O diretor no set de Star Wars (fonte: Collider)
Camila Ramos
Jeffrey Jacob Abrams, usualmente conhecido como J.J Abrams, é um diretor, produtor, roteirista, escritor, ator e compositor norte-americano. Um prodígio no cinema Hollywoodiano que tem uma extensa lista de produções de sucesso em seu currículo. Abrams começou muito cedo sua carreira: Em 1982, aos 16 anos escreveu músicas para o filme Nightbeast. A partir desde momento, ele encara uma série de roteiros próprios na década de 1990.
Armageddon, de 1998, foi seu primeiro filme de sucesso, faturando mais de 550 milhões de dólares nas bilheterias. Abrams foi um dos roteiristas do drama de ficção científica, dirigido por Michael Bay com um elenco renomado que contava com Bruce Willis, Bem Affleck, Liv Tyler, Steve Buscemi, Michael Clarke Duncan, entre outros grandes atores. O filme teve diversas críticas ruins, direcionadas em sua maioria à Bay, com seu péssimo hábito de câmeras agitadas. Apesar de ganhar o prêmio de pior ator no Framboesa de Ouro, o filme teve quatro indicações ao Oscar: melhores efeitos visuais, melhor edição de som, melhores efeitos sonoros e melhor canção original para I don’t wanna miss a thing do Aerosmith.
Armageddon foi (e ainda é) elogiado por muitos que assistem. Ao procurar por opiniões sobre a obra, frequentemente aparece como um dos melhores filmes de ficção científica, e, apesar dos filmes de Bay serem conhecidos pelos enredo terríveis, este filme teve uma história dramática e comovente por trás dos desastres e efeitos especiais. Pessoalmente, concordo com essas opiniões, talvez por nostalgia, mas considero como um dos melhores blockbusters envolvendo asteroides.
No mesmo ano, de 1998, J.J Abrams criou sua primeira série de TV, chamada Felicity. Além do criador, Abrams também foi diretor, produtor executivo e roteirista. Esse seriado ganhou vários prêmios durante suas quatro temporadas (1998-2002), como Globo de Ouro, Emmy Awards, People’s Choice Awards, entre muitos outros. Felicity tornou-se uma referência da cultura popular juvenil na época e, durante os anos que se seguiu, foi comentada e/ou citadas em muitas outras séries.
Com esse sucesso, J.J Abrams embarcou sua carreira na TV, que teve (e ainda tem) grande êxito, sendo alguns títulos bem conhecidos: Alias-Codinome Perigo, Fringe, Person of Interest, Believe, The Office e o mais conhecido e o mais marcante: Lost.
(Fonte: TecMundo)
Abrams foi o co-criador da série Lost: a história de um grupo de sobreviventes de um acidente de avião que ficaram presos em uma ilha misteriosa. A série teve seis temporadas do ano 2004 a 2010. Foi a série de Abrams de maior sucesso, sendo o episódio piloto, que foi dividido em duas partes, escrito e dirigido pelo próprio, além de ser o compositor da trilha sonora. Toda a série é bem planejada, com histórias pessoais de personagens bem construídas, os mistérios da ilha, a trilha sonora, os cenários; tudo isso resultou, em cinco temporadas, um total de 176 indicações em diversas premiações, ganhando mais de 50 prêmios.
Sua habilidade para bons roteiros e trilha sonora lhe rendeu a criação de sua própria produtora, a Bad Robot, em 2000 em conjunto com Bryan Burk. A produtora, assim como Abrams, tem uma lista de grandes sucessos marcados pelos efeitos especiais, trilha sonora e bons roteiros; nesta lista entram títulos como: Missão: Impossivel III, Missão: Impossível – Protocolo Fantasma, Super 8 (com produção compartilhada com nada mais, nada menos que Steven Spielberg), Star Trek, Star Trek – Além da Escuridão, e o mais novo sucesso de bilheterias, batendo vários recordes: “Star Wars Episódio VII – O Despertar da Força”.
Se encarregar de filmes que já tem uma história de sucesso é um desafio e tanto. Mas J.J Abrams encarou duas dessas sagas de forma inteligente e com disposição para agradar aos desejos dos fãs. Star Trek e Star Wars são duas histórias que têm muita bagagem, e uma legião de fãs prontos para linchar quem não fizer a continuação com perfeição.
Star Trek tem uma longa história de filmes e séries. Começou há 50 anos, em 1966 com uma série de TV e daí não parou mais, contando com 6 séries e um total de 10 filmes antes da chegada de J.J Abrams. Em 2009 a saga teve um recomeço com novos personagens e com a volta do Kirk, capitão da frota estelar da nave Enterprise, na liderança. Star Wars é outra história com uma carga de importância gigante, reunindo a cada filme uma multidão de fãs nos cinemas do mundo todo. Em dezembro do ano passado foi lançado uma continuação da trilogia clássica, com boa parte dos antigos personagens mundialmente reconhecidos. Duas histórias com propostas dificílimas de agradar os fãs e ainda fazer os filmes serem sucessos de bilheterias.
(Fonte: Blog Nerd e Geek)
“Star Trek” foi bem recebido pelos críticos, teve 5 estrelas no site Omelete, além de resenhas positivas em lugares como New York Times, Entertainment Weekly e Rolling Stone. Um filme que pretendia ser fiel aos moldes do original, mas, sendo uma história futurista, deveria apresentar tecnologias mais avançadas que as nossas. Abrams prometeu e cumpriu um espetáculo de efeitos especiais, grande elenco e um roteiro de qualidade. Um bom recomeço para a saga. Assim como a continuação Star Trek: Além da Escuridão foi bem recebida, com um ótimo vilão e um bom enredo.
“Star Wars episódio VII – O Despertar da Força” foi lançado recentemente e já bateu recordes de bilheteria, com a maior abertura da história. Abrams foi o diretor, produtor e um dos roteiristas do filme e está sendo elogiado por muitos fãs, apesar de críticas sobre a repetição de temas do episódio IV. Pessoalmente, o filme foi mais do que eu esperava, trazendo todos os antigos personagens junto a um enredo envolvente e viciante, cheio de enigmas. Um tributo ao primeiro filme da saga Star Wars, com efeitos especiais que respeitam as tradições, mas introduzindo um toque moderno. O elenco chama a atenção também, com a apresentação de novos personagens. Em suma, para os próximos filmes que estão para estrear no futuro, esperem grandes coisas vindas desse prodígio: J.J Abrams.
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