also still brat é paradoxal e só poderia ser assim. A coletânea de remixes – se é que podemos definir assim – não se trata da adição de versos ou uma versão estendida; é uma desconstrução completa do álbum original, completamente diferente e, ainda assim, brat.
The College Dropout, álbum de estreia de Kanye West, soma mais de quatro milhões de cópias vendidas mundialmente (Foto: Roc-A-Fella)
Sinara Martins
Há 20 anos, Kanye West lançou seu primeiro álbum:The College Dropout. Visto, até então, apenas como um produtor, o cantor teve seu projeto negado por vários caça talentos, como foi mostrado em seu documentário Jeen-Yuhs (2022), até ser aprovado pela produtora Roc-A-Fella, em um ato de egoísmo de Damon Dash, para que o rapper não procurasse outras gravadoras.
Quando finalmente lançado, em 2004, o disco foi responsável por consolidar a carreira musical de Ye e debutou em segundo lugar nos charts da parada musical estadunidense Billboard Hot 200. Além disso, venceu as categorias de Melhor Álbum de Rap e Melhor Canção de Rap com Jesus Walks noGrammy do ano seguinte. Somado a suas vitórias, o álbum ainda coleciona outras dez indicações na premiação.
Harlequin debutou em 20º lugar na parada musical estadunidense Billboard Hot 200, a pior estreia de um disco de Lady Gaga nos charts (Foto: Interscope Records)
Henrique Marinhos e Nathalia Tetzner
Se em algum momento você achou que Lady Gaga havia perdido sua capacidade de inovar, Harlequin (2024) vem para confirmar a sua desconfiança. Lançado poucos dias antes do filme Coringa: Delírio a Dois, o álbum, composto majoritariamente por regravações de jazz, parece ser uma tentativa de Gaga de provar que ainda tem a sofisticação para dominar qualquer gênero. Mas será que a artista que nos deu The Fame Monster e Born This Way ainda consegue trazer algo novo aos palcos?