Aryadne Xavier
Adaptações são sempre um sonho e um medo para fãs de sagas literárias. Trazer à vida – nas telas de cinema ou por meio de streamings – personagens que, outrora, foram apenas vistos em palavras, gera um misto de ansiedade e receio, podendo ser um resultado muito bom ou algo desastroso. Essa experiência perpassa pontos chaves como casar a fidelidade ao material original com a mudança de mídia e, principalmente, fazer conversões que tenham lógica e respeitem o que já existe, se moldando e criando algo identificável para além do que já foi produzido.
Existe um ditado que diz que ‘um é pouco, dois é bom, mas três é demais’. Em questão de adaptações, Rick Riordan fingiu não escutar a sabedoria popular e, com a firme decisão de reescrever a fama de sua saga ‘xodó’ no meio audiovisual, embarcou na produção da nova leva de episódios de uma das franquias mais populares entre os jovens nascidos nos anos 2000. Quando anunciada em Maio de 2020, a ideia trouxe uma empolgação sem igual para a fanbase já cansada de esperar e já calejada com decepções anteriores. Após dois filmes de desempenhos desastrosos entre os fãs e crítica, e depois de três longos anos de espera, Percy Jackson & os Olimpianos chegou à Disney+ em oito generosos capítulos que cobrem todo o arco do primeiro livro da saga, Percy Jackson e O Ladrão de Raios.