Se Algo Acontecer…Te Amo promete te fazer chorar em 12 minutos (e cumpre)

Cena do curta-metragem Se Algo Acontecer...Te amo. Na ilustração, vemos um homem adulto e alto, ele abraça a esposa e a filha. A esposa é uma mulher adulta de cabelos lisos e a filha uma criança usando mochila escolar e cabelo preso. Os três sorriem. O desenho está em quase todo em escala de cinza, possuindo alguns pontos de cor em tons frios.
Se Algo Acontecer…Te Amo é um dos pré-selecionados para o Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação (Foto: Reprodução)

Ana Marcílio

O mundo dos curtas vem crescendo ao longo dos últimos anos. Com uma premissa rápida e certeira, esse mercado tem ganhado um público cada vez mais diverso. E é nessa onda que Se Algo Acontecer… Te Amo (If Anything Happens I Love You), nova aposta da Netflix, ganhou grande visibilidade. Lançado no fim de 2020, o curta-metragem alcançou rapidamente o top 10 da plataforma e se tornou assunto nas redes sociais, como Twitter e TikTok. Além disso, entrou na lista de filmes pré-selecionados para concorrer ao Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação, garantindo a presença da plataforma de streaming na disputa. O filme encantou todos ao redor do mundo, não apenas pelo enredo, mas também pelo cuidado da produção. 

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A cada novo episódio, Haikyuu se desafiou ainda mais até o topo

Cena da animação Haikyuu!!. A imagem mostra os dois personagens principais durante um de seus ataques rápidos. Hinata está de costas saltando e Kageyama levantando a bola. Os dois vestem um uniforme laranja, e são vistos em um ângulo baixo.
“Mesmo quem está no topo do mundo, se sempre fizer a mesma coisa, um dia  cairá. Nós não somos nem o melhor do país ainda. Se ficarmos presos no ontem, o que seremos amanhã?’’ Desafie-se hoje (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

“Aquele que sobe as escadas, deve começar por baixo’’. Essa pequena frase de sabedoria dita por Ittetsu Takeda representa bem a jornada percorrida pelos personagens de Haikyuu!! desde o primeiro episódio. Agora, após terem superado a muralha de ferro, o time festeiro, o grande rei e a antes invicta águia branca, os Corvos de Miyagi alçam voo rumo a quadra laranja em Tokyo. Munidos com uma nova animação, time de produção, uma épica trilha sonora, narrativas emocionantes e muita determinação.

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Desculpa, Fate: A Saga Winx, mas definitivamente não quero ser uma de vocês

Pôster oficial para a divulgação da série Winx. Nele, mostra-se as cinco personagens principais, da esquerda para a direita. Primeiro, no canto esquerdo, está Stella, que é branca, tem longos cabelos loiros, e está com o corpo virado para o lado direito encarando a câmera; Ao lado dela, está Terra, que é gorda, branca e com cabelos castanhos na altura do ombro, e também encara a câmera. Ao centro, está Bloom, que é ruiva, branca e está com as mãos no bolso, sorrindo para a câmera. Ao lado direito dela, está Musa, que também sorri para a câmera e está mais ao fundo, usando dois coques em seu cabelo escuro. Ao lado dela, na extremidade direita da imagem, está Aisha, que é uma jovem negra e vestindo uma jaqueta vermelha e também olhando para a câmera. A coloração da imagem é um pouco escurecida, e ela possui algumas faíscas surgindo do canto esquerdo.
Pôster da série Fate: A Saga Winx, adaptação da Netflix do desenho animado amado por uma geração (Foto: Reprodução)

Layla de Oliveira

A nostalgia é poderosa, e faz bem para nós. O esforço para relembrar alguma memória querida a partir fotos antigas, músicas e outros tipos de mídia possibilita facilitar o autoconhecimento e a conexão sentimental, aumentando a vitalidade e dando esperanças para o futuro. Por isso, muitos revivals e reboots estão preenchendo nossas TVs, cinemas e playlists; o consumidor merece receber essa felicidade.  

Então, quando a Netflix anunciou que estava produzindo Fate: A Saga Winx, uma série baseada no desenho italiano O Clube das Winx, a reação não poderia ser outra. Foi uma felicidade quase que generalizada, pois muitas pessoas cresceram e amaram aquelas seis garotas poderosas e incríveis que derrotavam as forças do mal, com direito a transformações mágicas e tudo o que tínhamos direito.

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Ao som de jazz, Soul mostra que é a alma da Pixar

Em primeiro plano está o protagonista, Joe Gardner, em sua forma humana. Ele é negro, usa óculos, um chapéu, um casaco preto e sorri olhando para frente. Ao fundo, há uma escadaria feita com teclas de piano, levando ao letreiro do filme “Soul”, com a representação astral de Joe acenando ao lado de 22, em cima da letra “L”. O fundo da imagem é azul marinho.
O filme tinha data de estreia para julho, mas devido a pandemia do covid-19, teve sua data adiada para 25 de dezembro, com lançamento direto no Disney+ (Foto: Reprodução)

Pedro Gabriel

O sentido do viver é umas das questões mais antigas do ser humano. Por que estou aqui nesse mundo? Qual o meu propósito na Terra? Essas perguntas rodeiam a nova produção dos estúdios Pixar, Soul. Dirigido por Pete Docter (Monstros S.A, 2001 e Up! Altas Aventuras, 2009), e co-dirigido por Kemp Powers, seguimos a vida de Joe Gardner (Jamie Foxx), um professor substituto de música de uma escola, com o sonho de ser um músico profissional de jazz. 

