EXIST: admita, você também quer experimentar a Cream Soda do EXO

Capa do álbum EXIST do grupo sul-coreano EXO. Na arte, uma sequência de fogos de artifícios forma a figura de um hexágono, marca registrada do grupo. O fundo é um plano preto que consegue destacar as cores vibrantes que compõem a pirotecnia: rosa, laranja e azul.
EXIST ultrapassou a marca de 1 milhão de cópias somente na pré-venda (Foto: SM Entertainment)

Nathalia Tetzner

Após completar 10 anos de carreira em 2022, o grupo sul-coreano EXO finalmente voltou com o que sabe fazer de melhor: a diversão em meio ao caos. Com uma sede que pede por um refrigerante cremoso e um single principal recheado de duplo-sentido, oito dos nove membros se reuniram para celebrar em grande estilo, mesmo com os empecilhos do exército e da própria gravadora, a SM Entertainment. O sétimo álbum, EXIST, busca a receita perfeita em meio ao amadurecimento e, ainda que não funcione por completo, é difícil não desejar essa tal de Cream Soda que se espalha pela boca e explode em sensações.

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Com Savage, Aespa se consagram as maiores da 4ª geração do K-Pop

Capa variante do álbum Savage, do grupo aespa. Na imagem, o quarteto aespa em pé. O ângulo da imagem está ajustado de modo que as vemos de baixo para cima. Da esquerda para a direita estão: Giselle, usando uma macacão azul marinho com tons de azul mais claro, cabelo preso, usando anéis, com as unhas grandes e pintadas de azul e botas acopladas ao macacão; Karina, também de cabelo preso, usando um macacão preto com cordas enroladas no braço direito, usando uma pulseira e a unha pintada de branco, suas botas vão até o joelho com detalhes em branco parecido com teias de aranha; Winter, com um macacão preto e detalhes amarelos, usando anéis, unhas pintadas de preto, meia calça e bota preta até o joelho; NingNing, com um top de manga longa preta e detalhes verdes, shorts curto preto com detalhes verdes, e uma bota preta até o joelho com detalhes em pelos preto, verde e branco, o cabelo está amarrado. Com exceção de NingNing que está ruiva, todas estão com cabelo preto. O fundo é branco e acima da cabeça das integrantes está o nome do álbum, ‘Savage’, em cinza e detalhes metálicos, centralizado. Abaixo, o nome do grupo em fonte branca e as informações do primeiro álbum.
Com uma produção caprichada, Aespa entrega em novo álbum uma narrativa futurista (Foto: SM Entertainment)

Giovanne Ramos

Para quem não está habituado com as gerações do K-Pop, aqui vai uma rápida aula. A primeira lição é: não há consenso entre os recortes entre as gerações do ritmo, mas elas realmente existem. Esse bloco temporal foi construído analisando o perfil sociocultural, visual, conceitual e, principalmente, o estilo musical de grupos em determinados períodos. Popularmente, é dito que existam 4 gerações, sendo a primeira delas a que fundou o gênero e a última a mais instável e de difícil definição, mas certamente é na qual Aespa está localizada e ditando as tendências com o seu mini-álbum de estreia, Savage.

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Nota Musical – Outubro de 2021

Destaques do mês de outubro: Gloria Groove, Jão, Ed Sheeran e Alice Caymmi(Foto: Reprodução/Arte: Jho Brunhara/Texto de abertura: Raquel Dutra)

O mês de outubro foi o mais agitado de 2021 aqui no Persona. Iniciado com o especial para o Mês do Horror e intermediado pela cobertura intensa da 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, os últimos 31 dias também viram o nascimento do nosso Clube do Livro, que aqui no site se materializou na Estante do Persona, nosso novo quadro mensal literário. Entre todas essas atividades, não deixamos de acompanhar o mundo da Música, e agora, chegamos para comentar tudo o que rolou no décimo mês do ano no Nota Musical.

Tudo começou com um misterioso número 30 surgindo nas principais cidades do mundo. Como um bat-sinal, Adele criou um momento no início de outubro para a divulgação de seu retorno, que acontece depois de seis silenciosos anos que sucederam seu último disco, 25. Agora, seremos apresentados aos 30 da artista, e o single Easy On Me foi mestre em nos introduzir ao novo estágio da vida de Adele, que encontrará seu lugar no mundo em forma de disco no próximo dia 19 de novembro.

Enquanto Adele ressurgia com os seus números, Ed Sheeran retornava com os seus sinais. Como anunciado pelas variáveis e constantes de Bad Habits e Shivers, o novo disco do cara mais legal do pop chegou para continuar sua concepção musical pautada na matemática. Agora, +, × e ÷ tem a companhia de =, e para o bem ou para o mal, a música de Ed é assumidamente definida pelo símbolo de igual. 

Por outro lado, as sábias operações musicais de Lady Gaga e Tony Bennett decidiram apostar tudo num jazz que coloca o amor à venda. Da mesma forma, Hans Zimmer, por sua vez, concluiu na trilha do novo 007 que não temos tempo para morrer, The War on Drugs percebeu que precisa de um novo lugar no indie rock, e Brandi Carlile criou sua aclamada música country a partir de dias silenciosos.

