“Nunca nos separamos, sempre fomos os Tribalistas!”

A tribo em uma só voz (Foto: Heloísa Manduca)

Heloísa Manduca

Tríade, trinômio, trindade, trímero, triângulo, trio, trinca, três, terno, triplo, tríplice, tripé, tribo. Os Tribalistas – Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte – se apresentaram no último sábado, 18 de agosto, no Allianz Parque em São Paulo. A turnê Juntos Somos Um Só faz parte do segundo álbum homônimo do grupo lançado no ano passado (2017).

A apresentação foi quase que uma retrospectiva da história do trio, uma mistura harmoniosa entre os dois álbuns da banda. O primeiro, lançado há 16 anos, tem canções clássicas cujas letras, mesmo com o tempo, permaneceram frescas na mente dos fãs. “Velha Infância”, “Carnavália”, “Passe em Casa”, “Já Sei Namorar” e “Um a Um” foram algumas das tracks tocadas e acompanhadas pelos 45 mil fãs presentes.

Marisa comentou que não foi fácil fazer a seleção das canções. Apesar de não terem se apresentado juntos durante todo esse tempo, compuseram mais de 56 faixas, tiveram a missão de escolher apenas cerca de 27. E, aproveitando o gancho, Arnaldo fez uma crítica à imprensa. Segundo ele, Os Tribalistas não estavam voltando, pois nunca tinham se separado, como divulgado por muitos veículos de comunicação.

O ponto mais alto do show foram os efeitos visuais. A vestimenta dos cantores foi carregada com muitas cores e brilho, de um jeito bem brasileiro e tropical. Os três telões do palco acompanhavam o colorido dos artistas. Pré-produções foram feitas e planejadas para cada canção. Em algumas, letreiros coloridos, em outras, fotopinturas feitas pelo artista cearense Mestre Júlio. Foi um show caprichado, pensado em cada detalhe pelos diretores Leonardo Netto, Batman Zavareze e Simon Fuller.

“Mary Cristo”, “Os peixinhos”, “Fora da Memória”, “Aliança” e “Ânima” foram algumas das canções mais calmas. Elas fizeram o público sentar em tais momentos e somente apreciar o belo espetáculo à sua frente. A tracklist também foi uma alternância entre melodias paradas e as mais agitadas. Um tempo de “respiro” em cada frenesi.

O final foi marcado pelo público pedindo bis. Os três, então, voltaram e cantaram “Tribalistas”, “Já sei Namorar” e “Velha Infância”. Brown propôs um “ajayô”, juntamente com um abraço coletivo. No palco, músicos fizeram uma ciranda e dançaram conforme imagens de uma roda de índios nos telões. O símbolo de união, de “juntos somos 1, 2, 3, somos um só” era explícito. Não importa a raça, cor ou gênero. Juntos somos um só.

45 mil pessoas na maior tribo do Brasil! Uma noite pra ficar na memória e nos acompanhar. Obrigado, São Paulo!

Uma publicação compartilhada por Arnaldo Antunes (@arnaldo_antunes) em

O tour teve início em julho de 2018, na cidade de Salvador, está com uma agenda curta e prevista para passar por nove capitais do país (Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte). O término está marcado para outubro, com um show extra no Rio de Janeiro.

Deixe uma resposta