Beatriz Bianchi
Com impressionantes números de vendas, o álbum Made In The A.M. da boyband britânica formada por Niall Horan, Liam Payne, Louis Tomlinson e Harry Styles, a One Direction, estava sendo lançado há 5 anos atrás, em 13 de novembro de 2015. Estreou em primeiro lugar na parada de álbuns do Reino Unido com mais de 90 mil cópias físicas vendidas na primeira semana, tornando-se seu quarto álbum no topo dos charts e o álbum mais vendido de 2015 até aquele momento.
A One Direction é uma das bandas que acompanho desde 2010, o ano de sua formação. Sempre fui muito ativa no fandom e fiquei muito ansiosa para o lançamento do Made In The A.M.. Eu me perguntava o tempo todo: como será sem o Zayn?
O MITAM foi o quinto e último CD de estúdio gravado pela One Direction e o primeiro e único sem Zayn Malik, que deixou a banda em 25 de março de 2015. Teve 3 singles em sua era: Drag Me Down, Perfect e History, e contém 17 músicas na versão deluxe, além de conter outras opções de capa, sendo elas solos.
A primeira faixa do álbum, Hey Angel, é uma balada “fácil”, porém muito preciosa, que já nos mostra logo inicialmente o desenvolvimento do quarteto. Em seguida vem Drag Me Down, o primeiro single do disco. Com um ritmo animado e uma letra que conta sobre um amor encorajador, atingiu o #1 nas paradas de 82 países, entre eles o Brasil.
“Com seu amor, ninguém pode me derrubar” – Drag Me Down, 1D
Logo em seguida temos o segundo single, a faixa Perfect, que foi escrita por Harry Styles e Louis Tomlinson. O videoclipe foi lançado em 20 de outubro de 2015 e possui imagens em preto e branco dos integrantes do grupo que cantam e andam por quartos de um hotel, fazendo referência à letra da música. Ao mesmo tempo em que a batida é de um pop chiclete ainda conseguimos ouvir influências de rock, construindo um som único.
Vale a pena ainda ouvir, Infinity e End of the Day, músicas que são possíveis perceber os vocais de Louis Tomlinson e Niall Horan (finalmente!) se sobressaindo. Em seguida ouvimos If I Could Fly e Long Way Down, ambas com uma pegada melancólica. Algumas teorias de fãs dizem que a primeira música foi escrita depois de uma ligação que o Harry e o Zayn tiveram uma semana antes de Malik sair da banda, e que a segunda música são os meninos dizendo que sentem falta de Zayn, mas ainda não conseguem perdoá-lo.
Outras que merecem destaque aqui são as minhas preferidas: I Want to Write You a Song, What a Feeling, Walking in the Wind e A.M.. Essas quatro músicas mostram um grande amadurecimento musical, provando que a One Direction não é apenas uma boyband teen, mas que são excelentes músicos capazes de inovar sempre. As demais faixas Love You Goodbye, Never Enough, Olivia, Temporary Fix e Wolves, podem ser uma decepção para quem esperava um pop genérico como aconteceu nos trabalhos anteriores, mas as batidas e os coros auxiliares são uma boa novidade.
E para fechar a era MITAM, o quarteto lançou o clipe de History sem aviso prévio, em 26 de janeiro de 2016. Ele está no meu top 3 de clipes favoritos da One Direction, pois apresenta um clima nostálgico e conta a história dos 5 anos de carreira da 1D, com os principais momentos desde quando o grupo foi formado no reality musical The X Factor em 2010, incluindo ainda imagens de Zayn.
A letra é sobre os fãs e sobre tudo que fizeram pelos meninos, principalmente o apoio que foi dado a Liam, Louis, Niall e Harry após a triste e repentina saída de Zayn. Ninguém estava esperando por aquilo e, até então, as razões que o tinha levado a abandonar a boyband eram desconhecidas. Acredito que a letra foi escrita para demonstrar gratidão dos meninos para com os fãs e virou até um marco histórico no fandom, uma declaração de amor deles para os directioners.
Made In The A.M. é um bom disco de pop, e é um trabalho que mostra o amadurecimento do quarteto com letras mais profundas. Com esse álbum, a One Direction provou de uma vez por todas que são excelentes artistas e que podem e conseguem ser versáteis, fazendo música que além de alcançar os topos dos charts, possuem também características próprias.
O MITAM é um álbum surpreendente, de superar expectativas e é capaz de sobreviver ao teste do tempo ao passar a mesma sensação de se ouvir pela primeira vez. Esse é o meu segundo projeto favorito da boyband e apesar de apresentar menos potência vocal, completa de forma excelente possíveis lacunas deixadas por Zayn Malik e seu maravilhoso timbre de voz.
Apesar de garantirem que se tratava apenas de uma pausa e não da separação da banda, os integrantes seguiram novas direções em 2016 e, desde então, já apresentaram seus novos projetos solos, que mostram uma musicalidade completamente diferente da One Direction. Nesses projetos individuais, eles puderam trabalhar nas músicas de forma mais pessoal e no tempo próprio de cada um, diferente do que a antiga gravadora deles, Syco Music de Simon Cowell, exigia.
Como fã, entendo que esse hiato foi a melhor escolha que eles poderiam ter feito, pois puderam crescer, ganhar mais reconhecimento no meio musical e provar que membros de boyband não são apenas fantoches de gravadora, mas são artistas fantásticos. Durante todos esses anos que se passaram, os meninos ainda dão declarações de que pretendem, um dia, voltar. E assim, os fãs continuam esperando ansiosamente por um comeback.