Há também os que buscam a maior abstração possível. É assim com Coldplay e seu novo disco Music of the Spheres, que inventa de buscar outras formas de vida e de expressão distanciando-se do que nos conecta uns aos outros aqui na Terra. Mas nem tudo está perdido: as viagens atmosféricas de outubro funcionam sob a condução de Felipe de Oliveira, Tirzah e Black Country, New Road. Quem quiser acompanhar as belezas descobertas pelos artistas em ascensão, pode conferir os discos Terra Vista da Lua e Colourgrade e o single Chaos Space Marine.

Se alguns embarcam em direção ao exterior, outros mergulham no interior. Na MPB, essa foi a direção de Caetano Veloso em Meu Coco, e de Ney Matogrosso em Nu Com a Minha Música. No rock, o movimento nos entrega o melhor de Sam Fender em seu segundo disco, Seventeen Goin Under. No pop, foi a tática de importantes estreias: lá, FINNEAS descobriu um otimismo agridoce e PinkPantheress resolveu mandar tudo pro inferno.

É da dimensão íntima que outros grandes nomes trazem grandes coletâneas. Silva comemorou seus dez anos de carreira com De Lá Até Aqui; Megan Thee Stallion presenteia seus fãs com Something for Thee Hotties; Elton John traz sua música de quarentena em The Lockdown Sessions; Nick Cave & The Bad Seeds desenterram alguns tesouros em B-Sides & Rarities (Part II); e Madonna disponibiliza sua experiência ao vivo de Madame X nas plataformas de streaming

Assim, outubro também foi um mês de retornos. Primeiro, The Wanted movimentou a internet com seu comeback anunciado através de Rule The World, primeiro lançamento da banda desde sua separação em 2014. Depois, Agnes chega para o revival da era disco em seu quinto álbum, Magic Still Exists, que finaliza um hiato de quase dez anos. Já Tears For Fears viveu um intervalo um pouco maior, mas agora o jejum iniciado em 2004 está encerrado com The Tipping Point, faixa-título do novo álbum da dupla britânica, cujo lançamento está previsto para o início de 2022.

Quando o assunto é novidade, também estamos bem servidos. Em terras brasileiras, o pop viu o encontro de ANAVITÓRIA e Jorge & Mateus, teve mais uma chance de reconhecer Johnny Hooker, finalmente recebeu a estreia de Priscilla Alcantara e o terceiro álbum de Jão. O funk juntou Valesca Popozuda e Rebecca, o rap esteve com Karol Conká e WC no Beat, e a MPB ganhou a companhia de Jorge Drexler na nova canção de Marisa Monte, mas o maior destaque de outubro vai para a Imaculada Alice Caymmi.

Fora do país, o nome segue sendo o de Anitta, que esse mês, apareceu junto de Saweetie em Faking Love. Mas desta vez, a Girl From Rio não representou o Brasil sozinha na música internacional. Nas tabelas, A QUEDA de Gloria Groove significou ascensão, e a drag brasileira estreou na parada global da Billboard. O mesmo sucesso e apreço não pode ser encontrado na colaboração entre Jesy Nelson e Nicki Minaj, já que o lançamento de Boyz veio encharcado de polêmicas da líder Barbz nas redes sociais, e episódios de blackfishing por parte da ex-Little Mix.

Ainda bem que a Música pode contar com a honestidade de Phoebe Bridgers, que usou That Funny Feeling para levantar sua voz em oposição à legislação antiaborto mais restritiva dos Estados Unidos que avança no Texas. O cover da artista esteve no radar mensal do indie, que também tem novidades preciosas no novo disco de Lana Del Rey e nas canções de Mitski e Michael Kiwanuka

Por fim, outubro ainda trouxe um belo descarte de Ariana Grande, novos contornos para a Conan Gray, clipes de Troye Sivan, Kacey Musgraves e Olivia Rodrigo, e o encontro gigante de The Weeknd com Swedish House Mafia. Foi um mês e tanto, mas o Persona nunca deixa de se atentar às novidades e decepções que a Arte nos oferece. Na décima edição do Nota Musical, nossa Editoria e nossos colaboradores se reúnem para vasculhar os CDs, EPs, músicas e clipes que ecoaram por aí em Outubro de 2021.

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Nota Musical – Agosto de 2021

Destaques do mês de julho: Lorde, Marina Sena, Halsey e Lizzo (Foto: Reprodução/Arte: Larissa Vieira/Texto de Abertura: Ayra Mori)

Se despedindo do frio intenso do mês passado, Agosto passou correndo, nos lembrando que faltam somente quatro meses para o fim de um ano que mais pareceu mentira do que verdade. Atingindo o número de 122 milhões de vacinados com a primeira dose, o futuro parece clarear. Mas mesmo sob perspectivas mais otimistas, a realidade é de que a pandemia ainda perdura e devemos (!) nos cuidar. Com a esperança de que tudo passe logo, o Persona continua isolado dentro de casa e traz a oitava edição do Nota Musical.

