Parabéns, Senhor Presidente e a rara sintonia entre contrários

A foto em preto e branco apresenta as duas atrizes, Juliana Knust e Cláudia Ohana, vestidas como suas personagens. Ambas estão sorrindo e olhando para o lado esquerdo da câmera
Marilyn Monroe e Maria Callas foram convidadas ao aniversário do presidente Kennedy; como seria se as duas tivessem se encontrado? (Foto: Pino Gomes/A Crítica)

Mateus Conte

O Teatro Municipal de Botucatu recebeu, em uma noite de sábado, o drama musical Parabéns, Senhor Presidente – In Concert. A casa lotou para recepcionar as atrizes globais Claudia Ohana, que interpreta a soprano Maria Callas, e Juliana Knust, que dá vida à sex symbol Marilyn Monroe. Com texto de Fernando Duarte (que estava presente naquela noite) e Rita Elmôr, a peça é uma adaptação musical para a obra de mesmo nome, encenada em 2019. A apresentação contou com entrada franca e ainda passa por seis municípios do estado, dentro da programação do Edital ProAC Expresso, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

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O visual deslumbrante e vazio não salva Blonde do sadismo de Andrew Dominik

Alerta de gatilho: abuso, violência doméstica, estupro, aborto, suicídio. 

Cena do filme Blonde. A imagem mostra as costas da personagem Marilyn Monroe com a parte de baixo de seu vestido levantada, em uma interpretação de sua icônica cena no filme O Pecado Mora ao Lado. Imagem em preto e branco.
Em Blonde, a primeira cena sugere qual será a abordagem de Marilyn Monroe, que o levou ao Oscar (Foto: Netflix)

Giovanna Freisinger

Blonde, produção que reimagina a história de Marilyn Monroe, proporcionou a Ana de Armas sua primeira indicação ao Oscar. Concorrendo pelo título de Melhor Atriz por sua interpretação da personagem, ela desponta como forte candidata ao prêmio. Apesar da citação não vir como uma surpresa, após indicações em outras premiações importantes, como o Globo de Ouro, o SAG Awards e o BAFTA, as respostas do público à essa nomeação foram divididas. Isso não em relação ao merecimento da atriz por sua performance, mas à inclusão do filme na premiação em primeiro lugar, cedendo visibilidade e prestígio à obra, que, para muitos, faria melhor ao mundo sendo esquecida.

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