O Auto da Compadecida 2 e a reinvenção de si mesmo

O cenário mostra o exterior da igreja montada em um estúdio. Usando roupas velhas e rasgadas, sandálias típicas do povo nordestino e aparência de descuido com a pele no sol, os atores principais de O Auto da Compadecida voltam a encenar os malandros da cidade quente e seca do interior nordestino Taperoá.
Matheus Nachtergaele e Selton Mello voltam às telas de cinema como João Grilo e Chicó 25 anos depois (Foto: H2O Films)

Livia Queiroz 

Em Setembro de 2000, os brasileiros saíram de suas casas e foram para os cinemas de suas cidades assistir ao que viria a ser um dos maiores sucessos do Cinema do país: O Auto da Compadecida. Baseado na obra de Ariano Suassuna, o filme foi um sucesso comercial e social, e alcançou um recorde histórico de 2.157.166 pessoas (o filme nacional mais assistido daquele ano), além de uma arrecadação de mais de onze milhões de reais em bilheteria. Tornou-se um ícone para os ‘canarinhos’ e estrangeiros latino-americanos sobre a cultura nordestina e referência cinematográfica nacional. 

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