Abrindo o mês com chave de ouro, Lorde finalmente lança na íntegra o aguardadíssimo Solar Power, após quatro anos de muita espera e cobrança dos fãs. E carregada da difícil tarefa de superar o insuperável Melodrama, a neozelandesa se despe do fardo de salvadora deixando claro que essa nunca foi sua intenção. Assim, entre idas melancólicas à manicure e discussões sobre mudanças climáticas, Ella Yelich-O’Connor – para os mais chegados – celebra as banalidades da vida sob o Sol, convidando, quem quiser, a se derramar junto.

Outro retrato mais pessimista da vida pós-covid-19 é Pressure Machine, dos veteranos The Killers, que conta com a colaboração invejosa de Phoebe Bridgers na faixa Runaways Horses. Com título de um dos melhores discos de 2020, a queridinha do indie rock contemporâneo também revisitou o aclamado Punisher com três remixes inéditos de Kyoto. E semelhante à colega de banda (boygenius), Lucy Dacus entrega ao público uma nova versão de Going Going Gone, que originalmente integra o sensível autorretrato da cantora-compositora em Home Video.

Além das revisitações de registros já conhecidos, Agosto trouxe junto de si estreias empolgantes. O vocalista do sucesso juvenil 5 Seconds of Summer, Luke Hemmings, lança o primeiro trabalho solo da carreira com When Facing the Things We Turn Away From, encarando de frente o passado através de um processo empático de autoconhecimento. Igualmente, Orla Gartland surpreende com Woman on the Internet. Em seu álbum inaugural, a irlandesa refuta todos os estigmas criados em cima do passado como youtuber, abraçando aqui quem ela realmente é.

Já se despedindo, Iggy Azalea dá adeus ao mundo da música com The End of an Era, último ato da carreira, cheio de batidas encorpadas do funk carioca. Infelizmente, contrário à rapper australiana, algumas figuras parecem nunca dizer o tão necessário ciao! Em meio aos singles forçosos do mês, destacam-se o insosso Summer of Love de Shawn Mendes & Tainy e HIT IT do calejado Black Eyed Peas, com feats inusitados de influencers latinos. J. Balvin, por outro lado, continua influente no reggaeton internacional, divulgando Que Locura, prévia do álbum a ser lançado em Setembro.

Outra figura querida pelo público é Tinashe, que presenteou os fãs com o esperadíssimo 333. No seu melhor trabalho até o momento, a artista toma conta da criação narrativa do álbum recheado de sentimentalismo comum do R&B. Enquanto isso, The Weeknd continua bebendo da fonte oitentista da nova era, com direito a muito sintetizador no mais recente Take My Breath. E, o imitador oficial de After Hours, Ed Sheeran dá novamente as caras com Visiting Hours – coincidência? Dessa vez, sem a fantasia arlequina, o britânico aposta no usual violão acústico, assim como FINNEAS em A Concert Six Months From Now.

Na efervescência de exaltações nostálgicas, o trio de synthpop CHVRCHES mergulha de cabeça nas influências que inspiraram o terceiro álbum, criando uma narrativa quase cinematográfica. Trazendo “A” participação de Robert Smith, Screen Violence já nasce digno de um filme de terror slasher dos anos 80, carregado de sangue, sintetizador e uma final girl de respeito. Evocando a mesma década, Angel Olsen exalta o período com covers de hits oitentistas em Aisles, uma prévia vibrante do que vem a seguir. Já para quem busca sonoridades mais experimentais, o imersivo SINNER GET READY de Lingua Ignota e as faixas sombriamente atmosféricas de Cruising da banda black midi são garantias certas de uma experiência original, com um quê de sinistro.

Ainda em Agosto, a hashtag #fleabagiscoming causou comoção nos trendings do Twitter, mas infelizmente não pelos motivos que gostaríamos. Com o mesmo nome da incrível Fleabag – série criada pela gênia Phoebe Waller-Bridge –, YUNGBLUD lançou nesse mês um novo single, ostentando fortes referências grunge. Machine Gun Kelly traz as mesmas veias noventistas em papercuts, produzido em conjunto com Travis Baker e Nick Long. Ao se afastar da sonoridade de seus registros passados, MGK não agradou todos os ouvidos e respondeu às críticas com um “STFU”. Crescentemente aparecendo em produções pop-rock alternativas do ano, o baterista do nostálgico Blink-182, Travis Baker, é incluído mais uma vez no último EP misery lake de Blackbear.

Guns N’ Roses também alvoroçou sua fanbase com ABSUЯD, primeira música da banda após treze anos sem novos materiais. E de fãs sêniores à fãs Gen Z devotos, Red Velvet entrega ao público Queendom, mais um sucesso comercial adicionado à lista do grupo de k-pop. Agora comemorando parcerias de longa data, a amizade fofíssima entre Tony Bennett e Lady Gaga dá as graças com a versão enérgica da dupla de I Get A Kick Out Of You, bem como o retorno de Skrillex com Justin Bieber e Don Toliver em Don’t Go.