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A luz ainda brilha mesmo depois de uma década de Enrolados

A imagem mostra os desenhos dos personagens Flynn Rider, Rapunzel, do camaleão Pascal e do cavalo Max. Ao fundo vemos um vilarejo.
A princípio, o título do filme seria “Rapunzel”, porém, Enrolados surgiu como uma alternativa para afastar a adaptação da obra original (Foto: Reprodução)

Júlia Paes de Arruda

Os versos poéticos e dançantes das músicas de Enrolados marcaram a geração que viveu as propagandas do seu lançamento, 10 anos atrás, no Disney Channel. Era impossível trocar de canal ao ouvir qualquer canção promocional. Essa paixão, na época, fez a adaptação do conto de Rapunzel superar o sétimo filme de Harry Potter nos Estados Unidos e ganhar o coração dos fãs apaixonados pelas histórias de princesas Disney

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The Great Pretender: ser enganado nunca foi tão divertido

Na direita temos quatro dos personagens do anime. De cima para baixo há um garoto de cabelo castanho correndo com uma bolsa de dinheiro. Um homem loiro falando ao telefone. Uma garota em pé mexendo no cabelo e outra ruiva tirando os óculos.
Fingindo que eu estou indo bem, minha necessidade é tanta que eu finjo demais, eu sou solitário mas ninguém pode perceber – Freddie Mercury (Foto: Reprodução)

Anna Clara Leandro Candido

Por vários séculos no passado, narrativas como Star Wars e O Senhor dos Anéis basearam-se nos confrontos entre o bem e o mal para construir suas histórias e universos. Muitas vezes, os autores caracterizam a personalidade e modo de viver dos seus personagens com base em um desses dois lados. Por isso, era sempre fácil distinguir o mocinho do vilão e guiar o afeto do público. Até que um dia, ambos os lados convergiram e um novo tipo de personagem nasceu: pessoas que não são heróis nem vilões e mesmo estando ao lado dos mocinhos não compartilham do mesmo jeito de resolver as coisas que eles. Os chamados anti-heróis.

É com essa definição em mente que The Great Pretender constrói seu universo. Um anime criado pela Netflix em parceria com o estúdio Wit, que possui como protagonistas um grupo carismático e divertido de vigaristas internacionais. A segunda parte da história chegou em novembro no catálogo do streaming e conquista os espectadores com seus personagens carismáticos, aventuras divertidas, trilha sonora cativante e uma animação com um estilo deslumbrante.

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20 anos de A Nova Onda do Imperador: a experiência inusitada da Disney

Uma lhama?! Era pra ele morrer! (Foto: Reprodução)

Caroline Campos

Todos nós conhecemos o padrão Disney de clássicos irrefutáveis – um protagonista justo e merecedor que passa por um grande desafio contra um vilão maquiavélico e acaba retomando a paz de seu insira aqui: vilarejo, país, reino, entre outros. No entanto, logo após o fim da Era da Renascença no início do séc. XXI, surge uma sequência de filmes que não se encaixaram muito bem com o que o ratinho nos apresentava anteriormente e encabeçaram a chamada Era da Experimentação. Entre eles, talvez o que faz mais jus ao nome do período em que pertence, está A Nova Onda do Imperador, que completa 20 anos no ano de 2020.

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A Dama e o Vagabundo segue a sina de A Bela e a Fera

Com poucas mudanças em relação ao filme original, o remake ainda possui tempero o bastante para cativar o público (Foto: Reprodução)

Maju Rosa

Quem é que não gosta de um amor clichê? Acompanhar em duas horas o desenvolvimento de desconhecidos que se tornam amigos e se apaixonam é uma reconfortante dose de fuga da realidade. Narrativas românticas são um coringa em qualquer obra, ela pode ser protagonista ou secundária, mas sempre conquistará seguidores que depositam suas esperanças para que o final feliz aconteça. E está enganado quem acredita que a trajetória cativante acontece apenas no universo humano! A Dama e o Vagabundo, que foi originalmente lançado pela Disney em 1955 e transformado em live action ano passado, já retratava o amor inesperado… Entre cães.

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5 anos depois, a magia da Pixar continua encantando em Divertida Mente

Através de muita criatividade, Divertida Mente trata de assuntos complexos, levando seus espectadores às lágrimas (Foto: Reprodução)

Pedro Gabriel 

A Pixar sempre teve êxito explorando os dilemas da vida por perspectivas diferentes. O estúdio esmiuçou, nos filmes de Toy Story, os aspectos da amizade e mudanças na vida aos olhos de um brinquedo, nos emocionou com a relação entre pai e filho em Procurando Nemo (2003), e com a história de uma vida maravilhosa de UP: Altas Aventuras (2009). E, com Divertida Mente (2015), não é diferente. Em junho, a animação comemora cinco anos.

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Os ensinamentos de Rebecca Sugar e a animação ocidental pós Steven Universo

(Foto: Reprodução)

Fellipe Gualberto

“Se você venceu uma luta, é como se não houvesse problema algum em se estar em uma luta”. A frase dita pela criadora de Steven Universe em uma entrevista ao LA Times resume muito bem sua filosofia e os ensinamentos de sua obra. Finalizada em maio com Steven Universe Future (SUF, ou como ficou conhecida por aqui, Steven Universo: O Futuro), esta última temporada radicaliza as lições da desenhista em uma conclusão após 6 temporadas, um filme e 7 anos.

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