À la Gonzaguinha, Bangarang fica com a pureza da resposta das crianças

Cena do filme Bangarang. Na imagem, um menino está de costas para a câmera, observando a capital homônima da província de Taranto, localizada na Itália. A paisagem é formada por construções antigas e desbotadas, além de estar com uma cortina de poluição. A câmera captura o menino de costas a partir do busto, ele veste uma camiseta cinza. O cenário reflete abandono e descaso das autoridades.
Bangarang, do cineasta Giulio Mastromauro, integrou a programação da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo na seção Novos Diretores (Foto: Zen Movie)

Nathalia Tetzner

Não existe criatura mais honesta e transparente do que uma criança. Usufruindo dessa característica intrínseca dos ‘pequeninos’, o documentário Bangarang apresenta o cenário quase apocalíptico vivido pela comuna italiana Taranto e seus habitantes. Nessa película de tons alaranjados e muita poeira, todos os seres vivos são afetados pela poluição oriunda da Ilva, uma usina siderúrgica em atividade desde a década de 1960. Contudo, no universo do cineasta Giulio Mastromauro, apenas infantos e animais compõem as cenas.

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