Falando em duplas de respeito, Lizzo retorna após dois longos anos em Rumors ao lado da rapper Cardi B como deusas do Olimpo banhadas a ouro. Ambas encaram juntas as críticas ligadas ao corpo, avisando: todos os boatos são verdadeiros! E em meio à voltas triunfantes, Kacey Musgraves ressurge das cinzas com justified, anunciando o próximo álbum intitulado star-crossed, que desde sua revelação, já se tornou um dos mais esperados do ano. A musa country-pop se debruça sobre as dores do fim de um relacionamento, entregando um single perfeito para se chorar sozinhos no carro enquanto sofremos por desilusões amorosas.

Saindo direto de um conto épico medieval, If I Can’t Have Love, I Want Power exibe, logo de cara, Halsey em todo seu poder como matriarca sentada sobre um trono de ferro – ou melhor, o seu trono de ouro. Marcando o pop internacional com muito conceito, o álbum inclui em sua produção a improvável colaboração da cantora com os membros de Nine Inch Nails, Trent Reznor e Atticus Ross, se tornando uma declaração soberba sobre maternidade, auto-sabotagem e emancipação feminina.

Em clima saudosista, o querido Zeca Pagodinho marcou presença com Meu Partido É Alto!, evocando alegrias distantes. Vento nos cabelos, fim de tarde e cerveja gelada são lembranças afloradas pelo pagodeiro ao longo das faixas do álbum, assim como na performance descontraída de Eita Menina em versão pagode por Lagum. No sertanejo, Gabeu ressignifica o gênero tradicional através de uma reinterpretação queer com o bem-humorado AGROPOC.

Seguindo no Brasil, Marina Sena faz jus ao título do álbum de estreia, De Primeira, ultrapassando a marca de 3 milhões de streams no Spotify. Com produção e direção de arte impecáveis, a mineira entrega um pop recheado de brasilidades, seguindo como uma das promessas da música brasileira, ao lado de nomes como Jup do Bairro, um dos mais relevantes da cena musical nacional atual, e Manu Gavassi em seu desabafo internacional – diferente de Vitão e seu TAKAFAYA. Ao mesmo tempo, o cearense Matuê alcança com “Quer Voarparada global na Billboard, se consolidando como um dos principais nomes do trap nacional.

Dando continuidade, de Madu à Supercombo, se destaca Ney Matogrosso, que como um dos maiores intérpretes da música brasileira, continua fazendo o que bem entender em Nu Com a Minha Música. Na comemoração dos 80 anos de sua deliciosa existência, quem é presenteado são os fãs. E entre reboladas e presentinhos, a funkeira Valesca Popozuda retorna despirocada como sempre.

Assim, somado às fragilidades e ameaças aos direitos das mulheres no Afeganistão e no mundo, o episódio serve como um lembrete urgente de que a luta contra a misoginia deve ser diária e tomada como um compromisso sério. No oitavo mês do Nota Musical, o Persona reúne a Editoria e os Colaboradores em apoio a todas as vítimas de violência contra a mulher, antes de analisar os acertos e deslizes musicais de Agosto.

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Nota Musical – Junho de 2021

Arte retangular de fundo na rosa. Em cima, na esquerda, foi adicionado o texto "nota musical" de branco e em baixo "junho de 2021" de preto. Foi adicionado também o logo do Persona, estilizado de forma com que a íris do olho fique rosa também. No lado direito, foi adicionado um acrílico de CD com um disco dentro. Dentro do disco foram adicionadas 4 fotos dos artistas: Pabllo Vittar, Tyler The Creator, Garbo e Linn da quebrada.
Destaques do mês de junho: Linn Da Quebrada, Pabllo Vittar, Tyler, The Creator e Garbo (Foto: Reprodução/Arte: Larissa Vieira/Texto de Abertura: Ana Júlia Trevisan)

Junho é o mês de enaltecer o amor, e acima disso, é o mês da celebração, da luta e do Orgulho LGBTQIA+. Para marcar a data, o Persona apresenta esta edição do Nota Musical valorizando o trabalho de artistas que fazem parte da comunidade, com destaque especial para os que representam os tons de rosa e azul da bandeira. Nem nos dias que são dedicados à reivindicação de direitos o preconceito do país dá trégua, e ainda hoje, é necessário gritar que Vidas Trans Importam!

Para quem quer ressoar o grito, um primeiro passo é dar play em Liniker, uma das maiores referências da comunidade LGBTQIA+ brasileira, que nos presenteou com o caloroso clipe de seu mais novo single. O mesmo vale para potencializar as palavras e existência de Linn Da Quebrada, que prepara o terreno para seu novo álbum com muito conceito, coesão e aclamação.

Para quem procura novos artistas, Joy Oladokun canta sua vivência como mulher negra, pessoa gorda e LGBTQIA+, em letras biográficas transformadas pelo seu tato singular com as canções. Também falando sobre suas vivências, Home Video de Lucy Dacus é a história de amor e amadurecimento da cantora, que reflete sua própria existência.

