Apesar de alguns aguardados lançamentos mainstream terem sido, no mínimo, decepcionantes, junho ainda teve sua cota de bons álbuns. Artistas underground dos mais diversos gêneros movimentaram o mundo da música com seus discos, que fazem parte de nossa lista.
Desde a saída de John Frusciante em 2009, os Red Hot Chilli Peppers enfrentam a desconfiança de seus fãs. Sobretudo depois da crítica apontar a falta de familiarização do substituto Josh Klinghoffer como um dos fatores responsáveis pela falta de tempero do último álbum, I’m With You (2011). No entanto, qualquer curioso que pesquisar o passado da banda deve perceber que a trajetória dos Peppers está recheada de mudanças, inclusive na formação e nas propostas musicais.
Da direita para a esquerda: Andy Rourke, Morrissey, Johnny Marr e Mike Joyce
Nilo Vieira
Em 1984, quando questionado sobre o porquê da escolha do nome The Smiths, o vocalista Morrissey respondeu que queria o nome mais ordinário possível para sua banda. Mal sabia ele que, em pouco tempo, o quarteto provaria estar muito acima de um grupo comum: com seus dois primeiros álbuns de estúdio (e a compilação Hatful Of Hollow, também essencial), os Smiths se destacaram por sua combinação de sonoridade orgânica – em contraponto ao uso exagerado de sintetizadores, comum naquela década – com o lirismo poético de Morrissey, que abordava tanto temas cotidianos como tabus com uma dosagem certeira de dramaticidade, referências literárias e ainda assim permanecia acessível ao grande público.
A safra musical do mês de maio foi excelente, com ótimos discos nos mais variados estilos. De bandas veteranas à novas promessas, vários lançamentos foram dignos de destaque – selecionamos nove para discutir.
No último feriado de Tiradentes, a fatídica notícia: o cantor, multi-instrumentista e ator Prince havia sido encontrado morto em seu próprio estúdio. Não tardaram a surgir milhares de homenagens ao redor do mundo – em forma de textos, fotos, covers ou simplesmente por troca de cores em logotipos -, a maioria em referência ao maior sucesso de Prince, “Purple Rain”.
O documentário “Amy”, dirigido por Asif Kapadia (Senna), lançado em 2015, narra com detalhes a trajetória artística da cantora Amy Winehouse, isto é, desde a descoberta de seu dom e os primeiros passos para a fama, até os últimos momentos de sua vida, abalada pelo vício em álcool e drogas.
Quando pediu para não embarcar em uma turnê ao Japão com os Beach Boys, Brian Wilson tinha apenas um objetivo em mente: produzir um disco melhor que o recém-lançado Rubber Soul, dos Beatles.
Desde que o Radiohead, no último natal, enfim interrompeu o longo hiato silencioso de quase cinco anos pelo qual a banda atravessava, algo além das canções chamou a atenção: a relação delas com a sétima arte. “Spectre” era uma música rejeitada para a trilha do último filme da franquia James Bond, “Burn the Witch” veio ilustrada com uma animação que remete ao filme O Homem De Palha e, por fim, “Daydreaming” ganhou um belo videoclipe dirigido pelo diretor Paul Thomas Anderson. Todavia, quando o aguardado novo álbum da banda enfim foi lançado no último dia 8, um outro filme, bem distante do sucesso dos supracitados, veio à tona. Continue lendo “Um mergulho no retorno cinematográfico do Radiohead”
Entre efeitos saturados, riffs de guitarra e som propositalmente barulhento, Lê Almeida vem movimentando o cenário independente do Rio de Janeiro.
Angelo Cherubini e Daniel Sakimoto
Carioca da baixada fluminense, Lê Almeida começou sua carreira musical tocando bateria em diversas bandas. Atualmente, ainda participa de vários projetos musicais, seja como guitarrista e vocalista, como baterista ou mesmo produtor. Em sua carreira solo, o músico possui dois álbuns e alguns EPs, todos gravados e produzidos pelo próprio Lê, em seu Escritório, onde o multi-instrumentista grava e produz não apenas suas obras, mas também de diversas outras bandas.