Os melhores filmes de 2017

Não é exagero dizer que o cinema teve um ano de renovação em 2017. Velhas franquias tiveram coragem de ignorar os fãs mais chatos e propor ideias novas. Os cinemas comerciais receberam com amor e ódio diretores antes relegados a nichos. Até o tão estagnado cinema de terror recebeu um polêmico prefixo “pós”, tamanha a diferença das temáticas abordadas nos filmes.

As escolhas pessoais dos participantes do Persona refletem esse ânimo por discutir cinema nas mais distintas áreas. Continue lendo “Os melhores filmes de 2017”

Neurosis no Brasil: tempos de (des)graça

Gente como a gente: Neurosis no Carioca Club (Foto: Fernando Yakota)

Nilo Vieira

Foi estranho descobrir que os membros do Neurosis têm empregos fora da música. Como é possível? Uma das bandas mais influentes do metal! O disco mais famoso do Sepultura foi influenciado por eles. Mastodon e Converge, dois nomes metálicos celebradíssimos da década passada, têm relações estreitas com o quinteto. Até na música do Slipknot é possível sentir traços do grupo californiano. Continue lendo “Neurosis no Brasil: tempos de (des)graça”

Melhores discos de Novembro/2017

Craque Neto pistola: mesmo após o título do Corinthians, este meme ainda é a melhor tradução de 2017 (Band/Reprodução)

Adriano Arrigo, Leonardo Teixeira, Matheus Fernandes, Nilo Vieira

Em novembro, o mundo perdeu o rapper Lil Peep e o ex-guitarrista do AC/DC, Malcolm Young. Embora de faixas etárias e ritmos diferentes, os dois convergem pelo público cativado por suas músicas, majoritariamente jovem. Também pela situação triste do falecimento: o primeiro morreu de overdose aos 21 anos, enquanto o segundo se encontrava abatido pela demência e se foi aos 64.

Enquanto isso, a curadoria mais bolada da internet brasileira tentou não se abalar e fechar o ano com chave (qualquer uma serve, não precisa ser de ouro). Entre os destaques dos últimos 30 dias e discos que resgatamos para a sua lista de melhores do ano não ficar feia, cá estão nossas escolhas: Continue lendo “Melhores discos de Novembro/2017”

A universalidade do Sigur Rós em São Paulo

(Foto: Fabricio Vianna)

Nilo Vieira

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o baixista Georg Hólm afirmou que se surpreende com a popularidade do Sigur Rós. Numa primeira análise, essa incredulidade faz muito sentido: apesar do forte senso melódico, o som do grupo é caracterizado por estruturas longas, que variam entre a melancolia esparsa e crescendos ruidosos no estilo do Godspeed You! Black Emperor. É música de picos extremos, com letras cantadas no idioma nativo da gélida Islândia. Continue lendo “A universalidade do Sigur Rós em São Paulo”

A maturidade do Converge em The Dusk in Us

Nilo Vieira

The Dusk in Us, nono álbum do Converge, não traz novidades à carreira do quarteto de Massachusetts. Os integrantes são os mesmos, design gráfico e produção são novamente assinados, respectivamente, pelo vocalista Jacob Bannon e o guitarrista Kurt Ballou. A dinâmica musical também não mudou: vocais urrados, timbres sujos e controlados, estruturas tortas e dissonâncias. Continue lendo “A maturidade do Converge em The Dusk in Us”

Com banda completa, PJ Harvey salva o rock em São Paulo

PJ Harvey no Popload Festival (imagem: Daniel R. N. Lopes)

Matheus Fernandes e Nilo Vieira

Mais de treze anos separam as duas vindas de Polly Jean Harvey ao Brasil. Em novembro de 2004, promovia Uh Huh Her (seu álbum mais radiofônico) no Tim Festival, acompanhada por um trio de apoio. Na última terça e quarta (14 e 15), a banda de PJ era composta por dez integrantes, mudança ocorrida entre seus últimos discos, Let England Shake (2011) e The Hope Six Demolition Project (2016), que compõe a maior parte do repertório da turnê. Continue lendo “Com banda completa, PJ Harvey salva o rock em São Paulo”

Slipknot: o horror cotidiano, de Iowa a Botucatu

Adote animais e louve o Cramunhão

Nilo Vieira

O segundo disco do Slipknot é uma audição dolorosa (já comecei o texto dando piada de graça pra detratores). Urros quase ininterruptos, linhas percussivas marretadas, guitarras de afinação baixa com timbres que beiram o nojento, intervenções eletrônicas barulhentas. Pra coroar, a masterização, vítima da loudness war, joga todos os níveis no vermelho. 14 faixas, 66 minutos de duração. Continue lendo “Slipknot: o horror cotidiano, de Iowa a Botucatu”

Cineclube Persona – Outubro/2017

Dentre hypes de horror cinematográfico de 2017 a filmes que são um terror… de se assistir (era melhor ter ido ver o filme do Pelé), a edição de outubro do Cineclube Persona traz três títulos de destaque. Confira: Continue lendo “Cineclube Persona – Outubro/2017”

Melhores discos de Outubro/2017

Leonardo Teixeira, Matheus Moura, Nilo Vieira e Satanás

Quem precisa de ficção? O terror está à solta! Dentre as denúncias de assédio e abuso sexual de famosos, atentados na Somália e repressão violenta contra os separatistas catalães, basta correr até o jornal mais próximo que é batata. Se espremer sai até sangue, dizem os mais velhos.

Aqui na curadoria mais supimpa da internet brasileira, tentamos aliviar um pouco a barra com música (ou então ficar paranoico com trilhas condizentes – tá todo mundo doido!). Cá estão nossas escolhas dos últimos 31 dias:

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