Em CALL ME IF YOU GET LOST, Tyler, The Creator, que já explorou sua sexualidade em álbuns anteriores, revisita outras décadas do hip-hop para seu novo trabalho. Ainda assim, o cantor não deixa de passear entre o R&B e o soul e inspirar com sua autenticidade e destreza musical.

O mês firmou nomes que serão lembrados como os Melhores do Ano. No indie rock – com influência do jazz -, Rostam supera a Changephobia com um disco completo e original. No rock alternativo, a grandiosa Wolf Alice lançou o emotivo Blue Weekend. No pop, a revelação Griff se desprendeu da mesmice do gênero com One Foot In Front Of The Other. No pop alternativo, Japanese Breakfast marca 2021 com Jubilee e toda pureza de Michelle Zauner.

O pop brasileiro veio para esquentar o frio de Junho. IZA leva todo seu imenso poder para Gueto, que engrandece a cultura periférica. Marina Sena une o melhor da música nacional em VOLTEI PRA MIM. E com cringe entrando em nosso vocabulário, Garbo sai diretamente do Tumblr e nos apresenta a juventude softpop.

E se estamos sofrendo com as baixas temperaturas por aqui, na Coreia do Sul o girlgroup TWICE esbanja o clima tropical, trazendo um gostinho caloroso para nossas bocas. Ainda do lado oriental da Terra, o calor do verão dá espaço às sombras, no dolorido álbum da chinesa Pan Daijing. 

Já Pabllo Vittar prova por a + b que piranha não sente frio, e nos deixa triste e com T em seu Batidão Tropical. O lançamento é uma prova de amor e orgulho por Maranhão, terra natal da cantora. Com regravações e inéditas, um dos melhores álbuns nacionais do ano é criado, dominando o Top 50 do Spotify Brasil. 

Mas mais uma vez, é preciso lembrar que a pandemia ainda não acabou. E é para escapar desse ambiente de angústia gerado pelo isolamento social que vemos artistas florescerem e, até mesmo, se reinventarem. É o caso da rapper K.Flay que escuta todas suas Inside Voices e as solta como grito de guerra. De forma mais passivo-agressiva, mas ainda capaz de acolher, Cavetown externaliza seus atormentados sentimentos. Usem máscara, se cuidem e cuidem dos seus.

Seja pelas alterações climáticas, seja pela interminável pandemia, o mundo beira o inabitável. Para fugir disso, Doja Cat cria seu próprio planeta em um disco que divide opiniões. Reafirmando a influência do TikTok no cenário musical, Planet Her lidava com grandes expectativas e entregou os extremismos, entre músicas que vieram para habitar o repeat e outras que não queremos na porta de casa.

Junho veio também para ajudar as cantoras a saírem do meio do mato. Na Nova Zelândia, o fogo no rabo de Lorde nos deixou saudosos por verão e praia, e ainda trouxe o gostinho do novo álbum, Solar Power, que virá em agosto. Em solo brasileiro, Marisa Monte nos pediu Calma, pois, depois de uma década, o disco de inéditas está saindo do forno.

Dois anos depois do temível Love + Fear, MARINA volta revigorada com sons do tabu quebrando em Ancient Dreams In A Modern Land. Já Maroon 5 retornou de maneira oposta, batalhando para que JORDI não fosse um trabalho completamente esquecível. Billie Eilish se aproxima de estar mais feliz do que nunca com seu vindouro álbum e aposta numa versão mais debochada de si no single Lost Cause.

O mês das festas juninas foi propício para bolo, guaraná e muito doce. Dois discos gigantes da Música Internacional comemoraram seus aniversários, ganhando de presente edições especiais. O mais velho é o disco de estreia de Alicia Keys, Songs In A Minor, que inovou o R&B e o soul há 20 anos. Além dela, Lady Gaga convida a comunidade LGBTQIA+ para Born This Way The Tenth Anniversary, reinventando o álbum que marcou toda uma geração. 

O fenômeno da internet, boy pablo já se tornou figurinha carimbada dos posts mensais. Dessa vez, o jovem chileno-norueguês aparece para finalizar sua trilogia e nos deixar atentos para quais podem ser os próximos passos. Quem também dá as caras de novo é Kali Uchis que, mais uma vez, espreme seu fenomenal trabalho Sin Miedo. Agora podemos apreciar a cantora em versão acústica e vê-la cavalgando em seu cavalo branco. Good Morning Sunshine.

Outra que não larga o osso é Dua Lipa, que ainda vive seu Future Nostalgia. Foi na sola da bota que a cantora lançou o clipe de Love Again, permitindo que fãs e haters criassem teorias sobre um ovo. Relacionamentos falhos? Relacionamento novo? Foto mais curtida do Instagram? Todas essas hipóteses passaram pela cabeça do fandom, mas nenhuma foi confirmada pela artista.

Para os amantes das mídias físicas, BROCKHAMPTON surpreendeu positivamente com o deluxe do psicodélico ROADRUNNER: NEW LIGHT, NEW MACHINE. Com quatro novas faixas para acompanhar vinis e CDs, a banda mantém o alto padrão de qualidade proposto no disco.

