Wu-Tang Clan e MC Igu: não mexam com o rap ‘asiático’!

The game of chess is like a swordfight: you must think first before you move!

Gabriel Leite Ferreira

“Shaolin shadowboxing and the Wu-Tang swordstyle. If what you say is true, the Shaolin and the Wu-Tang could be dangerous. Do you think your Wu-Tang sword can defeat me? / En garde, I’ll let you try my Wu-Tang style.” Assim começa “Bring da Ruckus”, primeira faixa do lendário Enter the Wu-Tang: 36 Chambers, disco de estreia do Wu-Tang Clan que completou 25 anos na sexta passada. Samples de filmes de artes marciais dos anos 50 e 60 em um disco da costa leste durante a franca ascensão do gangsta rap? Baixe a guarda…

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Em ‘Gigantes’, BK com novos ritmos e a mesma essência

“Falando alto para sermos gigantes”: a capa, assinada pelo artista plástico Maxwell Alexandre, dá conta da versatilidade e variedade do segundo disco de BK’ (Foto: Reprodução)

Elder John

Após mais de dois anos do lançamento de Castelos & Ruínas (2016), BK lançou no dia 31 de outubro seu segundo disco, intitulado Gigantes, com 13 faixas. Anteriormente, o rapper carioca havia lançado dois EPs nomeados Antes dos Gigantes Chegarem Vol. 1 & 2 (2017), criando expectativa para o tão esperado álbum.

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Junkie é a prova de que Alanis Morissette nunca foi presa a convenções

Foto de Alanis Morissette no encarte de “Jagged Little Pill” (1995). A “síndrome do segundo disco” atingiu a cantora em 1998 (Foto: Reprodução)

Guilherme Hansen

Uma jovem canadense de apenas 21 anos, até então com apenas dois discos pop de pouca repercussão, lança um CD de rock alternativo sem muitas expectativas. Os produtores não esperavam vendas superiores a 250 mil cópias. No entanto, o álbum em questão estoura e vende mais de 28 milhões de exemplares em três anos.

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“Daydream Nation” continua uma baita de uma viagem

I can’t stay, a candle
Gotta change my mind before it burns out… (Foto: Reprodução)

Gabriel Leite Ferreira

Escrever sobre música é uma tarefa ingrata. De todas as artes, é a mais abstrata, mais subjetiva, mais intangível. As artes plásticas e a literatura tem vertentes, cada qual com suas especificidades. A música também possui tendências e características identificáveis, mas, ao mesmo tempo, é muito difícil de se explicar. Afinal, por que explicá-la se podemos ouvi-la?

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Não Para, Pabllo Vittar!

Pabllo não põe título nem seu nome na capa do álbum. Já sabe que sua imagem é o suficiente pra impactar (Foto: Divulgação)

Guilherme Luis e Cezar Augusto

Pabllo Vittar chega de cara nova com Não Para Não, seu novo álbum. Explorando ritmos como o brega e o tecnobrega, as novas música são uma junção da regionalidade do norte e nordeste brasileiros.  O novo projeto foi gravado nos Estados Unidos e contou com artistas como Ludmilla, Dilsinho, Diplo e Urias. Aqui, Pabllo evolui e mostra versatilidade nos mais variados estilos musicais.

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A volta de Twenty One Pilots e o misterioso mundo de Trench

Josh Dun e Tyler Joseph em photoshoot para divulgação do Trench (Foto: Fueled By Ramen)

Rafaela Martuscelli

Em 6 de julho de 2017, a banda Twenty One Pilots se calou. Como tudo o que envolve a banda, a despedida não seria simples e direta. Algumas imagens em preto, branco e vermelho – que faziam referência direta ao álbum Blurryface – com partes de músicas que falavam sobre escuridão, noite e solidão, foram postadas.

O vermelho da imagem, que começou em formato de um grande círculo, foi se fechando como se fosse um exausto olho após um dia agitado, até o total silêncio e a escuridão ganhasse forma na figura que se formava. Até que a multidão tivesse sumido. E esse foi o último sinal do duo por um ano.

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In Utero completa 25 anos de autenticidade grunge

Da capa às letras, In Utero é todo baseado na fascinação do líder Kurt Cobain pelo corpo humano (Foto: Reprodução)

Hanna Queiroz

In Utero foi o terceiro e último álbum de estúdio do Nirvana, lançado em 13 de setembro de 1993, seis meses antes da morte do vocalista Kurt Cobain. Depois de muita discussão acerca do nome do álbum, que se chamaria I Hate Myself and I Want To Die, o título definitivo foi retirado de um poema que Courtney Love escreveu. In Utero teve vida curta nos vocais do genialíssimo Kurt, mas tem vida longa na mente do público.

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Melhores discos de Setembro/2018

Xuxa votando (Reprodução)

Carlos Botelho, Gabriel Ferreira, Jho Brunhara e Leonardo Santana

Foi um mês longo. A briga entre Nicki Minaj e Cardi B já é lendária e Kanye West entrou em parafuso de novo. Em terras tupiniquins, a sensação do momento é o Dilmazap e muita gente se posicionou politicamente — quem preferia ficar em cima do muro não saiu ileso. Fora a volta d’A Fazenda. Musicalmente, setembro não foi tão frutífero. Mas, com tanta coisa acontecendo, quem teve tempo de ouvir música?

Outubro promete.

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Napalm Death: 30 anos depois, o barulho ainda é a resposta

Napalm Death
“A Terra de onde todos evoluímos / essa Terra em que todas as pessoas são oprimidas / oprimidas por pessoas que prosperam da exploração / oprimidas por aqueles que infestam suas mentes fracas” (Foto: Reprodução)

Gabriel Leite Ferreira

“A arte reflete a vida. Tempos extremos demandam respostas extremas. Silêncio é ridículo. Barulho é sempre a resposta.” Essa é a frase de abertura da biografia virtual do Napalm Death, pioneiros da música extrema – mais especificamente do grindcore, subgênero notório pela velocidade alucinante e vocais ininteligíveis. O grupo foi fundado em 1981 no interior da Inglaterra, mas somente em setembro de 1988 gravou sua obra definitiva, aquela que consolidou uma das formas mais peculiares de se fazer música pesada.

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