Não há túmulo que enterre a (des)temida Noite na Taverna

Cena do filme Noite na Taverna. Fotografia retangular. Ao fundo, vemos o ambiente noturno de uma taverna. Uma mesa com cinco homens ocupa toda a imagem. Os homens parecem dialogar, vestem roupas semelhantes e aparecem em poses diferentes. No centro da mesa, observamos uma garrafa de vinho, taças, uma escultura e outros objetos.
Inigualável livro brasileiro, que desperta o interesse do público há mais de 100 anos, Noite na Taverna ganhou um curta-metragem em 2014 (Foto: ZYRé produções)

Eduardo Rota Hilário

Senhores, em nome de todas as nossas reminiscências, de todos os nossos sonhos que mentiram, de todas as nossas esperanças que desbotaram, uma última saúde!”. Repleto de exclamações, minúcias descritivas e momentos reflexivos, o livro Noite na Taverna nasceu postumamente, em 1855 – cerca de três anos após a morte da mente brilhante que o criou. Escrita sob o pseudônimo de Job Stern, a obra de Álvares de Azevedo, grosso modo, acompanha uma noite de bebedeira e boemia entre Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e Johann, cinco conhecidos personagens da Literatura brasileira. Ambientada em uma libertina taverna, espécie de bar da época, não tarda nessa novela o surgimento das narrativas mais absurdas, tétricas e bizarras.    

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Woodgothic 2017: a tradição e a resistência do gótico

A entrada do festival, na Pousada das Magas
A entrada do festival, na Pousada das Magas (Crédito: João Ricardo Ribeiro)

Camila Araujo (com colaboração de João Ricardo Ribeiro)

São Thomé das Letras, cidade pacata sulminense, cercada por natureza e misticismo, é o cenário propício para abrigar o festival Woodgothic, que aconteceu nos dias 15, 16 e 17 de Junho. O festival é um dos mais importantes da música gótica e pós-punk do Brasil e, esse ano, nem mesmo problemas de organização impediram que o evento acontecesse.

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