A queridíssima Olivia Rodrigo – Olivia Rogéria, para os chegados – nos leva para o mágico mundo da Disney com The Rose Song, parte da trilha sonora da 2ª temporada de High School Musical: The Musical: The Series. A jovem ainda convidou seus amigos para a formatura online. Seguindo os típicos padrões estadunidenses, Olívia apresenta SOUR entre limusine e líderes de torcida.

Para um mês tão importante e recheado de novidades, a Editoria e os colaboradores do Persona encerram a primeira metade de 2021 reunidos para fuxicar os melhores e os piores de Junho e para celebrar o Orgulho LGBTQIA+. O guia mensal de CDs, EPs, músicas, clipes e performances acompanha uma playlist fresquinha pra escutar no carro, no banho ou onde quiser.

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Nota Musical – Maio de 2021

Destaques do mês de maio: Olivia Rodrigo, Karol Conká, MC Kevin e Twenty One Pilots (Foto: Reprodução/Arte: Larissa Vieira/Texto de Abertura: Raquel Dutra)

O ano se aproxima da metade e já podemos dizer que ele tem seus nomes. Ninguém vai conseguir lembrar de 2021 sem cantarolar a melodia de drivers license e imaginar o lilás da capa do primeiro disco de Olivia Rodrigo. O primeiro hit do ano colocou a adolescente sob os holofotes de todo o mundo, assinalando o seu nome em diversos recordes nas plataformas de streaming e criando uma expectativa gigantesca em cima de seu álbum de estreia.

Experiências adolescentes universais, muito estilo, atitude, talento, hype e aquela pontinha de nostalgia combinada com o jeitinho único da geração Z foram os artifícios de Rodrigo para construir em SOUR a melhor estreia que poderia ter feito. O recado é simples: com sua carteira de motorista em mãos e desabafos juvenis devidamente finalizados, todos os caminhos estão livres para o futuro da estrela Olivia.

Ao lado da princesa do Detran no hall de condecorados de 2021, possivelmente estará Lil Nas X. O primeiro álbum do nosso pequeno já tem nome, data de nascimento e muita identidade, conforme aponta o novo single. Se antes ele causou o terror de fundamentalistas religiosos ao descer até o Inferno numa barra de pole dance e sensualizar com o diabo, agora ele chega até o Céu através de uma canção íntima e sincera sobre suas vivências enquanto jovem gay negro.

E se o assunto é gente promissora, os trabalhos de chloe moriondo, ELIO, Alfie Templeman, girlhouse, Ashe e dodie também encontram um bom lugar em 2021 e nesta edição do Nota Musical. No núcleo teen, também está a chegada estrondosa do verão amanteigado do BTS, sinais da nova era de Conan Gray, novidade dos Jonas Brothers e de Niall Horan.

As amadas gravidinhas do Little Mix juntaram fôlego para acompanhar David Guetta em Heartbreak Anthem e fazer história no prêmio mais importante da música britânica. Na cerimônia do BRIT Awards 2021, o trio foi a primeira girlband a vencer a estatueta de Melhor Grupo, e não deixou o momento passar em branco no palco da premiação: “Vimos homens dominando, misoginia, sexismo e pouca diversidade. Estamos orgulhosas por termos permanecido juntas, nos cercado de mulheres fortes e agora usando mais do que nunca as nossas vozes”. 

Lá, Olivia Rodrigo também dominou o momento em sua primeira performance em uma premiação e Dua Lipa seguiu acalmada. Elton John aproveitou para mais uma vez demonstrar seu apoio à nova geração da Música, agora ao lado de Olly Alexander com a política It’s a Sin, na véspera do mês reservado para a celebração do Orgulho LGBTQIA+.

Os contemporâneos favoritos da Terra da Rainha, no entanto, não cumpriram as promessas de 2019. Coldplay chegou no BRIT Awards 2021 com um terrível novo single, que definha as tantas possibilidades para o futuro da banda construídas com o último disco no pop enjoativo que o quinteto britânico insiste em praticar. 

Erro esse que não foi cometido por Twenty One Pilots. A migração de sua mistura única e obscura de rock alternativo/hip-hop para os tons doces de um pop/rock vintage foi de início duvidosa, mas muito bem assimilada quando finalmente chegou aos nossos ouvidos. Fato é que os ouvintes mais apegados podem estranhar a sonoridade de Scaled and Icy, mas a nova era de Josh Dun e Tyler Joseph é rica em significados como sempre.

E o rock por si mesmo segue em boas mãos. Maio nos presenteou com o encontro épico de Sharon Van Etten e Angel Olsen e o retorno tão esperado de St. Vincent, que chegou em 2021 através de narrativas autobiográficas profundas e com a estética da década de 70. Mas o destaque do gênero vai mesmo é para o novo trabalho da banda dinamarquesa Iceage e o EP de PRETTY., paradas obrigatórias dentre a vastidão de obras pontuadas aí abaixo.

