
Jamily Rigonatto
Descrever Ludmilla em termos simplistas e centralizados é uma tarefa cada vez mais difícil, afinal, a cantora está “Do funk ao pagode, dominando tudo”, com uma maestria que a MC Beyoncé – primeiro vulgo da artista – provavelmente não imaginava. Em faixas envolventes e dignas de serem chamadas de Arte, o trabalho mais recente da cantora, Numanice #3 (Ao Vivo), é um deleite para as mulheres que amam suas mulheres, as minas de periferia e, é claro, os apaixonados por sunsets e bons pagodes.
Com 18 faixas e sete parcerias, o disco gravado ao vivo materializa a brisa quente de uma tarde de domingo em volta da churrasqueira. Na multiplicidade de influências rítmicas que se juntam ao pagode, a sensação de improviso acertado das milenares rodas de samba se intensificam. Apesar de calculado, o mérito de Numanice #3 (Ao Vivo) está na facilidade com a qual conversa com diferentes manifestações musicais e seus públicos.
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