No folk, fomos embalados pelo novo CD do grupo Lord Huron e pelo quinto e belíssimo disco de Jon Allen. O blues também foi perfeitamente celebrado junto aos 20 anos de The Black Keys no décimo álbum do duo, e os amantes de country devem dar uma chance para a delicada influência do gênero na música de Aly & AJ. Já no R&B, Maio trouxe as preciosidades dos trabalhos de Sinead Harnett, Erika de Casier e Jorja Smith.

O saldo do mês no rap também foi o melhor possível. O retorno de Nicki Minaj com o lançamento de sua mixtape reformulada nas plataformas digitais é um aquecimento para o futuro da rapper, enquanto J. Cole segue um sucesso nas paradas mesmo quando respira entre suas safras. Aqui no Brasil, BK’ estreia o selo de sua produtora e Tasha e Tracie flertam com o funk em seu primeiro single do ano.

Na poética que só a rima permite, o rap do novo álbum de McKinley Dixon flutua em seus pensamentos sobre a vida numa das obras mais lindas de Maio e talvez de 2021, destinado à sua mãe, e a todos que se parecem com ela. As reflexões do jovem estadunidense acontecem de uma forma parecida com o trabalho de Jup do Bairro, que segue em Sinfonia do Corpo como uma das vozes mais relevantes na música nacional. 

Chegando em sons brasileiros, é impossível não gostar de pelo menos uma coisa que nosso pop vem produzindo. Depois de soltar a voz com Emicida na maravilhosa e icônica AmarElo, Majur inaugura sua carreira com louvor com Ojunifé. A promessa de Urias também é grande e a expectativa só cresce com o que ela libera para degustação de seu disco, que ganhou nome este mês. 

O novo trabalho da Tuyo, por sua vez, desenha para quem tinha dúvidas o porquê a beleza do som da banda chamou a atenção do The New York Times. Essa serenidade que permeia nossos artistas desaguou em Karol Conká, que retorna decidida a superar a sua curta porém intensa passagem pelo Big Brother Brasil.

Pabllo Vittar, de fato, não para. O lançamento da vez é uma volta às suas raízes, num forró com o drama de uma novela mexicana, que serve muito, como sempre, em marketing e complementos visuais. Próximo e longe da drag, está Gabeu, que como uma exímia cria do sertanejo e um legítimo orgulhoso de si mesmo, agrega mais um single em sua carreira, fortalecendo sua posição de precursor do queernejo no Brasil. 

Maio também nos permitiu apreciar Tim Maia em espanhol e Nando Reis em família, além de reforçar uma mensagem muito importante através de Martinho da Vila. O assassinato de George Floyd completa um ano, e a Arte não deixa de exercer sua função social e defender que Vidas Negras Importam.

Um mês de ganhos preciosos também foi um mês de perdas irreparáveis. Nelson Sargento, mestre do samba e parceiro de Cartola, MC Kevin, uma das vozes mais bonitas do funk, e Cassiano, rei do soul brasileiro e letrista de Tim Maia, foram alguns dos nomes que deixaram a vida nos últimos trinta dias. O Persona reúne a Editoria e os colaboradores no Nota Musical de Maio, em memória à importância de cada um deles para a música brasileira.

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Nota Musical – Março de 2021

Arte retangular de fundo na cor laranja terroso. Do lado esquerdo, foi adicionado o texto "nota musical - março de 2021". Foi adicionado também a logo doPersona, estilizada para que a íris do olho fique laranja terroso. Do lado direito foi adicionado um acrílico de CD com um disco dentro. Dentro do disco foram adicionadas 4 fotos: Elza Soares, Lana Del Rey, Rico Dalasam e Bruno Mars junto com Anderson Paark.
Destaques do mês de março: Elza Soares, Lana Del Rey, Rico Dalasam e Silk Sonic (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Ana Laura Ferreira)

Março foi recheado de comebacks e performances de tirar o fôlego. Não é para menos, afinal estamos falando sobre o mês em que o maior evento da música ocidental ocorreu, trazendo para nós o Santo Graal das composições – ou pelo menos é isso que eles dizem. Contudo, após uma noite de esnobados e merecidos, o bafafá se perpetuou mesmo através de nomes como Megan Thee Stallion e Cardi B, que trouxeram a brasilidade do funk para o palco do Grammy.

Voltando à questão dos comebacks, foram tantos que é difícil enumerar. Bruno Mars retomou sua carreira, parada desde 24K Magic de 2016, com a parceria ao lado de Anderson .Paak. Outro nome que volta a entregar canções inéditas – para o delírio dos fãs – é Lana Del Rey, que traz toda a estética dos country clubs, tipicamente americanos, para sua atmosfera sóbria e melodramática, pela qual todos a conhecem. Sem deixar de lado o pop mainstream, Nick Jonas também reinicia seu trabalho solo com Spaceman.

Na música nacional, o rap foi destaque com a voz de Rico Dalasam e Djonga, que trouxeram suas vivências da forma mais crua possível. Elza Soares foi outra estrela que nos presenteou com a canção Nós, dedicada especialmente ao Dia Internacional da Mulher, que é comemorado no dia 8 de março. E foram realmente as mulheres que reinaram neste mês, ao sermos presenteados com a remasterização do álbum Elis, de Elis Regina, e em uma mesma tomada, com o rearranjo de dois singles de sua filha, Maria Rita, ao lado de Quintal de Prettos. Trazendo o saudosismo das memórias jamais desfrutadas do carnaval de 2021, a união dos vocais de Rita e do grupo paulista nos lembram da esperança de dias melhores.

Não poderíamos nos esquecer, ainda, da preciosidade em forma de EP que Selena Gomez entregou ao colocar em pauta toda a sonoridade latina em músicas na língua espanhola. Bem como é bom ficar de olho no mais novo compilado de Joshua Bassett, que com seu pop frenético trouxe a íntegra de sua versão da conturbada história com Olivia Rodrigo e Sabrina Carpenter. E é em meio a uma polêmica indicação ao gramofone de ouro – merecidamente perdido – que Justin Bieber lança seu sexto álbum, intitulado Justice.

Assim, em um mês de altos e baixos, no qual completamos um ano presos em casa, a Música conseguiu transparecer todos os sentimentos que gritamos entre quatro paredes. Da campanha #fuckthegrammys à realidade distorcida confidenciada por Demi Lovato, Março de 2021 conseguiu ser alvo de altos e baixos intensos que serão lembrados por muito tempo. Por isso, a Editoria do Persona, ao lado de seus colaboradores, comenta tudo isso e ainda mais sobre o que aconteceu no mundo da Música entre os CDs, EPs, singles, clipes e performances que mais marcaram os últimos 31 dias.

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MAP OF THE SOUL: 7 – Um olhar sobre a trajetória do BTS

Capa do álbum "Map Of The Soul: 7" do BTS. A imagem é composta por um grande número sete azul com detalhes nas extremidades em amarelo, verde e laranja. O número sete está dentro de um gráfico de plano cartesiano, desenhado nos eixos x e y. Na parte superior da arte da capa do álbum, está escrito em cinza e em caixa alta o nome do disco, "Map Of The Soul: 7".
Neste álbum, os integrantes abordam os sete anos de carreira e a paixão pela arte (Foto: Reprodução)

Rafaela Thimoteo e Olívia Ambrozini

O BTS é, sem dúvidas, um dos grupos mais famosos da atualidade, porém não atingiu o sucesso repentinamente e muito menos é um fenômeno passageiro. Composto por RM, Jin, Suga, J-Hope, Jimin, V e Jungkook, o Bangtan Sonyeondan (ou 방탄소년단) surgiu em junho de 2013, portanto, neste ano, completaram sete anos de carreira. Este é apenas um dos motivos pelo qual o álbum em questão tem o número 7 no nome.

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[12:00]: LOONA entra em órbita com o festival da meia-noite

Arte de divulgação do álbum de LOONA. Uma escada ocupa os dois terços inferiores da imagem, e possui um tapete vermelho no centro. A escada tem a perspectiva de subida. As integrantes do grupo LOONA estão espalhadas pela escada, de pé, usando vestidos longos azuis. Elas olham para a câmera por cima do ombro. Atrás da escada, foi adicionado um fundo de um céu estrelado com uma lua brilhante. Foi adicionado na parte superior central o nome do álbum em coreano e o texto "12:00" dentro de um círculo.
Com Midnight, LOONA constrói uma atmosfera cheia de sensações diversas (Foto: Reprodução)

Giovanne Ramos

2016 foi um ano marcado por diversos acontecimentos no K-pop. Enquanto Twice se consolidava com Cheer Up, BTS conquistava o público com Blood, Sweat and Tears e Blackpink estreava com Square One, LOONA dava seus primeiros passos, discretos, mas ambiciosos. O grupo surgiu da ideia da empresa novata Blockberry Creative em parceria com o diretor criativo e produtor musical Jaden Jeong e tinha como proposta um grupo trabalhado antes mesmo de estrear. A cada mês, uma integrante seria promovida ao público com um single solo e conforme o decorrer do tempo, sub-units eram construídas e promovidas com as integrantes já conhecidas até o grupo inteiro finalmente ser revelado com todas as integrantes. 

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A espera não foi em vão: Blackpink está na área com O Álbum

Logo quando foi anunciado, The Album se tornou um dos lançamentos mais esperados do ano (Foto: Reprodução)

Giovanne Ramos

Em 29 de junho de 2016 a empresa sul-coreana de entretenimento YG Entertainment – responsável pelos veteranos e bem sucedidos Big Bang, PSY2NE1 – anunciou a formação completa do novo grupo feminino que passaria a representar a companhia no mercado do K-Pop. Reveladas ao público pelo nome Blackpink, as integrantes Jennie, Jisoo, Lisa e Rosé estrearam com as faixas Boombayah e Whistle, ambas presentes no single Square One. Juntando o EDM já conhecido do pop ocidental com o hip hop característico da YG, logo alcançaram o topo das paradas e caíram nas graças do público local e internacional. O esperado do histórico da empresa que é uma das maiores no quesito de vendas digitais em território sul-coreano.

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